Tópicos | Campanha da Fraternidade

Há quem escute falar da quaresma, mas não sabe o que é ou o que significa. Começando na Quarta-Feira de Cinzas e terminando no Sábado Santo, o período marca a preparação para a Páscoa e é tradição para os cristãos.

O Padre Eliano Queiroz, diretor do Colégio Salesiano Recife, explica como funciona a quaresma. “Este período é dividido em algumas práticas para chegar em um aprofundamento espiritual, sendo elas: a oração (minha relação com Deus), o jejum (minha relação comigo) e a caridade (minha relação com o próximo). É um longo retiro, um treino em que a Igreja nos exercita para a prática de uma vida cristã mais perfeita, de reflexão e conexão com o divino”, afirma o padre.

##RECOMENDA##

Durante o período de jejum, é comum deixar de comer algo de que você gosta, como doces, parar de fumar e de ingerir bebidas alcoólicas. O Padre Eliano também chama atenção para o exercício do “jejum de maus hábitos”, como falar mal dos outros e o costume de reclamar, como pontos de partida para o crescimento pessoal e espiritual.

Para estimular a caridade e a solidariedade entre as pessoas, a Campanha da Fraternidade deste ano tem como tema “Fraternidade e Fome”.

Segundo o Padre Eliano, a campanha anual tem três objetivos: “despertar o espírito comunitário e cristão; educar para a vida em fraternidade, a partir da justiça e do amor; e renovar a consciência da responsabilidade de todos pela ação da Igreja na evangelização, na promoção humana, em vista de uma sociedade justa e solidária”.

Arrecadação

Durante a quaresma, o Colégio Salesiano Recife estará arrecadando alimentos e materiais de higiene pessoal. A instituição tem um trabalho comunitário que atende, mensalmente, 120 famílias carentes. A doação é aberta ao público e deve ser entregue na portaria ou na igreja do colégio, que está localizado na Rua Dom Bosco, 551, Boa Vista, Recife. Além disso, neste período também serão promovidos momentos oracionais e de celebração com os estudantes.

Da assessoria

A Campanha da Fraternidade 2023 será lançada nesta quarta-feira (22), em Brasília, e volta a trazer a fome como tema de reflexão. O ciclo de exercício da caridade vai até a Páscoa e marca o período da quaresma.

A Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) escolheu a temática "Fraternidade e Fome" e faz referência à passagem do livro de Mateus: "Dai-lhe vós mesmo de comer".

##RECOMENDA##

LeiaJá também:

--> Tem gente com fome: o retrato do Brasil sem comida na mesa

--> Cultura do desperdício intensifica a fome no Brasil

--> Fome à brasileira: os problemas sociais e a desnutrição infantil

--> Insegurança Alimentar afeta mais de 58% das famílias

O último levantamento da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional apontou que 33,1 milhões de pessoas não tem o que comer. A situação alarmante foi o assunto mais discutido entre os candidatos à Presidência nos debates eleitorais.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lança, nesta quarta-feira (17), sua nova Campanha da Fraternidade Ecumênica, que tece críticas contra "discursos negacionistas sobre a realidade e fatalidade da Covid-19", "a negação da ciência" e a "cultura de violência contra as mulheres, as pessoas negras, os indígenas, as pessoas LGBTQI+".

O texto-base da ação, divulgado em outubro, ainda afirmou que o "lobby religioso" reivindicou o direito de algumas igrejas permanecerem abertas na pandemia, apesar de contaminações e mortes. A temática formal da campanha é "Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor".

##RECOMENDA##

A iniciativa foi alvo de críticas de grupos conservadores, que criaram um abaixo-assinado contra o tom adotado pela CNBB. Eles alegam que a campanha promove "deturpações dentro da moral católica". O escritor Olavo de Carvalho, guru do bolsonarismo, também tem defendido o boicote. A adesão à campanha depende de cada diocese.

