O ministro da Educação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Abraham Weintraub, utilizou sua conta no Twitter e o personagem “Cebolinha”, dos gibis da Turma da Mônica, para atacar a China neste sábado (4). Na postagem, ele compartilhou a imagem da capa de um gibi em que os personagens vão ao país asiático, além de utilizar uma característica da dicção de Cebolinha, que troca a letra “r” pelo “l”, para ridicularizar o sotaque dos chineses que falam português.
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##RECOMENDA##A fala do ministro causou grande repercussão entre críticos e apoiadores, levando os termos “Ministro da Educação” e “BoicoteAChina” aos assuntos mais comentados do Twitter. Ao jornal Folha de São Paulo, o criador das histórias da Turma da Mônica, Maurício de Souza, inicialmente afirmou que não iria se pronunciar, mas depois enviou uma nota afirmando “não autorizar o uso de nossos personagens nessa postagem".
“A Mauricio de Sousa Produções tem uma relação de muitos anos de amizade e admiração com o povo da China. A nossa primeira publicação naquele país foi justamente sobre o descobrimento do Brasil. E, por aqui, fizemos um 'Saiba Mais!' (nossa publicação que aborda diversos assuntos educativos) para mostrar um pouco da rica história da China para os leitores brasileiros. Porque há 60 anos a Turma da Mônica preza pela amizade entre todos os povos. E continuará sendo assim", concluiu.
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Brasil, China e a COVID-19
Esta não é a primeira vez que pessoas próximas ao presidente, seja na família ou no governo, causam problemas com a China, primeiro país a detectar a doença causada pelo novo coronavírus (SARS-COV-2), desde que a COVID-19 começou a se espalhar pelo mundo. Recentemente, um dos filhos do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL), criou uma crise diplomática entre o Brasil e China ao fazer postagens em sua conta no Twitter, acusando o governo chinês de ter sido omisso no combate à pandemia, entre outros ataques.
Após receber respostas duras da embaixada chinesa, Eduardo foi oficialmente defendido pelo chanceler Ernesto Araújo, agravando ainda mais o problema que só foi amenizado após uma ligação do próprio Jair Bolsonaro para o presidente chinês Xi Jin Ping.
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