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A escalada da taxa básica de juros - que passou de 2%, no início de 2021, para os atuais 13,75% ao ano - tem feito estragos na vida dos consumidores e das empresas. A inadimplência atingiu nível recorde: segundo estudo da Fecomércio-SP, na virada do semestre 29% das famílias nas capitais brasileiras tinham alguma conta em atraso - a maior marca da série, iniciada em 2010.

O avanço da inadimplência acendeu o sinal amarelo para bancos e varejistas, que viram os resultados do terceiro trimestre prejudicados, em parte, pelo calote. Preocupados, ficaram mais cautelosos na aprovação de novos financiamentos e aumentaram as reservas para perdas futuras com o crédito, em meio a um cenário de juros ainda elevados e o baixo crescimento da economia brasileira esperado para 2023.

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Com queda nos lucros no terceiro trimestre, Bradesco e Santander, instituições com forte atuação no financiamento ao consumidor, por exemplo, ampliaram as chamadas Provisões para Devedores Duvidosos (PDD). O Bradesco mais do que dobrou (116%) ante o mesmo período de 2021 a reserva contra eventuais calotes, que atingiu R$ 7,267 bilhões. No Santander, a PDD somou R$ 6,209 bilhões, alta de 68,9% em relação ao mesmo período de 2021 e de 8% ante o trimestre anterior.

O presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Junior, disse na apresentação de resultados que a inflação e os juros levaram a uma redução na capacidade de pagamentos dos brasileiros, o que explica o aumento na inadimplência e o salto nas provisões. "A inadimplência tem nome e sobrenome: está na pessoa física, em cartão de crédito e em crédito pessoal", disse.

O Santander informou que já havia começado a apertar a concessão de crédito no fim de 2021, antecipando o ciclo econômico, o que levou primeiro a uma desaceleração na carteira e, depois, a uma piora na inadimplência. Também em teleconferência sobre o balanço, Mario Leão, presidente do banco, disse que a piora está concentrada no segmento de pessoas físicas, mas que o cenário deve mudar com a queda dos juros, algo que o mercado espera que volte a acontecer em meados do ano que vem.

Para Altamiro Carvalho, assessor econômico da Fecomércio-SP e responsável pelo estudo sobre endividamento, o principal fator que levou ao aumento da inadimplência foi a inflação. Em junho de 2021, o IPCA acumulava em 12 meses alta de 8%, e chegou a 12% em junho deste ano, concentrado em itens essenciais, como alimentos e combustíveis. "Isso abalou a capacidade de pagamento das famílias, principalmente as de menor renda."

Inadimplência

O aumento da inadimplência, provocado principalmente pela alta dos juros, chegou também às redes varejistas. O Magazine Luiza, por exemplo, que registrou prejuízo de R$ 166,8 milhões no terceiro trimestre, reservou R$ 590,4 milhões para créditos de liquidação duvidosa no cartão próprio - que responde pela maior fatia das vendas a prazo da rede.

A varejista aumentou em 206,4% a Provisão para Devedores Duvidosos (PDD) em relação ao mesmo trimestre do ano passado. Quando é levada em conta a relação entre a provisão e o tamanho da carteira de crédito do Magazine Luiza, o índice do terceiro trimestre está em 2,9%, ante 1,3% no mesmo período de 2021.

Roberto Bellissimo, diretor financeiro da varejista, diz, porém, que a comparação entre os períodos não é a mais adequada. "A inadimplência estava artificialmente baixa no terceiro trimestre de 2021 por conta dos auxílios (dados pelo governo)."

Ele observa que o indicador entre a provisão e o tamanho da carteira era superior a 3% antes da pandemia. A inadimplência dos créditos vencidos há mais de 90 dias na rede, que subiu para 9,2% da carteira no terceiro trimestre (ante 4,9% no mesmo período de 2021), está voltando para os níveis pré-pandemia, argumenta. No entanto, o executivo diz que desde o começo do ano vem reduzindo o ritmo de concessão de novos cartões da rede e está focado em clientes conhecidos e que já navegam pelo site da varejista.

A Via, dona da Casas Bahia e do Ponto, apresentou prejuízo líquido de R$ 203 milhões no terceiro trimestre, e é outra varejista que ampliou as reservas para cobrir a inadimplência. Os créditos vencidos acima de 90 dias, que eram 7,4% dos financiamentos a receber no terceiro trimestre de 2021, subiram para 8,4% no mesmo período deste ano. Em um ano, a PDD da rede varejista foi de R$ 621 milhões para R$ 658 milhões.

Já a Lojas Cem, que tem capital fechado, não revela o aumento das provisões contra a inadimplência, mas confirma que o calote está em alta. "Deu uma aumentadinha na inadimplência", afirma José Domingos Alves, supervisor-geral da rede, que deve fechar o ano com 302 lojas. Historicamente, o atraso acima de 60 dias oscilava entre 4% e 4,5% da carteira de crédito da varejista. Agora, faz dois meses que está em 6%. "O aumento da inflação tirou o poder de compra e potencializou a alta da inadimplência, além do que ninguém contava que a Selic chegaria 13,75%."

Melhora

Até dezembro, no entanto, a tendência para a inadimplência é de redução, avalia Matheus Moura, diretor da Serasa, birô de crédito que já fechou 2,2 milhões de renegociações de dívidas em atraso nas últimas duas semanas. "A continuidade da redução do desemprego, a inflação reduzindo ou não subindo mais, atrelados aos auxílios governamentais tendem a reduzir a inadimplência", diz.

Altamiro Carvalho, da Fecomércio-SP, acrescenta que a maior injeção de recursos do 13.º salário, por conta do aumento do emprego formal, deve favorecer a queda do calote, uma vez que, tradicionalmente, 40% desses recursos vão para a quitação de dívidas. "O que sabemos é que as condições neste fim de ano serão melhores para as famílias colocarem em ordem as dívidas em atraso, mas a grande incógnita é o comportamento da inadimplência no primeiro semestre de 2023."

As incertezas sobre a política econômica do novo governo, especialmente em relação à questão fiscal, e os possíveis desdobramentos sobre câmbio, inflação e juros ainda não permitem fazer previsões, diz.

Disseminação

O estudo sobre inadimplência feito pela Fecomércio-SP mostra que, depois de um momento de paralisação das atividades econômicas por conta da pandemia, em 2020, houve um momento de maior disseminação do crédito. Entre junho de 2021 e junho deste ano, a parcela de famílias endividadas que moram nas capitais brasileiras subiu de 71,4% para 78%. Isso significa que 1,2 milhão de novos brasileiros tiveram acesso ao crédito o período.

"O sistema ficou menos seletivo, absorveu esse contingente, provavelmente de menor renda", diz Carvalho, responsável pelo estudo sobre endividamento do consumidor. Com o aumento da inflação, esse consumidor perdeu a capacidade de pagamento e acabou se tornando inadimplente.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No Dia de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, comemorado nesta quarta-feira (12), o Recife e Região Metropolitana (RMR) terão algumas mudanças no funcionamento do comércio. Bancos, agências de emprego e academias da cidade estarão fechadas, enquanto shoppings e mercados públicos funcionarão com horário diferenciado.

Centro do Recife e bairros - o horário de funcionamento será facultativo, conforme convenção coletiva da categoria.

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Shoppings

Recife

Shopping Recife - das 12h às 21h.

RioMar Shopping - das 12h às 21h.

Shopping Boa Vista - das 11h às 19h.

Shopping Tacaruna - das 12h às 21h.

Plaza Shopping - das 12h às 21h.

Olinda

Shopping Patteo Olinda - das 12h às 21h.

Paulista

Paulista North Way Shopping - das 12h às 21h.

Camaragibe

Camará Shopping - das 12h às 21h.