Em resposta, a CNBB divulgou, na terça-feira da semana passada, uma nota em que explica as referências católicas que motivam a campanha. Depois, na sexta-feira, divulgou outra nota na qual afirma que o objetivo maior da campanha deste ano é o diálogo e que, por ser "construída ecumenicamente", segue a linha de pensamento do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic) e não da CNBB. "São duas compreensões distintas, ainda que em torno do mesmo ideal de servir a Jesus Cristo", diz o texto, acrescentando que a Igreja Católica tem doutrina sobre de gênero e se mantém fiel a ela.

Ao concluir, a nota diz que as dificuldades de uma campanha ecumênica não devem levar ao rompimento da comunhão, "um tesouro que o Senhor Jesus nos deixou".

'Polarização ideológica'

O arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Pedro Scherer, defendeu a campanha. "Acho que essa polêmica precisa baixar a fervura, acho que ela está movida por um monte de preconceitos, está movida por paixão anti-ecumênica e por acusações infundadas contra a CNBB. Enfim, é uma polêmica marcada por polarização ideológica", disse em vídeo gravado na semana passada. A Campanha da Fraternidade é realizada anualmente pela CNBB, no período da Quaresma. A cada cinco anos, é promovida de maneira ecumênica, em conjunto com o Conic.

Após dois anos com temáticas ambientais, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) aproveita a campanha que promove anualmente em todas as dioceses do País para discutir a superação da violência com base em uma cultura de paz. O tema foi escolhido ainda em 2016, ano em que o Brasil teve recorde de mortes violentas intencionais, como homicídios e latrocínios: 61.619 vítimas, o equivalente a 168 por dia, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

A preocupação da Igreja Católica com os problemas relacionados à violência também tem por base dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Segundo os pesquisadores, com "3% da população do planeta, o Brasil responde por quase 13% dos assassinatos".

##RECOMENDA##

O mote deste ano vem amparado no lema "Vós sois todos irmãos" (Mt 23,8). O texto tem uma dimensão pessoal e familiar, mostrando que ações violentas podem começar em casa e, por isso, é necessário criar uma cultura de paz.

Mas para o secretário executivo da Campanha da Fraternidade (CF), padre Luís Fernando, a superação da violência também "exige comprometimento e ações envolvendo a sociedade civil organizada, a Igreja e os poderes constituídos para a formulação de políticas públicas emancipatórias que assegurem a vida e o direito das pessoas em uma sociedade". A cobrança por ações governamentais deve estar entre as chaves do debate, uma vez que o tema da CF 2019, já escolhido, é justamente "Fraternidade e Políticas Públicas".

O texto-base da Campanha destaca que "o Estado combate as consequências, mas não as causas" da violência. Ressalta ainda que a descrença na segurança pública e a certeza da impunidade levam a população a viver encarcerada. O lançamento da CF será na sede provisória da CNNB, em Brasília, e terá a presença da ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).

Discussão

Entre as propostas de ação apresentadas pela CNBB tem destaque a Justiça restaurativa, que chegou ao País há dez anos e é incentivada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), também presidido por Cármen Lúcia.

Na prática, o sistema escuta agressores e agredidos e busca soluções intermediárias que não só a punição. Há nesse sentido iniciativas em São Paulo e também no Rio Grande do Sul. Fortemente influenciado pela Pastoral Carcerária, o texto aponta que o sistema penal brasileiro não pode ser "mera expressão de vingança".

Entre outros indicativos de ação pública, aparecem a defesa da Lei Maria da Penha, do Estatuto do Desarmamento e das diversas legislações sobre direitos humanos, além da participação em conselhos paritários.

A CNBB ainda recomenda aos católicos a "vivenciarem a fraternidade em compromissos concretos, provocando, ao mesmo tempo, a renovação da vida da Igreja e a transformação da sociedade". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB), Dom Leonardo Steiner, afirmou ao Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, que "o aborto favorece a eugenia, uma prática para selecionar pessoas perfeitas". Ele participou, nesta quarta-feira, 10, do lançamento da Campanha da Fraternidade Ecumênica, que neste ano discute o saneamento básico.

