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A marca de produtos de limpeza Bombril foi criticada nas redes sociais nesta quarta-feira, 17, após relançar uma palha de aço que possui o nome Krespinha. A associação do cabelo crespo com o produto gerou diversas acusações de racismo, já apontadas em estudos acadêmicos baseados no produto original, de 1952.

Pouco tempo após o lançamento do produto no site da Bombril, uma propaganda do produto da década de 1950, que mostra uma boneca negra com cabelo crespo ao lado da palha de aço começou a circular no Twitter.

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Por volta das 11h desta quarta-feira, era possível conferir o produto no site da Bombril, mas, após as críticas, a marca retirou a Krespinha da página.

O teor racista da associação entre o cabelo crespo, mais comum em pessoas negras, e a palha de aço já havia sido apontado em ao menos duas produções acadêmicas: o artigo Racismo e Propaganda no Brasil, de 2017, publicado por Dayane Augusta Silva e Jonas Brito e no Trabalho de Conclusão de Curso Cabelo Ruim? A Representação do Cabelo Crespo na Publicidade Brasileira, feito por Juliana de Melo Balhego, aluna da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em 2016.

"Nas propagandas dos séculos 19 e 20, é comum encontrarmos anúncios que associam o cabelo crespo ao 'bombril', como a "krespinha - esponja de aço" (1952)", comenta o artigo de Dayane e Jonas, ambos com mestrado em História, que também destacam que "no que se refere às denúncias motivadas por campanhas publicitárias de teor racista, verifica-se que são comerciais que não foram pensados sob a ótica de quem sofre racismo".

Já em seu TCC, Juliana destaca que a representação negativa que o cabelo crespo recebe, sendo associado a um produto de limpeza, faz com que "a utilização de produtos químicos para se adequar ao padrão eurocêntrico [de cabelo liso] seja algo comum na vida de mulheres negras".

No Twitter a hashtag #BombrilRacista chegou aos assuntos mais comentados da rede social, com diversas críticas por parte dos usuários, incluindo o ator Bruno Gagliasso. O E+ entrou em contato com a Bombril mas não recebeu resposta até a publicação da matéria. Confira alguns comentários:

A empresa de produtos de limpeza Bombril foi acusada de racismo na manhã desta quarta-feira (17) nas redes sociais, após relançar uma esponja de aço inox, chamada “Krespinha”. Com a hashtag “#BombrilRacista, o assunto chegou aos assuntos mais comentados no Twitter.

A esponja de aço inox, descrita pela empresa como perfeito para limpeza pesada, foi lançada pela primeira vez em 1952. Na propaganda, uma menina negra era a garota propaganda.

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Na rede social, diversos comentários revoltados com o nome do produto que associa o cabelo crespo a uma esponja de aço. “2020 a realidade do negro é ter uma linha de esponja de aço associada ao seu tipo de cabelo? Bombril vocês não aprenderam o mínimo com o que foi falado há duas semanas atrás?”, comentou um internauta em referência aos protestos levantados pelo movimento Vidas Negras Importam.

O ex-BBB Danrley Ferreira, também se manifestou contra a marca nas redes sociais “Ah se fu***, esses caras tão de sacanagem só pode ser. Só quem cresceu sendo chamado de cabelo de bombril sabe a merda que foi essa empresa racista ficar associando esse produto ao cabelo crespo e agora vem com essa. Aqui em casa essa merda não entra mais”, comentou ele.

A empresa retirou o produto do site, no entanto ainda não se pronunciou sobre o ocorrido.

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Ludmilla está processando Val Marchiori por injúria racial, após a loira fazer um comentário considerado racista. De acordo com as informações que circulam nos sites de notícia, a ação contra a socialite circula em uma vara cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro desde 24 de fevereiro. 

No Carnaval deste ano, a funkeira desfilou como musa da Salgueiro e teve seu cabelo comparada a uma palha de aço. "A roupa está bonita, a meu ver, a maquiagem está bonita, mas (...) esse cabelo dela está parecendo um Bombril", comentou a socialite. 

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De acordo com o site Ego, o valor de indenização pedido pela cantora é de R$ 300 mil. A primeira audiência ainda não teve data marcada. 

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--> Ludmilla responde a comentário racista de Val Marchiori

Após ter o cabelo comparado a 'Bombril' pela socialite Val Marchiori, a cantora Ludmilla respondeu ao comentário em seu perfil oficial do Facebook. Segundo a artista, ter visto o vídeo em que a modelo faz a comparação a deixou triste, mas abalada. "Não vai ser qualquer pessoa que vai me colocar pra baixo por puro preconceito", escreveu a cantora.

Nas redes sociais, os fãs de Ludmilla saíram em sua defesa. "Você é maravilhosa e merecedora de tudo que já conquistou, ela é uma recalcada, sem talento que só tem dinheiro graças aos maridos ricos que teve.", escreveu um admirador. "Ela é vazia, tem dinheiro, mas nao tem amor. É sozinha. Vc não, tem uma multidão que te ama. Não deixa comentários fúteis te entristecer. Cê é muuuuito mais que isso.", comentou outra.

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Personalidade também apoiaram Ludmilla. "É isso! Cabeça erguida e bola pra frente", escreveu o músico Tico Santa Cruz. "Vc estava linda, e isso incomoda... Vai ver faltou bombril na ponta da antena de TV da apresentadora e ela não conseguiu ver o desfile direito", comentou o cantor Marcus Niemeyer.

O que aconteceu

Comentanto os desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro, pela Rede TV!, Val Marchiori reclamou do cabelo de Ludmilla. "A roupa está bonita, ao meu ver, a maquiagem está bonita, mas (...) esse cabelo dela está parecendo um Bombril", disse a socialite. Em defesa da cantora, Ângela Bismarchi, que também comentava os desfiles, disse que Ludmilla era "uma mulher negra e bonita".

Confira o texto de Ludmilla na íntegra

Depois do desfile muitas pessoas me enviaram um vídeo de uma pessoa que apresentava um programa ao vivo na TV falou que meu cabelo parecia bombril. Eu fiquei muito triste quando vi o vídeo, mas curti o restante da minha noite de ontem tranquila e com sensação de dever cumprido após o desfile da minha escola maravilhosa que arrasou na avenida. Hoje, ao viajar pro Pará pra fazer um show vim refletindo no avião. Quem é essa pessoa? O que eu fiz pra ela? O que ela fez pra chegar onde ela está? E vi que não valia a pena ficar com raiva dela, nem bater boca nas redes sociais. Tenho consciência de tudo que passei pra chegar aqui, vim de baixo SIM, mas lutei MUITO pra chegar onde estou e o mais importante, com um trabalho digno e honesto e com o apoio de toda a minha família e amigos que tenho orgulho de tê-los comigo sempre! Tenho muito orgulho da minha raça e não vai ser qualquer pessoa que vai me colocar pra baixo por puro preconceito , SER CHIQUE É TER VALOR E NÃO PREÇO. Muito obrigada a todos que responderam em minha defesa

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