Tópicos | Caso Jennifer Kloker

Ferdinando Tonelli, italiano de 56 anos, envolvido no assassinato da turista alemã Jennifer Kloker, morreu na manhã desta quarta-feira (17), no Hospital Memorial Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes. O homem cumpria pena na Barreto Campelo, em Itamaracá, e, segundo a Secretaria de Ressocialização (Seres), sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) no ano retrasado. Desde então, era tratado na enfermaria da penitenciária. 

Segundo boletim médico, Ferdinando Tonelli estava internado no hospital desde o dia 9 de junho e a causa da morte foi registrada como falência múltipla de órgãos. Tonelli foi uma das quatro pessoas presas no caso da alemã morta a tiros em 16 de fevereiro de 2010, na altura do quilômetro 97 da BR-408, em São Lourenço da Mata, Região Metropolitana do Recife. Além do italiano, sogro da vítima, foram presos a sogra Delma Freire, o marido Pablo Tonelli e Dinarte Dantas de Medeiros, irmão de Delma. 

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No início das investigações, a família de Jennifer afirmou que tinham sido vítimas de latrocínio (assalto seguido de morte). Porém, com o seguimento do processo policial, foi descoberto que Jennifer Kloker tinha um seguro de vida de cerca de 500 mil euros e os familiares tramado o assassinato para adquirir o dinheiro. 

Durante a tréplica iniciada por volta das 18h10, o advogado de defesa, Armando Gonçalves, voltou a afirmar que Alexsando não efetuou os disparos e que o crime teria sido cometido por outra pessoa. "Quem cometeu o homicídio foi Pablo, uma vez que foi encontrada pólvora nas mãos dele e de Ferdinando. Se Alexsandro soubesse que teria sido cometido um homicídio ele iria abandonar o carro próximo a delegacia, seria muita ingenuidade”, afirmou o advogado.

Como tem feito desde começo da manhã desta quarta-feira (27), Gonçalves voltou a assegurar, durante a tréplica, que Alexsandro não efetuou os disparos contra Jennifer."O que passaram pra ele é que o carro pertencia a Delma e que ele executaria o golpe do seguro. Pelo desespero ele entrou nessa roubada e está aqui hoje sentando no banco dos réus, sendo tratado como marginal, de forma corajosa encarando todos aqui para provar que é inocente", enfatiza.

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"O depoimento do policial de ter visto uma mulher na BR-408 e ter visto ela morta posteriormente basta", contou o advogado que termina a seção pedindo uma avaliação mais rigorosa do júri. “Eu peço que analisem os fatos reais. Que os senhores julguem com imparcialidade, esqueçam o que foi dito e falado, mas analisem o que foi apresentado”, conclui. A tréplica foi encerrada por volta das 18h50 sem questionamentos do júri que se reunirá para dar o veredito final. 

Começou por volta das 17h10 a réplica do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que deve durar cerca de uma hora. Neste momento, o promotor André Rabelo continua alegando que Alexsandro Neves dos Santos efetuou os disparos contra Jennifer Kloker.

"Através da perícia eu mostro que os cerca dos dois minutos apontados pelo GPS do veículo, tempo em que o carro permaneceu parado, foi mais do que suficiente para que o acusado executasse o crime", afirmou Rabelo. O promotor utilizou também os depoimentos de duas testemunhas, um caminhoneiro e um policial militar, que alegam ter visto na BR-408 dois homens e uma mulher.

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Um deles, segundo o promotor, assistiu as imagens de uma câmera de segurança do Shopping Recife, onde aparecem Pablo e Ferdinando, e conseguiu identificar que nenhum daqueles homens que estavam na BR-408 eram os dois acusados. "Se Pablo confessou participação no crime, que interesse ele teria de apontar um inocente como o responsável pelos disparos?", indagou o promotor. 

Segundo André Rabelo, a promotoria está mostrando ao júri que o tempo em que o carro permaneceu parado foi suficiente para o acusado cometer o crime. “Se o que consta nos autos não for suficiente para condenar esse homem, rasguem esses processos".

O promotor ainda termina fazendo um pedido: “Eu peço a condenação dele, não só pelo homicídio, mas também pela formação de quadrilha. Quem mata gente merece ser condenado e ir para a cadeia”. A defesa do acusado entra com a tréplica e deve durar cerca de uma hora.

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