O tema da campanha foi destacado como oportuno pelas autoridades, já que a falta de saneamento está ligada a uma maior incidência de doenças - entre ela o zika, que tem causado um surto de microcefalia em bebês. O vírus é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, que encontra em águas paradas as condições ideais para se proliferar.

##RECOMENDA##

"A microcefalia ocorre no Brasil há anos. Estão aproveitando o momento para introduzir novamente o assunto do aborto", disse Steiner, referindo-se aos grupos pró-legalização que pretendem levar a questão ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em 2012, uma decisão histórica do STF tornou possível que gestantes interrompessem a gravidez de fetos anencéfalos.

O presidente do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), dom Flávio Irala, afirmou que "existe uma preocupação com a vida de todos: mãe, bebê e famílias". A discussão sobre o aborto, disse ele, "está entrando de forma meio enviesada em função da microcefalia". Entretanto, as igrejas que compõem o Conic ainda não debateram oficialmente o tema.

O combate à corrupção deve ser um dos objetivos da Igreja Católica em 2015, afirmou nesta quarta-feira, 18, o arcebispo de São Paulo, d. Odilo Scherer, ao abrir a Campanha da Fraternidade, cujo tema neste ano é Fraternidade: Igreja e Sociedade. Promovida desde 1964 pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), durante o tempo da quaresma, que se inicia na Quarta-Feira de Cinzas, a campanha convida os católicos a refletir sobre um problema do País e a adotar ações concretas para resolvê-lo.

"A corrupção é um grande mal político e social que contraria a fraternidade", disse d. Odilo, acrescentando que, além de ser uma decisão pessoal do corrupto, a corrupção é um mecanismo que facilita a roubalheira e o desvio de recursos destinados a objetivos comunitários. O combate a esse mal deve ser incluído na reforma política, segundo o cardeal. O processo de redemocratização, iniciado na década de 1980, observa o texto-base da Campanha da Fraternidade, "sofre sistematicamente com a corrupção".

##RECOMENDA##

Integrante da Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas, a Igreja Católica apoia a proibição de financiamento de candidatos por empresas (pessoas jurídicas) e a implantação do financiamento democrático, público e de pessoas físicas; a adoção do sistema eleitoral chamado 'voto transparente' , proporcional, em dois turnos; a promoção da alternância de homens e mulheres nas listas de candidatos dos partidos (as mulheres somam 51% do eleitorado, mas é de apenas 9% a representação feminina na política) e, finalmente, o fortalecimento da democracia participativa, com plebiscito, referendo e projeto de lei de iniciativa popular.

Indígenas

"A Igreja não está fora do mundo nem é contra o mundo, mas está inserida no mundo", advertiu o cardeal-arcebispo de São Paulo, ao defender o empenho efetivo dos católicos na campanha pela reforma política. Esse empenho, disse d. Odilo, poderá incluir busca de adesão a um abaixo-assinado para pressionar o Congresso Nacional, como ocorreu no caso da Ficha Limpa, quando a Igreja conseguiu mais de 1 milhão de assinaturas.

O texto da Campanha da Fraternidade 2015 lembra outros problemas que a sociedade brasileira enfrenta, a começar pela violência. "A melhoria das condições de vida dos brasileiros ainda não se traduziu em melhorias nas condições estruturais de vida da população, sobretudo dos necessitados", adverte a CNBB no texto, citando os desafios a serem enfrentados a luta pela reforma agrária, pelas condições de trabalho no campo, por um salário justo , por um emprego docente e pelo acesso à moradia.

"No caso dos indígenas, é urgente a demarcação dos territórios, com a mediação nos locais onde existem agricultores que possuem títulos", afirma o texto-base, que defende também a demarcação dos territórios para as comunidades quilombolas e o estabelecimento de políticas públicas de inclusão social de milhares de excluídos. A consequência da falta de uma ação mais incisiva nessas situações é a violência, adverte o texto-base da Campanha da Fraternidade.

A Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou nesta quarta-feira (18) a Campanha da Fraternidade 2015. O tema escolhido este ano é Fraternidade: Igreja e Sociedade e o lema "Eu vim para servir". A ideia é aprofundar, a partir do Evangelho, o diálogo e a colaboração entre a Igreja e a sociedade como serviço ao povo brasileiro.

A campanha propõe ainda buscar novos métodos, atitudes e linguagens na missão da Igreja de levar a palavra a cada pessoa. O secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, lembrou que o momento escolhido para o lançamento da campanha – o início da Quaresma – é considerado de extrema importância para a Igreja. "Queremos ajudar a construir uma sociedade mais humana e mais divina", disse. "Sermos pessoas de fermento na massa. Esse é o desejo da campanha".

##RECOMENDA##

Durante a cerimônia, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, destacou o compromisso do governo com a emancipação dos pobres. "Defendemos os pobres, não a pobreza. Queremos que os pobres se libertem", disse. "Queremos que as pessoas se tornem protagonistas, sujeitos de sua vida e de sua história".

Para a secretária executiva do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs, pastora Romi Márcia Bencke, a campanha destaca a necessidade de promover o debate de valores éticos e também do papel missionário da Igreja. "O tema da campanha deste ano nos desafia para uma ética global de responsabilidades. Nos ajuda a refletir sobre o nosso papel enquanto igrejas e enquanto religiões".

Por fim, o presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcos Vinícius Furtado, defendeu medidas urgentes para a proteção e o acolhimento aos mais pobres e uma reforma política no país. "A luta por dignidade, justiça e igualdade é o elo que deve nos unir", disse. "Precisamos dar um passo adiante na atual situação de um sistema político desigual. Há a Necessidade de todas as instituições de participarem desse esforço em busca de um sistema político igualitário".

Foi celebrada no fim da tarde desta Quinta-feira Santa (17), a Missa do Lava Pés, coordenada pelo Arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido. Neste ano, o religioso escolheu conduzir a celebração na Capela São Francisco de Assis, na Rua Córrego João Francisco, Bomba do Hemetério, Zona Norte do Recife.

O representante da Igreja Católica chegou ao bairro da Bomba do Hemetério pouco antes do início da celebração, e explicou a escolha do local. “Este ano a Campanha da Fraternidade tem como tema o tráfico humano, cujas principais vítimas são pessoas de comunidades pobres e com menos condições, como esta. É triste pensar que pessoas conseguem fazer renda com este tipo de prática", disse. Ele ainda explicou a importância da data no calendário cristão. “A Quinta-feira Santa é quando começa o ciclo pascoal e representa o momento em que Jesus quis repassar seu amor aos demais. Neste dia, ele instituiu a eucarística, celebrando a Santa Ceia, e lavou os pés de seus discípulos”, completou.

##RECOMENDA##

Durante a missa, jovens da comunidade encenaram três atos demonstrando tipos de exploração cometidos: a sexual, o tráfico de bebês e crianças e o trabalho escravo sob promessa de vida melhor no exterior. “A nossa missão aqui é profética, viemos fazer aquilo que Jesus nos pediu, que é lavar os pés uns dos outros, nos igualando”, explicou o arcebispo. No momento mais esperado da celebração, Dom Saburido lavou os pés de 12 pessoas que estavam na plateia, e em seguida, fez a comunhão dos presentes.

 

 

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) vai debater o tema da Campanha da Fraternidade de 2014, nesta quinta-feira (20), durante uma sessão especial na Casa. A campanha é vivenciada anualmente pela igreja católica com temáticas atuais, este ano o alerta gira em torno do combate tráfico humano no Brasil. 

O debate foi convocado pelas deputadas Teresa Leitão (PT) e Terezinha Nunes (PSDB), e contará com a participação do arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido. A cerimônia está agendada para às 10h, no Plenário da Alepe. 