Jaboatão

Shopping Guararapes - das 9h às 22h.

Cabo de Santo Agostinho

Shopping Costa Dourada - das 10h às 22h.

Igarassu

Shopping Igarassu - das 12h às 20h.

Moreno

Recife Outlet - das 9h às 21h.

Bancos - Não haverá atendimento nas agências bancárias no feriado de Nossa Senhora Aparecida.

Ferreira Costa - As lojas localizadas na Imbiribeira e Tamarineira estarão funcionando em horário especial, das 9h às 18h.

Já no Agreste de Pernambuco, a loja localizada em Caruaru abrirá das 9h às 18h.

E em Garanhuns, a loja estará funcionando das 9h às 17h.

COMPAZ - Todos os COMPAZ ficarão sem funcionar, exceto pelo Compaz Eduardo Campos (Alto Santa Terezinha), que oferecerá uma festa de Dia das Crianças com atividades gratuitas e abertas ao público, das 9h às 12h.

Mercados públicos - Nos feriados, os mercados públicos da cidade funcionam entre 6h e 13h.

Esportes - As 23 unidades da Academia Recife estarão fechadas nesta quarta-feira (12), retornando ao funcionamento normal na quinta (13). O mesmo esquema será aplicado ao Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães (Geraldão).

Hospital Veterinário do Recife - Os atendimentos na unidade, situada no bairro do Cordeiro, ficam suspensos no feriado de Nossa Senhora Aparecida, reabrindo as portas na quinta-feira (13), em horário normal, das 7 às 17h. 

Procon Recife - Não haverá expediente na sede, localizada na Rua Carlos Porto Carreiro, 156, Boa Vista e em seus postos de atendimento que funcionam nos Compaz (Ariano Suassuna,no Cordeiro; Eduardo Campos, no Alto Santa Terezinha;  Dom Helder, no Coque). A população pode registrar reclamações no site  procon.recife.pe.gov.br e denúncias podem ser enviadas para o email denunciaproconrecife@recife.pe.gov.br. O atendimento oferecido pelo órgão municipal de forma presencial volta a ser realizado na quinta-feira (13), em sua sede.

As Agências de Emprego e Salas do Empreendedorismo do Recife - Não terá atendimento ao público neste dia. Os serviços retornam na quinta-feira (13) na Agência de Emprego de Casa Amarela, entre as 8h e 16h, com atendimento da Sala do Empreendedorismo também disponível.

Os serviços da Agência e da Sala presentes nos Compaz Eduardo Campos (Alto Santa Terezinha), Dom Helder Câmara (Coque), Ariano Suassuna (Cordeiro) também retornam suas atividades no mesmo dia (8), das 8h às 16h. Os agendamentos podem ser feitos normalmente pelo site (www.agenciadeemprego.recife.pe.gov.br).

A ofensiva do Itaú Unibanco de cortar as taxas de corretagem nas ordens de ações e fundos de índice nos canais digitais é um contra-ataque às plataformas independentes, que aboliram a cobrança há bastante tempo. Analistas afirmam que essa é a tendência da indústria, e que o Itaú se posiciona com atraso.

De qualquer forma, a decisão do maior banco do País elevou a pressão para os rivais seguirem o movimento, aponta o professor de Finanças da escola de negócios Ibmec, Cristiano Corrêa. "Para todos que quiserem concorrer neste mercado é questão de sobrevivência isentar estas taxas", diz.

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O professor destaca que o potencial de crescimento do mercado de investimentos no Brasil ainda é alto, e por isso que a corrida é acirrada. "Este passo do Itaú deve forçar os outros grandes a 'descer para o playground'."

Os bancos e plataformas estão em uma disputa para atrair clientes. "Esse movimento do Itaú o leva de volta ao mercado de investimentos depois de várias empresas terem feito isso para ganhar território", diz Fabrício Gonçalvez, CEO da Box Asset Management.

Para os investidores, a oferta de corretagem zero não é novidade. A Clear, do grupo XP, por exemplo, adota a prática desde 2018. A empresa diz que, entre janeiro e agosto deste ano, os clientes deixaram de gastar R$ 50 milhões com a taxa.

A Rico, também da XP, zerou taxas em 2020.

No modelo em que o Itaú opera agora, a Nu Invest oferece isenção para as operações de ações, BDRs, ETFs e opções nos investimentos feitos pelo aplicativo e pelo portal.

C6 Bank e Inter têm o mesmo formato. Toro, Órama, Warren e Genial dizem que investimentos feitos pelo home broker têm corretagem zero.

Clientes da XP pagam taxas de R$ 2,90 por ordem no day trade (curtíssimo prazo) e R$ 4,90 no swing trade (curto prazo).

Na Ágora, a corretagem é de R$ 2,50 e R$ 4,50, respectivamente.

No BTG Pactual, a cobrança no swing trade diminui conforme o número de operações.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Projeto que proíbe os bancos públicos federais de conceder empréstimos a governos estrangeiros aguarda designação de relator no Senado. O projeto de lei complementar acrescenta à Lei 4.595, de 1964 (Lei da Reforma Bancária) artigo que veda especificamente "às instituições financeiras públicas federais financiar, conceder crédito ou prorrogar a validade de operações já contratadas com governos estrangeiros, suas empresas ou outros órgãos e entidades da administração direta ou indireta ou que contenham garantia direta ou indireta de Estado estrangeiro". 

O autor do projeto, senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), afirma que objetivo do PLP 105/2022 é impedir que voltem a ocorrer operações de crédito que, segundo o senador, "subtraíram a poupança nacional". Ele exemplificou citando empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a Cuba, Moçambique e Venezuela. 

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Os empréstimos ocorreram durante governos anteriores, acusados de concedê-los a países aliados por motivações mais ideológicas que econômicas. Em depoimento à CPI do BNDES, no Senado, em 2017, Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES, negou interferência política nas decisões do banco e defendeu as operações como rentáveis para as empresas brasileiras que exportam serviços e equipamentos, atendendo ao interesse nacional. 

"Para evitar prejuízos às exportações brasileiras", segundo a justificação do projeto, a proposta abre exceção para "o financiamento da exportação de bens e serviços produzidos no Brasil e adquiridos por governos estrangeiros ou em operações que tenham governos estrangeiros como garantidores". 

Em outubro passado, o jornal O Estado de S. Paulo realizou um levantamento da situação dos empréstimos citados no projeto de Oriovisto, concluindo que Cuba, Moçambique e Venezuela então deviam, respectivamente, parcelas de US$ 165 milhões, US$ 122 milhões e US$ 572 milhões. 

*Da Agência Senado

Os criminosos perceberam que o telefone celular é uma "janela" para a vida digital das pessoas: os dispositivos não apenas carregam os apps mais usados, como também são peça fundamental na linha para a confirmação de operações financeiras. É pelo celular que o consumidor recebe mensagens SMS, e-mails e avisos de confirmação que costumam dar acesso a serviços e transações. Fabiana Saenz, da Zetta (associação que reúne os bancos digitais nacionais), afirma que o roubo físico de aparelhos dificulta a ação das instituições financeiras.

Para especialistas ouvidos pelo Estadão, a falta de investimentos em segurança para os aplicativos de celular e a morosidade no registro de ocorrências têm colaborado para o aumento do número de casos e até na organização de novas formas de golpe.

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Para Álvaro Martins, da consultoria IT By Inside, apesar das atualizações feitas pelos bancos, as empresas estão sempre muito atrás do crime organizado. Martins afirma que, na maioria dos casos, os investimentos em segurança dos bancos visam a proteger as aplicações do próprio banco, e não o dinheiro dos correntistas. "O setor financeiro tem ferramentas para evitar esses casos, mas eles não têm foco nisso."

