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Entrou na fase final, o segundo dia de julgamento do Caso Canibais, realizado no Fórum de Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Os sete jurados entraram em uma sala reservada do Fórum e terão que responder vários questionamentos, que totalizam 42 páginas para julgar ou absolver Jorge Beltrão Negromonte, Isabel Torreão e Bruna Cristina. Após a decisão, a juíza Maria Segunda Gomes de Lima retorna ao auditório para divulgar a sentença.

Dentre as perguntas realizadas pela juíza ao jurados: Se Jorge estava ciente do que fez; em virtude de um possível problema mental, se o crime foi feito em total obediência a um ritual macabro e maligno denominado Cartel, se o crime cometido pelos acusados foi realizado cruelmente, que impôs imenso sofrimento à vítima. A fase final deve durar pouco mais de 40 minutos, de acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). 

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A população que acompanha o júri se dispersou da 'plateia', mas aguardam ansiosos. "A minha expectativa é que ele seja condenado e que consiga pegar uma pena justa. Que não seja inocentado, quero que peguem a mesma qualificação, mesmo Jorge sendo o mandante de tudo", afirmou Raphael Francisco Amaral Costa, estudante de Direito.

Layne Freitas, estudante de Direito, pensa diferente. "O comportamento descrito de Jorge, o cabeça do trio, não é de uma pessoa normal e sim de um doente mental. Então vou pela tese apresentada pela defesa, de que ele, por momentos, não tinha capacidade de responder pelos seus atos. Já sobre Isabel e Bruna, acredito que elas tinham dependência e psicopatia, respectivamente, pela frieza do crime", disse a jovem.

 

A última a ser ouvida no julgamento do caso Canibais foi Bruna Cristina Oliveira da Silva. Questionada pela juíza Maria Segunda Gomes, a ré disse não ter participado do crime, mas viu toda a ação e comeu a carne da jovem porque fazia parte do ritual. Segundo ela, as cenas do filme Jogos Mortais perdiam para o que ela presenciou. 

A ré ainda disse que Isabel se aproximou de Jéssica Camila para que ela pudesse ficar com a criança, que na época tinha um ano. "Ela ofereceu um emprego e a menina aceitou, mas o interesse deles mesmo era ficar com a filha de Jéssica. E, ao contrário do que Isabel falou aqui, ela participou sim do crime. Eu vi tudo. Jorge esquartejou Jéssica no dia 26 de maio de 2008 e Isabel segurava o corpo dela para ele cortar".

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O acusado era muito apaixonado por Bruna antes de eles morarem juntos, segundo ela. Depois, ele mudou. "As atitudes dele são de uma pessoa totalmente descontrolada. Ele chegou a bater em mim algumas vezes", afirmou a ré, que não entrou em detalhes.

Bruna, Jorge Beltrão Negromonte da Silveira e Isabel Cristina Torreão Pires são acusados de homicídio quadruplamente qualificado e ocultação de cadáver. O trio é suspeito de matar pessoas para usar a carne do corpo como recheio para coxinhas e empadas. A sessão desta quinta-feira (27) foi presidida no Fórum de Olinda, localizado na Avenida Pan Nordestina, no bairro de Vila Popular. O Júri foi encerrado às 19h30 e será retomado às 9h desta sexta-feira (14). 

Com informações de Yasmim Dicastro

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O primeiro acusado a ser ouvido no caso dos "Canibais de Garanhuns" na tarde desta quinta-feira (13) foi Jorge Beltrão Negromonte. No relato feito à juíza Maria Segunda Gomes, Beltrão deu detalhes de como fez o corte do corpo de Jéssica Camila, vítima morta em Olinda, e disse estar arrependido do que fez. O réu ainda relatou que sente que Deus vai perdoá-lo pelo que ele fez com as vítimas.

"Peço perdão a Deus e a todas as famílias que prejudiquei e fiz sofrer. Só Deus pode consolar esses familiares e só Ele também quem pode me julgar. Não há nenhum homem nessa terra que possa me apontar o dedo para mim pelo que fiz", afirmou Beltrão.

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Questionado pela juíza sobre a brutalidade que fez com Jéssica, o réu relatou detalhes de como cortou as partes do corpo da vítima. "Ficávamos com as partes do corpo já cortadas debaixo do chuveiro por duas horas. A nossa ceita não permitia que restasse nenhuma gota de sangue na carne humana. Depois, a gente cozinhava normalmente com temperos e verduras. O gosto parece muito com carne bovina", disse o réu.

A juíza também perguntou sobre quantos quilos de carne foram totalizados. "Não pesei para ter uma ideia. Quando não comíamos na hora, o restante era guardado no congelador". As próximas acusadas a serem ouvidas são Isabel Torreão e Bruna Cristina Silva, a esposa e amante de Jorge Beltrão. O julgamento segue desde a manhã de hoje no Fórum de Olinda, no Grande Recife.

Com informaçoes de Yasmim Dicastro

Morte -  Jéssica Camila, primeira vítima dos acusados, que na época tinha apenas 17 anos, foi assassinada com uma facada no pescoço em maio de 2008 na Avenida Colibri, em Rio Doce, Olinda. Segundo a denúncia do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), o principal interesse do trio era ficar com a filha de Jéssica Camila da Silva Pereira, já que Jorge e Isabel não podiam gerar um bebê. 

Após o crime, os réus também passaram a criar a filha da vítima. A outra envolvida no crime, Bruna Cristina, ainda assumiu a identidade da vítima.

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