##RECOMENDA##

 

Um café da manhã e uma coletiva fizeram parte do lançamento regional da Campanha da Fraternidade (CF) na sede da Conferência Nacional do Brasil (CNBB NE2), no Recife, na manhã desta sexta-feira (7). Participaram do encontro 20 bispos da Região Nordeste 2 da CNBB, que inclui os estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

O tema da CFde 2014 é “Fraternidade e Tráfico Humano”. Segundo o Arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, a discussão deste tema é importante, pois este é ano de Copa do Mundo. “Foi muito bem escolhido. Pernambuco é um dos estados que se destaca em tráfico de pessoas”, comenta Saburido. 

##RECOMENDA##

Para Dom Lucena, Bispo de Guabiraba/PB e Referencial para campanhas na CNBB NE2, o papel dos fiéis na campanha é fundamental. “É preciso se conscientizar. Queremos que as famílias sejam protagonistas no debate deste tema que é uma vergonha para a nossa sociedade”.  O Arcebispo da Paraíba, Dom Aldo de Cillo Pagotto, realça que é preciso haver uma integração com os órgãos públicos. “O papel da igreja não é só orientar, mas não temos estrutura para colher e encaminhar. Queremos trabalhar junto aos órgãos públicos e exigir uma punição exemplar para as quadrilhas que cometem este crime.

Em 2013, o tema da campanha foi “Fraternidade e Juventude”. Para Dom Fernando Saburido, o projeto foi positivo e responsável por mudanças. “Os jovens despertaram o compromisso social. Conseguimos observar que a juventude está mais viva e temos uma participação nisto”, esclarece o sacerdote. De acordo com o Presidente da CNBB NE2, Dom Genival Saraiva, os temas não se esgotam com o fim da campanha. “Não dá para solucionar a problemática abordada com uma campanha, mas é importante trazermos estas experiência e vivência”, comenta Dom Genival. 

Ainda nesta sexta-feira (7), os religiosos promovem uma mesa-redonda, às 19h, no Teatro Boa Vista, no Recife, com a participação do assessor de imprensa da Polícia Federal em Pernambuco, Giovani Santoro, e o coordenador do Observatório de Migrações Internacionais no Brasil, Leonardo Cavalcanti. No sábado (8), às 8h,os bispos participarão de uma missa de lançamento da campanha na Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem. A Campanha da Fraternidade é realizada há 51 anos  e cada tema é definido com três anos de antecedência. 

O cardeal-arcebispo de São Paulo, d. Odilo Scherer, está só aguardando a definição da data de canonização do Beato Padre José de Anchieta para acertar uma série de comemorações, na arquidiocese, em homenagem ao missionário jesuíta que, ao lado do Padre Manoel da Nóbrega, foi um fundadores da cidade, no Pátio do Colégio.

"O papa Francisco assinará o decreto de canonização no início de abril, portanto daqui a um mês, mas ainda não sabemos em que dia isso será feito", disse d. Odilo, neta quarta-feira, 5, em entrevista convocada para a abertura da Campanha da Fraternidade. O cardeal se reunirá nesta quinta-feira, 6, com o clero para planejar a celebração. "Vou mandar tocar os sinos de todas as igrejas na mesma hora para manifestar a nossa alegria", adiantou.

##RECOMENDA##

A festa pela canonização de Anchieta, que foi declarado beato por João Paulo II em 1980 e agora será proclamado santo, envolverá a sociedade civil e instituições que, como a Fundação Padre Anchieta (Rádio e TV Cultura), estão ligadas a seu nome. Haverá um ato público com a presença de autoridades civis e religiosas. As comemorações se realizarão em diversas etapas e em várias cidades.

"Estamos envolvidos na canonização há bastante tempo, eu e todos os bispos brasileiros", observou o cardeal de São Paulo, lembrando que no ano passado os participantes da assembleia geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) enviaram uma petição a Francisco, com um apelo para que Anchieta fosse declarado santo logo. A opção por um decreto, em vez de uma solenidade na Praça de São Pedro, no Vaticano, foi do papa.