Já na avaliação de Jéferson Campos Nobre, professor do Instituto de Informática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, mesmo com uma divisão de responsabilidades e os cuidados por parte dos correntistas, as instituições precisam assumir o papel de protagonistas em segurança. "Os clientes podem colaborar com o processo de segurança, mas obviamente existe uma expectativa de investimentos em tecnologias que detectem e bloqueiem movimentações inesperadas."

A questão das fraudes tem de ser priorizada, segundo Nobre, com mais opções de atendimento relacionadas a perda e roubo, como já é comum nos call centers de cartão de crédito. "Vão ser necessárias atualizações nesse serviço de atendimento para incluir opções de bloqueio de contas no futuro. Eu acredito que esse tema já está na ordem do dia das empresas do setor financeiro", afirma.

INICIATIVAS. Embora digam que façam investimentos em áreas como biometria, inteligência artificial e análise comportamental, as instituições atribuem a explosão de fraudes a um "problema de segurança pública" e à baixa educação digital das pessoas, o que teria sido agravado com a expansão da base de usuários. "A maioria das fraudes ocorre por meio de engenharia social", diz Bruno Magrani, diretor de relações institucionais do Nubank, sobre o crime de manipulação psicológica do usuário para que ele forneça informações confidenciais.

As iniciativas das instituições são variadas. O banco digital C6 diz que faz uso de reconhecimento facial próprio para validar as operações. O Nubank afirma possuir biometria, para prova de vida, e inteligência artificial para fazer a validação dos riscos das transações, numa tentativa de predizer o comportamento dos usuários. Apesar disso, repercutiu nas redes sociais um caso de um cliente do Nubank que diz ter perdido R$ 140 mil após ter tido o celular roubado. Sobre o caso, a companhia diz: "Este caso foi resolvido e o cliente, ressarcido. Visando a melhoria contínua de serviços e processos, a empresa trabalha desde o dia 1.º no desenvolvimento de tecnologias que garantam a integridade e a segurança de clientes e ativos".

"O setor bancário brasileiro é referência mundial em cibersegurança. Até por isso, frequentemente os fraudadores focam seus esforços sobre os usuários finais, que, por desconhecimento dos riscos, são frequentemente o vetor mais vulnerável. Nesse contexto, a educação e conscientização dos clientes são extremamente importantes para mudar o cenário atual de fraudes", afirma Thiago Garrides, diretor de riscos do banco Inter.

O discurso se repete entre os bancos tradicionais. Em nota, o Santander afirmou que segue as normas de prevenção estabelecidas pelo Banco Central e que "investe constantemente em sistemas de proteção para preservar as transações de seus clientes". O Bradesco informou que conta com um "elevado grau de segurança" e que segue "as melhores práticas nacionais e internacionais".

Em nota, o Banco do Brasil afirmou que utiliza sistemas de inteligência analítica para acompanhar os padrões de comportamento dos correntistas em caso de transações por aplicativo. "A segurança nas transações financeiras é prioridade para o BB."

Já o Itaú declarou que investe continuamente no fortalecimento dos sistemas e processos de segurança no uso do seu aplicativo. "O banco submete todas as operações ao monitoramento de riscos, que analisa as transações para identificar eventuais suspeitas de tentativas de fraudes ou golpes."

Procurada, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) disse que está "atenta aos problemas de segurança pública e seus reflexos nas transações bancárias e na segurança de seus clientes". Segundo a entidade, os bancos têm seguido instrução normativa do Banco Central sobre os limites transacionais de Pix via celular.

"A Febraban incentiva que os clientes utilizem essa funcionalidade em seus aplicativos para ajustar os limites de acordo com suas necessidades e segurança." Levantamento do C6 apontou que 72% dos usuários conhecem a funcionalidade que limita os valores de transações via Pix. Contudo, só 32% do público já configurou essa ferramenta nos serviços bancários.

Veja como proteger celulares e contas de ataques de criminosos

 

Nível básico

1) Use senhas alfanuméricas (incluindo símbolos e combinando letras minúsculas e maiúsculas) diferentes para cada cadastro;

2) Use sequências numéricas aleatórias em instituições

financeiras, como senhas de cartões ou credenciais em aplicativos bancários;

3) Ative a verificação em duas etapas por celular ou e-mail;

4) Coloque senha no chip (SIM) da operadora, o que irá impedir que ladrões insiram o cartão em outro aparelho e tenham acesso ao seu número;

5) Não clique em links duvidosos ou dê informações pessoais, mesmo que o pedido seja de um contato conhecido;

6) Ative todas as biometrias do seu aparelho, como leitores de digitais e de rosto, que criam camadas a mais de segurança.

Nível intermediário

1) Tenha senhas aleatórias, complexas e impossíveis de decorar: use apps específicos (1Password, Last Password) ou ferramentas de navegadores (Google Chrome e Safari) que criam senhas e as colocam em um "cofre" na nuvem;

2) Ative senhas de uso único como outra etapa de verificação. São números aleatórios que funcionam como segundo código. São criadas por apps próprios (Google Authenticator, Microsoft Authenticator, Authy, 1Password);

3) Entre em contato com a instituição financeira e diminua limites diários de transferência (DOC, TED e Pix), saques e empréstimo pré-aprovado;

4) Considere incluir um contato de confiança em sua família iCloud (Apple), permitindo que familiares possam apagar o dispositivo a distância em caso de roubo - Android (Google) não tem o recurso.

Nível avançado

1) Comprar uma chave de segurança física para recuperação de senha e logins, como Titan (do Google), Yubico e OnlyKey - os preços, no entanto, podem ultrapassar a faixa dos R$ 800. Esses objetos são pequenos e podem ser guardados em chaveiros, por exemplo;

2) Gere e imprima códigos de backup alternativos, senhas criadas automaticamente pelo próprio cadastro dos serviços. Devem ser guardados em casa em local seguro;

3) Caso tenha adotado um app gerador de senhas, apague as senhas salvas dos navegadores para evitar brechas;

4) Crie um "e-mail secreto" a que só você tem acesso: essa conta não pode estar salva em nenhum dispositivo do cotidiano, deve ter senhas fortes e autenticação em dois fatores ativada. Por esse e-mail, você fará recuperação das contas mais importantes;

5) Deixe um dispositivo em casa (como um tablet ou celular velho) para ser o local por onde você acessa seu e-mail "secreto", apps próprios de senhas ou até de instituições financeiras menos utilizadas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O volume de golpes no sistema financeiro nacional deverá alcançar a expressiva marca de R$ 2,5 bilhões neste ano. E a estimativa é de que parte considerável desse montante (cerca de R$ 1,8 bilhão, ou mais de 70%) tenha a ver com o Pix, o sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central (BC) que entrou em operação em 2020 e que rapidamente se popularizou. A estimativa dos bancos para o fechamento de 2022, obtida pelo Estadão, leva em conta os dados até junho - período em que as fraudes já somavam R$ 1,7 bilhão, sendo R$ 900 milhões por meio do Pix.

Fontes do sistema financeiro afirmam que esse número, no entanto, pode estar subestimado, uma vez que nem todos os golpes são reportados aos bancos pelos clientes. Oficialmente, não existe um número consolidado, mas, com o aumento da digitalização das operações durante a pandemia, a estimativa é de que as fraudes tenham triplicado em dois anos.

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Um levantamento feito pela Serasa Experian mostrou que, em maio de 2021, um total de 331,2 mil brasileiros foram vítimas de algum tipo de fraude, sendo que mais de 176 mil ocorrências (53,3%) foram realizadas a partir de contas bancárias ou cartões de crédito - dois meses antes, em março, esse número era de 79,9 mil. O estudo analisa números relacionados a crimes como utilização indevida de identidade e abertura de contas e emissão de cartões sem autorização.

Braço antifraude do serviço de monitoramento de crédito Boa Vista, a Konduto também identificou a gravidade do problema: apenas de janeiro a abril deste ano, foram cerca de 9 milhões de tentativas de fraude no comércio relacionadas à clonagem de cartões de crédito e a roubo de dados pessoais. Só em abril foram 2 milhões de ocorrências, alta de 117% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Além do roubo de dados por hackers, outro tipo de crime que tem crescido no País é a fraude classificada como "engenharia social", que consiste na manipulação psicológica do usuário para que ele forneça informações confidenciais, como senhas de cartões e de contas. Levantamento recente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) apontou uma alta de 165% nesse tipo de golpe desde o início da pandemia. Neste ano, 1 em cada 3 brasileiros sofreu uma tentativa de golpe desse tipo, aponta a associação.

As fraudes financeiras são um problema global que parece, comparativamente, mais grave no Brasil. Em um estudo de fevereiro de 2022, a IBM revelou que 31% dos brasileiros afirmaram ter sofrido algum tipo de golpe relacionado a cartões de crédito no ano anterior. Na Alemanha, por exemplo, esse número foi de 7% e, nos EUA, de 18%.

"O Brasil é um mercado hostil e que tem um problema de segurança pública", afirma Fabiana Saenz, especialista de segurança da Zetta, a associação que representa as fintechs (startups do setor financeiro) no Brasil. "Quando apresentamos casos brasileiros em fóruns internacionais de cibersegurança, os estrangeiros ficam bastante impressionados com a maneira de atuação dos criminosos daqui", conta José Luis Santana, líder de cibersegurança do C6 Bank.

GRUPO DE TRABALHO. Diretor de relações institucionais do Nubank, Bruno Magrani conta que foi formado um grupo para discutir melhorias em segurança com o Banco Central. Fazem parte desse grupo Zetta, Febraban, Abipag (Associação Brasileira de Instituições de Pagamentos), Abranet (Associação Brasileira de Internet) e ABBC (Associação Brasileira de Bancos).

Uma das ideias discutidas hoje é o bloqueio em cascata de contas em ataque. "Uma das características de criminosos é movimentar dinheiro de maneira muito rápida entre várias contas. O processo atual para bloquear uma conta vítima de golpe é muito demorado. A nossa ideia é poder bloquear de uma só vez contas que fazem o caminho do dinheiro por diferentes instituições financeiras", conta Magrani.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, já sinalizou preocupação sobre o tema das fraudes. Em audiência na Câmara dos Deputados, ele falou sobre o trabalho de coibir as "contas laranjas", abertas com documentos de outras pessoas, sem autorização. Trata-se de uma tentativa de melhorar o rastreamento do dinheiro roubado.

VÍTIMA. A aposentada Patrícia Leão, de 58 anos, foi vítima de uma série de golpes em questão de dias. No fim do ano passado, ela recebeu uma mensagem no WhatsApp de um homem que se passou por um de seus irmãos - inclusive, com nome e foto de perfil. O golpista dizia que havia adquirido um novo celular, com a justificativa de que o aparelho antigo seria usado apenas para contatos profissionais.

O roteiro não é novo, mas a situação pareceu pertinente naquele momento. "Coincidentemente, meu irmão iria fazer isso mesmo, porque ele tem uma microempresa de produtos mineiros e foi aconselhado a deixar um número só para trabalho", explica.

Em seguida, a aposentada foi perguntada se poderia pagar uma pessoa em nome do irmão. "Fiz o pagamento e criei uma história na minha cabeça. Pensei que era um pagamento de fornecedor, e que ele realmente estava com problema no banco", relembra.

Nos dias seguintes, Patrícia disse que voltou a ser acionada e efetuou, ao todo, cinco transferências. A aposentada conta que não lhe ocorreu mandar uma mensagem para o número que o irmão costumava usar, e que tampouco cogitou ir até a casa dele, a poucos quarteirões de onde ela mora, em Belo Horizonte.

"Parece história de novela, não sei explicar o que aconteceu. A gente cria uma história, passa a fazer parte dela e não raciocina", lamenta Patrícia. A descoberta de que se tratava de um golpe, explicou a aposentada, só veio na quinta-feira, quando ela contou a história para outro irmão, que tentou sem sucesso ligar para o número do golpista. Ao fim, Patrícia teve um prejuízo de R$ 39,7 mil.

A aposentada registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil e acionou os dois bancos nos quais era cliente. Ela conta que nenhum suspeito foi localizado até o momento, e que o valor não foi ressarcido. A justificativa dada por uma das instituições financeiras foi de que o golpe precisaria ter sido identificado no mesmo dia das transações.

Patrícia ainda diz ter recebido outras abordagens de golpistas se passando por seu irmão nos meses seguintes. "Meu nome deve ter rodado por aí, alguém deve estar aproveitando os R$ 39 mil até hoje." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma cena curiosa se repete nas portas de agências bancárias em dia de pagamento do INSS ou de auxílios do governo: pessoas fazem filas para entrar e sacar dinheiro, ao mesmo tempo que mandam e recebem mensagens por meio do WhatsApp. Para os bancos, isso significa que há uma parcela do público que usa smartphone, mas ainda não está em seus aplicativos. Por isso, as instituições financeiras miram o WhatsApp.

Uma das mais utilizadas do País, a plataforma da Meta é uma ponte entre os bancos e esse público, segundo especialistas, porque simplifica a linguagem do atendimento. No lugar dos menus dos aplicativos, entra uma conversa, como a que o cliente costuma ter na agência física. No "Zap", porém, o papo é com a inteligência artificial.

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O Bradesco, por exemplo, criou a BIA, que interage com o usuário em suas plataformas. "Para nós, o WhatsApp é um canal, mas o que estamos fortalecendo é a convergência do cliente", diz Eder Lima, responsável pela experiência digital de pessoas físicas do banco. Segundo ele, a intenção é acostumar o cliente a "falar" com a BIA em qualquer canal.

No Banco do Brasil, os usuários também conversam com uma máquina inteligente. "Exploramos a conversação. O nosso assistente no WhatsApp não tem cara de URA (atendente eletrônico que identifica dígitos) porque isso não é conversacional. Incentivamos a pessoa a falar", diz César Caseiro, líder da escola de robôs do banco. "O conceito da linguagem no digital é ter o tom de voz (linguagem) do cliente", observa Sergio Biagini, líder de serviços financeiros da consultoria Deloitte.

Andrea Carpes, diretora de atendimento ao cliente do Itaú, diz que os primeiros serviços levados para o app foram os mais fáceis e de maior demanda, como a emissão da segunda via de boletos. "O primeiro critério foi incluir o que tinha mais volume nas centrais de atendimento", diz. Hoje, é possível abrir contas correntes pelo WhatsApp.

São vários os motivos que afastam o cliente do app do banco, incluindo o receio de gastar parte do plano de dados. "Em geral, as pessoas de uma classe social mais baixa e que tendem a ser mais jovens têm necessidades financeiras mais simples. Eventualmente, o WhatsApp atende a essas necessidades", aponta Silvio Marote, sócio da consultoria Bain.

DO SAC AO EMPRÉSTIMO

A experiência dos bancos é recente. O BB passou a atender por WhatsApp em 2018; o Itaú entrou em 2019; a Caixa Econômica Federal (CEF), em 2020, inicialmente para dar suporte aos clientes na pandemia da Covid-19, durante a qual o banco distribuiu o auxílio emergencial pago pelo governo. O Santander também colocou o pé no acelerador devido à pandemia. "Vínhamos discutindo isso há bastante tempo e, com a pandemia, se tornou mais urgente acelerar essa agenda", afirma Marcela Ulian, superintendente executiva de negócios digitais do banco.

O Santander tem 7 milhões de clientes que usam a plataforma, e identificou que parte deles tem celulares Android com baixa capacidade de armazenamento, o que com frequência os leva a optar pelo aplicativo de mensagens da Meta em detrimento de outras plataformas.

Pesquisa do WhatsApp encomendada à Kantar apontou que, no Brasil, 47% dos adultos conectados à internet realizam transações bancárias via aplicativos de mensagem. "O WhatsApp é usado massivamente no Brasil, onde a população é aberta a novas tecnologias e o sistema financeiro é bastante avançado", disse a empresa por escrito.

RECURSOS

Com os cinco maiores bancos por lá, a corrida é para agregar funções. O Santander, por exemplo, espera dobrar o número de serviços na plataforma até o fim do ano, para 80. Os empréstimos pessoal e consignado estão nessa lista.

No início do mês, o BB foi o primeiro grande banco do País a oferecer empréstimos pessoais, para correntistas com limites pré-aprovados. "Clientes que nunca haviam contratado crédito conosco foram predominantes (nos primeiros dias)", conta Pedro Bramont, diretor de negócios digitais e open finance da instituição.

O BB já liberou mais de R$ 2,5 milhões pela plataforma, 75% para clientes que não tinham crédito pessoal com o banco. Neste ano, pretende levar todas as linhas voltadas a pessoas físicas ao app, além de soluções de investimentos e agronegócio. Em paralelo, desenvolve o piloto do atendimento via Alexa, a assistente de voz da Amazon.

Algo que ainda está por equacionar é a análise de crédito. "Para poder dar todas as possibilidades de crédito, precisamos ter uma análise de crédito muito bem feita em um tempo muito curto", afirma Andrea, do Itaú. É algo mais complexo do que emitir a segunda via de uma fatura - mas os bancos estão abraçando o desafio.

Parceria entre bancos e plataforma esbarra em clima de competição

Os maiores bancos do País ampliam a oferta de serviços no WhatsApp, ao mesmo tempo que o aplicativo de mensagens expande seu serviço de transferências. O momento é de cooperação, mas também de competição.

No ar desde 2021, o Pagamentos no WhatsApp é operado por meio do cadastro de cartões pré-pagos ou com função débito pelos usuários. São aceitos cartões de bancos como Bradesco, Itaú, Banco do Brasil, Nubank e Inter, com bandeiras Visa e Mastercard. A Cielo, controlada por BB e Bradesco, opera o serviço, que será estendido a pessoas jurídicas. "Faz parte da estratégia, pois sabemos que isso é muito valioso para os negócios", disse um porta-voz do aplicativo.

Os bancos veem no WhatsApp um canal importante, mas não abrem mão de ter esse cliente nos aplicativos proprietários. "Se amanhã houver um novo canal (relevante), vamos interagir lá, mas lembrando que estamos fortalecendo a BIA (inteligência artificial do banco), e não o canal", diz Eder Lima, responsável pela experiência digital de pessoas físicas do Bradesco. Hoje, de 30% a 40% das interações da BIA são feitas pelo "Zap".

"Ainda que a experiência seja muito interessante, há soluções em que a integração de serviços financeiros vai ser mais adequada no nosso aplicativo", diz Pedro Bramont, diretor de negócios digitais e open finance do Banco do Brasil. O BB tem 11 milhões de usuários, pelo critério de usuários únicos nos últimos 90 dias. No primeiro trimestre deste ano, foram 129,3 milhões de interações, mais que o dobro do mesmo período de 2021.

Marcela Ulian, superintendente executiva de negócios digitais do Santander Brasil, acha difícil o WhatsApp substituir os apps de banco. "Nosso serviço tem um nível de complexidade e exige um nível de segurança, para algumas coisas, muito relevante." Ainda assim, o aplicativo tornou-se inescapável, em especial após a pandemia.

"Hoje em dia, se o cliente está lá, eu tenho de estar. Se eu falar que não estarei porque é um risco para mim, é porque ele virou um risco para mim", diz Andrea Carpes, diretora de atendimento ao cliente do Itaú.

Sócio da consultoria Bain, Silvio Marote considera natural que os bancos estejam no WhatsApp, dado que empresas de vários outros setores também estão. "É uma questão de quão parceiro pode ser um concorrente. O WhatsApp está numa condição em que é difícil ficar de fora."

Diante de dificuldades iniciais de comunicação, as instituições financeiras estão propondo mudanças técnicas nas conexões do Open Finance para facilitar a troca de informações e impulsionar essa iniciativa da agenda do Banco Central, que pretende aumentar a competitividade no mercado.

Desde o início da fase 2 do Open Finance, que permitiu o compartilhamento de dados de clientes sob consentimento, os participantes da iniciativa vêm comunicando dificuldades de comunicação entre as instituições.

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Originalmente, foi definido um conjunto de especificações para as conexões, mas, apesar disso, houve divergências na construção de cada API (interface de comunicação), e, muitas vezes, alguma instituição envia um dado que não é recebido por outra.

"Para dar um exemplo, se a especificação dizia que a tomada tinha que ter três pinos, umas colocavam na vertical e outras na horizontal", exemplificou Karen Machado, gerente de Open Banking no Banco do Brasil, em entrevista ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

O banco coordena o Grupo de Trabalho de Especificação do Open Finance, na cadeira da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) da Estrutura de Governança da iniciativa, camada administrativa do processo de implementação do "sistema financeiro aberto" formado pelas instituições de classe dos participantes.

Segundo dados compilados pela convenção, em maio, 4,30% do total de chamadas às APIs falharam, ou 14,3 milhões, mas a disponibilidade média das APIs era de 78,49%, abaixo do exigido (5,0% do tempo a cada 24 horas e 99,5% do tempo a cada 3 meses).

O compartilhamento de informações é a base do Open Finance, o que permite que bancos possam "conhecer" mais a fundo clientes, atuais e potenciais, e oferecer produtos mais personalizados e com melhores benefícios que a concorrência. Nesse sentido, os problemas de comunicação atrasam a efetividade da agenda e a criação de novos produtos e serviços pelos bancos, cooperativas e instituições de pagamento.

Agora, reunidas na Estrutura de Governança, as instituições financeiras buscam ajustes para facilitar essas conexões e tornar a troca de informações mais fluida. As mudanças começaram pela fase 2 e uma primeira versão das novas especificações já foi enviada pelo Grupo de Trabalho responsável pelo tema para avaliação dos demais participantes.

Segundo Karen Machado, as instituições financeiras têm até dia 10 para devolver o documento com eventuais sugestões, e está prevista para o dia 20 deste mês a publicação das novas regras, para adequação de todos em até 120 dias. Depois, os dois conjuntos de especificação, o atual e o novo, vão conviver por 90 dias para corrigir possíveis ruídos.

Para Machado, essa primeira versão reflete toda a discussão do mercado e dá mais um passo em termos de conectividade e integração do Open Banking. "Coloca mais graxa na engrenagem do Open Banking. São questões bem técnicas, mas que, azeitadas, vão fazer com que instituições consigam receber dados com mais facilidade", disse. "A gente vai ter uma taxa de sucesso maior no consumo das informações compartilhadas pelos clientes. Com mais informação, me torno mais competitivo, personalizo melhor produtos e atendo melhor o cliente", completou.

Além disso, a gerente de Open Finance no BB também avalia que a comunicação mais fluida vai incentivar a entrada de outras instituições financeiras no sistema. "A impressão que eu tenho é que, principalmente os voluntários, estavam esperando o negócio acontecer, antes de fazer um investimento alto de tecnologia, de tempo, de custo de oportunidade. Agora, caminhando para a segunda versão, é natural que já vamos ter outros participantes nesse desenvolvimento."

O grupo de Trabalho de Especificação da Estrutura de Governança do Open Banking já começou também a rever as regras de conexão da fase 3 do Open Finance, que trata do iniciador de pagamentos e do 'marketplace' de crédito, e até o fim do ano deve começar também a revisar as especificações da fase 4, de compartilhamento de dados de investimento, seguro, previdência e câmbio.

Em nota, a Febraban destacou que "os times técnicos estão trabalhando com todo o foco possível e melhorando as condições de conectividade, qualidade dos dados compartilhados e processo de consentimento".

A Associação Brasileira de Bancos (ABBC) e a Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs) preferiram não comentar o assunto neste momento.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a autoridade monetária vai iniciar um processo de responsabilização de bancos caso haja fraudes envolvendo o Pix. Isso porque tem crescido o número de casos em que ladrões roubam os celulares de vítimas com o intuito de acessar os aplicativos bancários para transferir indevidamente o dinheiro para outras contas.

"Quando alguma fraude é cometida por Pix, é preciso ter uma conta receptora. Se eu chego para você e peço para fazer um Pix para mim, de duas, uma: ou vai ter um Pix na minha conta, com todos os meus dados lá, e vai ser fácil me prender; ou eu estou recebendo por uma conta laranja, intermediária", explicou Campos Neto, que participou de uma audiência na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados na terça-feira, 31. "Então estamos apertando os bancos o máximo possível para que eles não tenham capacidade de ser hospedeiros de contas laranjas ou intermediárias. Inclusive, vamos começar o processo de responsabilizar os bancos se for feito uma fraude Pix, e eles tiverem uma conta laranja."

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O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil de São Paulo suspeita que quando os roubos começaram a ganhar força na capital paulista, no ano passado, não havia muito envolvimento de membros do PCC, uma vez que seriam crimes que atraem a atenção da polícia e atrapalham o tráfico. Com o tempo, contudo, viu-se que poderia ser algo lucrativo pelo valor das transações.

O agente de talentos Bruno de Paula, conhecido como VanDep, relatou em suas redes sociais o susto que levou após ter o celular roubado em Guarulhos, na capital paulista, enquanto realizava o trajeto de volta para casa, em um táxi local, na sexta-feira (29) passada. Apesar da frustração e do medo causados pelo crime, o que veio a seguir acabou sendo bem pior: o autônomo teve R$ 143 mil roubados pela suposta quadrilha em posse de seu aparelho telefônico. 

De acordo com a vítima, as coisas começaram assim: ele retornava de uma viagem de três semanas em Barcelona, na Espanha, onde foi acompanhado da namorada. No caminho de volta, saída do aeroporto de Guarulhos, uma pessoa deu um "bote" no celular pela janela do táxi onde Bruno estava. O suspeito não pôde ser alcançado ou identificado à ocasião. Segundos depois, a vítima lembrou que o aparelho celular estava desbloqueado, mas que os seus aplicativos bancários exigiam reconhecimento facial e, em tese, só permitiriam acesso sob sua presença, mas não foi o que aconteceu. 

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Ao chegar em casa, Bruno usou um aparelho antigo e com acesso liberado às suas contas, para tomar as providências necessárias, e notou que já havia perdido R$ 27 mil em pagamentos feitos pelo aplicativo do Nubank. R$ 5 mil, R$ 8 mil, R$ 5 mil e R$ 9 mil, respectivamente, em apenas minutos. 

Bruno alega ter denunciado a situação ao Nubank, "que nada fez", e também ter solicitado o bloqueio do chip e do aparelho telefônico à operadora Claro, que garantiu a medida. Ainda de acordo com o denunciante, o PagSeguro e Mercado Pago, que operam os boletos bancários pagos, também não ajudaram. 

Um boletim de ocorrência foi aberto para o caso, já sob responsabilidade da Delegacia de Crimes Virtuais da Polícia Civil. No dia seguinte, Bruno foi acordado pela namorada, que recebeu uma mensagem de "bom dia mor" do número antigo. Ou seja, a quadrilha ainda se passava por Bruno e tinha acesso ao número antigo e ao celular. 

No aparelho reserva, chegaram mais notificações de uma continuação do golpe. Desta vez, transferências através do aplicativo do Bando do Brasil. Dois empréstimos, duas transferências tipo TED e um pix, todos somando o montante de R$ 116 mil. 

"Não consigo explicar o que eu tava sentindo nessa hora. É uma violação tão grande, um vírus que invadiu minha vida e fiquei sem o que fazer. Mexeram em tudo e nenhuma empresa ajudou", escreveu Bruno. 

A vítima compartilhou ainda compras feitas pelos criminosos e conversas em um aplicativo de entrega. "Passei as próximas horas absorvendo tudo isso e ligando pras empresas de novo. Achei que o inferno tinha acabado, até começar a receber ligação de entregador do iFood p*to que eu não aparecia. Os fdp pediram 7 garrafas de whisky, cada uma de R$329. Fizeram uma festinha", continuou. 

Na última segunda-feira (2), Bruno de Paula foi à agência do Banco do Brasil onde tem conta e chegou a ser atendido, mas não teve uma resposta imediata. Até essa quinta-feira (5), os dados e recursos do agente seguiam sob acesso dos golpistas. "Toda vez que chega e-mail, acho que tão tentando invadir. Acordo de hora em hora pra olhar. Não tenho paz, não tô comendo nem dormindo. Só quero que acabe", lamentou. 

Nas respostas dos bancos, o procedimento foi padrão, como o de qualquer outra ocorrência. No Nubank, Bruno chegou a receber uma mensagem automática, apesar da gravidade do crime e dos valores subtraídos.  

Após a repercussão do caso nas redes, o autônomo publicou que recebeu resposta dos bancos e foi garantido sobre o ressarcimento dos valores. O caso passará por apuração interna nas instituições bancárias e deve ser investigado pela Polícia Civil. 

Confira o fio com a história completa: 

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O governo Bolsonaro mirou nos bancos e "alvejou um tiro certeiro no consumidor", que sofrerá com aumento do custo do crédito num momento de alta da inflação e dos juros no Brasil. O recado foi dado ontem pelo presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, após o presidente Jair Bolsonaro editar medida provisória, na noite da quinta-feira, em edição extra do Diário Oficial da União, que aumenta a tributação dos bancos.

Em entrevista ao Estadão, Isaac Sidney subiu o tom das críticas à medida, que eleva de 20% para 21% a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). As instituições financeiras não bancárias também foram atingidas, com elevação de 15% para 16%. A medida entra em vigor em agosto e vai até o fim do ano, engordando os cofres públicos em R$ 850 milhões.

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A alta foi feita para compensar a renúncia do Refis (parcelamento de débitos tributários) das empresas do Simples Nacional e de microempreendedores individuais (MEIs) mais afetados pela pandemia.

Os sinais de que a carga tributária dos bancos seria mais uma vez elevada surgiram no fim do ano passado, para compensar a prorrogação da desoneração da folha de pagamentos. Em março de 2021, o governo já havia elevado a mesma alíquota da CSLL das instituições financeiras, de 20% para 25%, desta vez para compensar a perda de receita com o corte do PIS/Cofins sobre óleo diesel e gás de cozinha.

No governo, as críticas foram mal recebidas. Auxiliares do presidente viram viés político em ano de eleições. O que mais preocupou foi o presidente da Febraban ter afirmado que o governo não pensa nas consequências para a inflação - justamente, o ponto de maior fragilidade de Bolsonaro na campanha à reeleição.

Além dos bancos, o presidente comprou briga com a bancada do Norte no Congresso, ao ampliar o corte do IPI para 35% e retirar incentivos para a indústria de refrigerantes, duas medidas que afetam a competitividade da Zona Franca de Manaus.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Polícia Federal (PF) prendeu nesta sexta-feira (29) mais um suspeito de participar do assalto a agências bancárias em Araçatuba, interior paulista, em agosto do ano passado.

Durante cumprimento de mandado de prisão e de busca e apreensão em Hortolândia, também no interior de São Paulo, o homem foi detido em flagrante por estar armado sem porte. Foi realizada ainda uma ação de busca e apreensão em Campinas (SP)

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Segundo a PF, o investigado preso tinha papel importante na organização criminosa responsável pelo assalto e estava na região central de Araçatuba atuando diretamente durante o crime. Já foram presas 38 pessoas suspeitas de participarem do assalto.

O assalto

Na madrugada do dia 30 de agosto do ano passado, um grupo atacou com explosivos duas agências bancárias – uma do Banco do Brasil e outra da Caixa Econômica Federal - em Araçatuba, no interior paulista. Os ladrões também espalharam explosivos por diversos pontos da cidade.

Na fuga, houve troca de tiros com a polícia e reféns foram usados como escudo, colocados até sobre os capôs dos carros da quadrilha. Três pessoas, incluindo dois assaltantes, morreram na ação, além de ao menos três pessoas que ficaram feridas.

No feriado da Inconfidência Mineira,  nesta quinta-feira (21), não haverá atendimento nas agências bancárias de todo o país.

Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), as áreas de autoatendimento ficarão disponíveis para os clientes, assim como os canais digitais e remotos de atendimento como internet e mobile banking.

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Contas de consumo como água, energia e telefone, por exemplo, que vencerem no dia 21 de abril, poderão ser pagas no dia 22, sem acréscimo de juros. Nesta sexta-feira (22), as agências reabrirão com atendimento normal aos clientes.

O feriado da Semana Santa vai alterar os horários de funcionamento de bancos, transporte público e serviços de saúde. De acordo com a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) não haverá atendimento nas agências bancárias nesta sexta-feira (15) em todo o Brasil. A recomendação é usar os caixas eletrônicos ou canais digitais. Os shoppings e supermercados abrirão conforme calendário e horários divulgados em cada estabelecimento.

Na sexta-feira, o rodízio de veículos e demais restrições estão suspensos na capital paulista, voltando na segunda-feira. A circulação dos ônibus municipais na sexta-feira seguirá os horários de sábado, de acordo com a SPTrans. Os intermunicipais circularão conforme os horários de domingo e feriados. No sábado (16) e domingo (17), seguem a programação normal desses dias.

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Todas as linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) funcionarão das 4h à 0h, e os intervalos médios serão os mesmos previstos para domingos e feriados. No sábado e domingo, os horários e intervalos são os normais para esses dias. No Metrô paulistano, os horários de funcionamento das linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha, 4-Amarela, 5-Lilás e 15-Prata serão os previstos para domingos e feriados. No sábado e domingo, seguem a programação normal desses dias. A exceção é para a estação Vila Sônia, da Linha Amarela, que ficará fechada de sexta a domingo.

Assitência médica

Segundo o governo estadual e a prefeitura de São Paulo, não deixam de funcionar hospitais e pronto-socorros, AMAs (Assistências Médicas Ambulatoriais) 24h, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas IV Redenção (Caps AD IV) e Samu.

Na sexta-feira, sábado e domingo, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Centros de Convivência e Cooperativa (Ceccos), Centros Especializados em Reabilitação (CERs) e Rede Municipal Especializada (RME) em Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST/Aids) estarão fechadas.

As vacinas contra Covid-19, gripe, sarampo e poliomielite serão disponibilizadas pelas AMAs e UBSs entre 8h e 19h de acordo com as faixas etárias indicadas. No domingo, haverá vacinação das 8h às 16h em dois pontos da avenida Paulista: no nº 995, em uma farmácia parceira, e no nº 52, em uma tenda. A farmácia terá somente vacina contra a covid-19. Na tenda, haverá doses de vacina contra covid-19 e gripe para as faixas etárias elegíveis. Elas também serão aplicadas em parques da cidade.

Os números de assaltos e tentativas de assalto a agências bancárias caíram de 58 para 37 entre 2020 e 2021, uma redução de 36,2%, de acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Desde 2000, a queda é de 98%. Nos ataques a caixas eletrônicos, a queda foi de 38,7% no mesmo período, para 266, segundo o levantamento.

Foram considerados os dados de 17 instituições financeiras, que juntas, respondem por mais de 90% do mercado bancário. O volume total de crimes praticados contra agências e caixas eletrônicos recuou 38,4% no ano passado.

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Para o presidente da Febraban, Isaac Sidney, a queda é fruto de investimentos do setor em segurança. "O setor bancário está fortemente empenhado em ações tecnológicas e novos produtos que reduzem a necessidade do uso de dinheiro em espécie e em grandes quantias, o que tem sido fundamental para desestimular as ações criminosas, das quais os bancos também são vítimas", diz ele.

Em dez anos, os bancos triplicaram os gastos com segurança, para R$ 9 bilhões ao ano. Ainda de acordo com a Febraban, os investimentos em tecnologia, que direcionam os clientes para canais digitais, reduzem a necessidade de dinheiro vivo nas agências e o manuseio de dinheiro em espécie, o que também aumenta a segurança.

Os assaltos a banco seguem uma tendência de queda desde o ano 2000, quando 1.903 ocorrências foram registradas no País. Já nos ataques a caixas eletrônicos, o pico foi em 2014, com 3.584 ocorrências.

Nos últimos anos, a rede física dos bancos tem encolhido, diante da menor demanda dos clientes por atendimento presencial no setor. Além disso, de acordo com a Febraban, as instituições têm uma parceria próxima com as polícias Civil, Militar e Federal e com o Poder Judiciário para combater a criminalidade.

Em 2021, a maior parte dos assaltos a bancos ocorreu no segundo trimestre, enquanto o maior volume de ataques a caixas eletrônicos foi registrado no primeiro trimestre do ano.

Após permanecerem fechados durante o período do carnaval, as agências bancárias retomam as atividades nesta quarta-feira (2) a partir das 12h, no horário local, com encerramento em horário normal de fechamento.

De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), nas localidades em que as agências fecham normalmente antes das 15h, o início do atendimento ao público será antecipado, de modo a garantir o mínimo de três horas de funcionamento.

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Em nota, a entidade lembra que as contas de consumo, como as de água, energia, telefone, e carnês com vencimento em 28 de fevereiro e 1° de março poderão ser pagos, sem acréscimo, nesta quarta-feira (2). Já os boletos bancários de clientes cadastrados como sacados eletrônicos poderão ser pagos via Débito Direto Autorizado (DDA).

Mesmo com o retorno, a Febraban orienta os clientes a utilizarem os canais digitais, como sites e aplicativo dos bancos, para a realização de transferências e pagamento de contas nos dias em que não houver expediente bancário nas agências.

INSS

Nesta quarta-feira, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) retoma o pagamento dos benefícios para os segurados que recebem benefício de até um salário mínimo. Pelo calendário, será realizado o pagamento para quem tem 6 como o penúltimo número do benefício.

Para quem recebe acima de um salário mínimo, o pagamento do benefício terá início no dia 3 de março, para quem tem 1 e 6 como penúltimo número, e vai até o dia 9 de março, para quem tem 5 e 0 como penúltimos números. O prazo para saque dos benefícios com cartão vai até o final do mês seguinte.

Por causa da pandemia de Covid-19, os tradicionais blocos de rua e desfiles de carnaval das cidades de Salvador, do Rio de Janeiro, de São Paulo, do Recife e Olinda foram adiados ou cancelados e não saem neste mês de fevereiro. Apesar disso, em algumas localidades a data será mantida como feriado ou ponto facultativo de Carnaval, o que pode alterar o funcionamento de alguns serviços.

Bancos

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Os bancos não têm expediente durante o feriado, informou a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Com isso, eles estarão fechados hoje (28) e amanhã (29) e só reabrirão a partir das 12h de quarta-feira (1º), com encerramento das agências em horário normal. Nos locais onde as agências fecham normalmente antes das 15h, o início do atendimento ao público vai ser antecipado para garantir o mínimo de três horas de funcionamento. A Febraban orienta os clientes para utilizarem preferencialmente os canais digitais, como sites e aplicativos de bancos, para fazer transferências ou pagamento de contas nesse período. 

As contas de consumo como água, energia e telefone e os carnês com vencimento em 28 de fevereiro e 1º de março poderão ser pagos, sem acréscimo, no dia 2 de março.

INSS

As agências do INSS de todo o país estão fechadas ao público nesta segunda-feira (28) e terça-feira (1º de março). O atendimento ao público será retomado somente na quarta-feira (2), a partir das 14h, para os segurados que já tiverem agendamento marcado. Quem teve atendimento marcado para a quarta-feira (2) na parte da manhã não precisa comparecer ao INSS - basta ligar para o telefone 135 e consultar o novo horário de atendimento. O próprio INSS fará a remarcação. Durante o carnaval, a central de atendimento 135 funciona em horário normal, de segunda-feira a sábado, das 7h às 22h (horário de Brasília). O cidadão pode ligar para o telefone 135 para fazer agendamentos, tirar dúvidas ou acompanhar pedido de benefício. O Meu INSS, na internet, também segue funcionando normalmente.

Correios

Hoje (28) e amanhã (1º ) não há atendimento nas agências. O atendimento e as entregas retornam na quarta-feira (2). Nesse dia, as agências voltam a funcionar a partir das 12h. A Central de Atendimento dos Correios (CAC) também não funciona nesses dois dias, retornando na quarta-feira, a partir das 8h. A consulta de manifestações e rastreamento de objetos, no entanto, pode ser feita pelo app dos Correios ou pelo site da empresa . As unidades de atendimento onde a data tenha sido antecipada funcionam normalmente.

B3

A Bolsa de Valores de São Paulo (B3) não fará negociações nesta segunda e terça-feira de carnaval, retornando apenas na quarta, a partir das 13h.

Poupatempo

Os postos do Poupatempo, em São Paulo, estão fechados para atendimento presencial hoje e amanhã. O atendimento será retomado a partir das 12h de quarta-feira (2), mediante agendamento prévio de data e horário. O agendamento pode ser feito pelos canais digitais do Poupatempo. Para acessar, basta baixar o aplicativo Poupatempo Digital, no celular, ou acessar o site do Poupatempo.

A invasão russa em território ucraniano, na madrugada da última quinta-feira (24), tem repercutido no mundo inteiro e ampliou a tensão entre as nações europeias, pressionadas a realizar sanções econômicas mais duras contra Moscou  – uma dessas sanções poderá ser a expulsão da Rússia da Swift, a principal rede internacional de pagamentos no mundo. A decisão foi apoiada por líderes europeus como Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, e até mesmo do seu opositor, o líder trabalhista Keir Starmer. 

De acordo com o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, o processo de expulsão e desconexão da Rússia na Swift já foi iniciado. No entanto, nenhum posicionamento oficial foi divulgado até o momento desta publicação. A priori, a maior parte das nações da União Europeia apoiaram a decisão, mas houve receio por parte da Alemanha e da Hungria. Na manhã deste sábado (26), a decisão já era unânime. 

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“Eu conversei com Mark Rutte esta tarde para lhe agradecer a forte cooperação para assegurar o fornecimento de ajuda defensiva à Ucrânia. Discutimos o SWIFT e a necessidade de ação urgente para excluir a Rússia. O Reino Unido e a Holanda estão unidos em nossa condenação ao ataque de Putin à Ucrânia”, escreveu Boris Johnson publicamente. 

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*Publicação original no Twitter

 O que é Swift? 

A Sociedade para Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais (Swift, na sigla original, do inglês) é o principal sistema de mensagens que os bancos usam para fazer pagamentos internacionais rápidos e seguros, permitindo que o comércio internacional flua sem problemas. Tornou-se o principal mecanismo de financiamento do comércio internacional. Em 2020, cerca de 38 milhões de transações foram enviadas todos os dias pela plataforma Swift, facilitando negócios no valor de trilhões de dólares. 

A Swift, fundada na década de 1970, é uma cooperativa de milhares de instituições associadas que utilizam o serviço. Com sede na Bélgica, permanece neutra em disputas comerciais, sendo executada principalmente como um serviço aos seus membros. 

Boris Johnson disse aos parlamentares que prejudicaria a economia russa se ela fosse excluída do Swift. Transações comuns precisariam ser conduzidas diretamente entre bancos ou encaminhadas por meio de sistemas rivais incipientes, aumentando os custos e gerando atrasos. 

No passado, Swift resistiu a pedidos para impor proibições em certos países, descrevendo-se como neutra. Mas em 2012, a União Europeia proibiu a Swift de atender empresas e indivíduos iranianos sancionados em relação ao programa nuclear de Teerã, abrindo um precedente para ação contra a Rússia. Um porta-voz da Swift se recusou a dizer como a organização responderia a quaisquer sanções dos EUA, disse a Reuters. 

 

Agências bancárias em todo o país têm nesta sexta-feira (25) o último dia de atendimento ao público antes do carnaval. Elas ficarão fechadas na segunda (28) e na terça-feira (1º). O expediente será retomado a partir das 12h na Quarta-feira de Cinzas (2), com encerramento em horário normal de fechamento das agências.

“Nas localidades em que as agências fecham normalmente antes das 15h, o início do atendimento ao público será antecipado, de modo a garantir o mínimo de três horas de funcionamento”, informou a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

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A entidade orienta os clientes a utilizarem preferencialmente os canais digitais, como sites e aplicativo dos bancos, para a realização de transferências e pagamento de contas nos dias em que não houver expediente bancário nas agências.

As contas de consumo como água, energia, telefone e carnês com vencimento em 28 de fevereiro e 1° de março poderão ser pagas, sem juros, na quarta-feira (2).

 Devido ao fechamento dos bancos no período do Carnaval, entre a próxima segunda-feira (28) e terça-feira (1), o pagamento das pessoas que recebem aposentadoria e pensão do INSS, foi alterado. Pelo calendário, os pagamentos funcionarão normalmente até a sexta-feira (25). Após essa data o pagamento retoma normalmente na quinta-feira (3), sem pagamentos durante o final de semana. 

Vale lembrar que, durante o Carnaval os bancos não vão abrir e só reabrem na quarta-feira de cinzas (2), a partir das 12h. As agências do INSS também fecharão nesse período, a única diferença é que vão reabrir na quarta (2), as 14h com obrigatoriedade de agendamento. 

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O advogado especialista em direito previdenciário e sócio do escritório Reis & Pacheco Advogados, Almir Reis, informou que os valores serão disponibilizados de acordo com o penúltimo número final do benefício e não o número que aparece depois do traço. Conforme o previdenciarista, os valores a receber variam entre um salário mínimo (R$ 1.212) e o teto do INSS (R$ 7.087,22) para pagamento de aposentadoria, pensões e auxílios. A consulta para a data exata do depósito e o valor a receber pode ser feita no aplicativo ou no site Meu INSS.

  Calendário INSS (Salário Mínimo)  Final 4 – 24 de fevereiro;  Final 5 – 25 de fevereiro;  Final 6 – 03 de março;  Final 7 – 04 de março;  Final 8 – 07 de março;  Final 9 – 08 de março;  Final 0 – 09 de março.  Calendário INSS ( para quem recebe acima do salário mínimo)  Final 1 e 6 – 03 de março;  Final 2 e 7 – 04 de março;  Final 3 e 8 – 07 de março;  Final 4 e 9 – 08 de março;  Final 5 e 0 – 09 de março.  

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