Sobre o lançamento da Campanha da Fraternidade, cujo tema na quaresma de 2014 é Fraternidade e Tráfico Humano, d. Odilo afirmou que a exploração da pessoa é uma realidade aviltante que não está tendo suficiente atuação das autoridades. "Temos no Brasil delitos perversos que só se pode combater, se tivermos grande consciência social", advertiu.

O texto-base da Campanha da Fraternidade enumera quatro tipos de exploração da pessoa: exploração no trabalho, tráfico de órgãos, exploração sexual e exploração do trabalho de crianças e adolescentes. Entre as medidas que já vêm sendo tomadas pela Igreja para eliminar esses males, o arcebispo de São Paulo cita a conscientização dos fiéis, o apoio às vítimas e a ação pastoral.

Nesta quarta-feira (5), o arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, presidiu a Missa de Cinzas, celebração que marcou o início da Quaresma e da Campanha da Fraternidade (CF) 2014. Fieis lotaram a Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, na Zonal Sul do Recife, ao ponto de não ter espaço dentro da capela e muitos terem que acompanhar a atividade do lado de fora.

Dom Fernando Saburido ressaltou a importância do tema “Fraternidade e Tráfico Humano”, neste ano de importantes eventos. “É ano de Copa do Mundo, o que pode favorecer as ações de aliciadores e exploradores. Também é ano de eleições; precisamos estar alertas às falsas promessas, já que os candidatos quase sempre esquecem do compromisso com a população”, disse o arcebispo.

##RECOMENDA##

O sacerdote lembrou da necessidade de maior vigilância em locais vulneráveis, como no próprio bairro de Boa Viagem, onde o turismo sexual é muitas vezes visível na orla. “No Cabo de Santo Agostinho, com o desenvolvimento de Suape, também em Igarassu, Olinda, todas são regiões propensas a explorações de vários tipos”, enfatizou dom Fernando. Durante a Missa, os padres abençoaram os fieis com simbólicas cruzes de cinzas na testa, que representam as mudanças e a superação dos pecados.

“Em nossas orações, esperamos a diminuição do tráfico de pessoas e começamos a nos preparar para a Páscoa. A cinza recebida por todos deve ser um símbolo de redenção”, afirmou a aposentada Silvia Alencar.

Do lado de fora, o fervor dos católicos não era menor. Sempre presente nas Missas de Cinzas, a fiel Maria Conceição Soledade foi para pedir pela família e por todo o mundo. “Peço tanta coisa, para os meus filhos, a família toda, mas também pelo mundo. Há tanto mal que preisamos pedir proteção para as pessoas que praticam tais atos”. 

Campanha da Fraternidade - Projeto anual realizado pela Igreja Católica Apostólica Romana no Brasil, desde 1962. Sempre são definidos um tema (realidade concreta a ser transformada) e um lema (guia para se buscar a transformação),  apresentado no período da Quaresma e trabalhado durante todo o ano.

Quarta-feira de Cinzas – Este é o primeiro dia da Quaresma no calendário cristão ocidental. As cinzas que os cristãos católicos recebem neste dia é símbolo de reflexão sobre o dever da conversão, da mudança de vida, recordando a efemeridade da vida humana, sujeita à morte. Ela ocorre quarenta dias antes da Páscoa sem contar os domingos. Seu posicionamento varia a cada ano, dependendo da data da Páscoa.

Quaresma – Chama-se Quaresma os 40 dias de jejum e penitência que precedem à festa da Páscoa. Essa preparação existe desde o tempo dos Apóstolos em memória ao jejum de Jesus Cristo no deserto, antes de voltar a Jerusalém para ser condenado e morto. Durante esse tempo, a Igreja veste seus ministros com paramentos de cor roxa e suprime os cânticos de alegria: O “Glória”, o “Aleluia” e o “Te Deum”.

A Quaresma começa na Quarta-feira de Cinzas e termina na quarta-feira da Semana Santa. O período é reservado para a reflexão e à conversão espiritual. Nesse tempo a Igreja Católica propõe três grandes linhas de ação: a oração, a penitência e a caridade.

A Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) abriu na tarde desta quarta-feira, 5, em Brasília, a Campanha da Fraternidade 2014. Para este ano, o tema escolhido foi "Fraternidade e o Tráfico Humano". A solenidade teve a presença do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Entre os objetivos apresentados no texto base da campanha estão a denúncia de estruturas e situações causadoras de tráfico humano, a reivindicação de políticas públicas e meios para reinserção das vítimas, além de promover ações de prevenção para o problema.

De acordo com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o número de inquéritos policiais abertos sobre o tráfico de pessoas é muito pequeno em relação ao volume da realização desse crime, porque há uma resistência das pessoas a fazer denúncias.

##RECOMENDA##

Cardozo afirmou que o governo federal já tem uma série de iniciativas que envolvem todos os órgãos que têm interface com esse tema, como a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, a Secretaria de Direitos Humanos e a Secretaria de Políticas para as Mulheres. "Agora temos essa oportunidade de termos essa situação de junção de forças com a sociedade através da Campanha da Fraternidade", disse.

Segundo o ministro, será criado um comitê conjunto que vai buscar aprimorar as políticas de Estado, receber sugestões e enraizar a atuação da sociedade sobre o tráfico de pessoas.

Na ocasião, também foi divulgada a mensagem do Papa Francisco para a Campanha da Fraternidade. Em carta aos brasileiros, o pontífice destacou que não se pode ficar impassível ao fato de seres humanos serem tratados como mercadoria. Citando a exploração de trabalhadores, as mulheres obrigadas a se prostituir e o tráfico de crianças para remoção de órgãos, o Papa pediu que os fiéis usem a consciência. "Como se pode anunciar a alegria da Páscoa sem se solidarizar com aquelas cuja liberdade aqui na terra é negada?", ponderou no documento.

A Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) vai realizar audiência pública, no dia 12 de março, para discutir os problemas que envolvem o tráfico humano, tema da Campanha da Fraternidade deste ano, organizada pela igreja católica no período que antecede a Páscoa. A solicitação para debater o tema foi da deputada Terezinha Nunes (PSDB). 

O assunto será abordando durante a reunião com representantes da OAB, Ministério Público, Secretaria da Mulher, Secretaria de Defesa Social, Defensoria Pública e outras instituições ligadas ao assunto. Segundo a deputada estima-se que mais de 800 mil pessoas no mundo são vítimas de tráfico de seres humanos por ano por grupos criminosos organizados que ganham bilhões com esse tipo de comércio. A audiência será às 9h, no auditório da Alepe.

##RECOMENDA##

A Arquidiocese de Olinda e Recife lançará, nesta quarta-feira de cinzas (13), às 15h, no Centro de Internação Provisória de Menores Infratores, da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), localizado no bairro do Bongi, Zona Oeste do Recife a Campanha da Fraternidade (CF) 2013.

Este ano, a campanha tem como tema “Fraternidade e Juventude” devido à Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que ocorrerá em julho na cidade do Rio de Janeiro. O evento vai acontecer pela primeira vez no Brasil. 

##RECOMENDA##

A escolha do local da abertura da campanha teve um motivo especial. “É lá que está um dos maiores desafios para a Igreja, são os corações   daqueles jovens que também temos que levar para Deus”, afirmou o  arcebispo dom Fernando Saburido.

A CF completa 50 anos e foi fundada por três padres responsáveis pela Cáritas brasileira, em 1961. O projeto foi lançado em todo Brasil em 26 de dezembro de 1962.

Quaresma- Nesta quarta-feira (12) a Igreja Católica também inicia o período de quaresma, 40 dias que antecede a ressurreição de Jesus Cristo. Além da missa de abertura da CF, o arcebispo celebrará a quarta de cinzas (13) que inicia o período pascal.

 

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando