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Após a divulgação de que a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) foi eleita "Mulher Economista 2023" pelo sistema Cofecon/Corecons, alguns parlamentares usaram as suas redes sociais para parabenizar a líder petista. Em nota, o Cofecon disse que a ex-mandatária, que é a atual presidente do Banco do Brics, é uma "renomada economista" e foi escolhida pelo prêmio devido a sua "significativa contribuição para o desenvolvimento econômico e social do país ao longo de sua carreira".

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou que Dilma é uma "mulher forte, digna e honrada" e que ela "tem cumprido papel fundamental no mundo à frente do Banco Brics". Já o senador Humberto Costa (PT-PE) chamou a ex-chefe do Executivo de "Gigante". Outra liderança política do Partido dos Trabalhadores a comentar sobre o título foi a presidenta nacional da sigla e deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR).

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"Depois de ter sofrido o golpe com as falsas pedaladas e ter sido recém inocentada pelo TRF-1, Dilma ganha o prêmio internacional de mulher economista de 2023, reconhecendo sua competência e contribuição ao desenvolvimento econômico brasileiro. Quem tem dignidade e a verdade ao seu lado, sempre triunfará. Parabéns, presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento! Prêmio mais que merecido!", escreveu Gleisi.

Os elogios não só ficaram por conta dos políticos do PT. A deputada federal Jandira Feghali do PCdoB pontuou que "mesmo com toda a misoginia, machismo e mentiras com que sempre atacaram a sua competência, Dilma Rousseff, mais uma vez, mostra toda a sua grandeza".

"A ex-presidenta do Brasil, que hoje preside o Banco do BRICS, foi eleita a Mulher Economista de 2023 pelo sistema Cofecon/Corecons, que reúne os conselhos federal e regionais de economistas. Um merecido reconhecimento ao trabalho de uma das mulheres que mais dignifica e orgulha o povo brasileiro", disse.

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A ex-presidente da República Dilma Rousseff foi eleita nesta sexta-feira (24) presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB na sigla em inglês), também conhecido como Banco do Brics. Ela substitui Marcos Troyjo, ex-secretário especial do antigo Ministério da Economia, que ocupava o posto desde julho de 2020.

Dilma presidirá o NDB até julho de 2025, quando acaba o mandato do Brasil no comando da instituição financeira, que tem sede em Xangai, na China. Está prevista uma cerimônia oficial de posse de Dilma para o fim da próxima semana, durante a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China.

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Embora o banco tenha anunciado a substituição de Troyjo por Dilma no último dia 10, a eleição no Conselho de Administração do banco só ocorreu nesta sexta-feira. Cada país do Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – preside o banco por mandatos rotativos de cinco anos. 

“Como presidente do Brasil, Dilma Rousseff concentrou sua agenda em assegurar a estabilidade econômica do país e a criação de empregos. Além disso, durante seu governo, a luta contra a pobreza teve prioridade, e os programas sociais iniciados sob os mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram expandidos e reconhecidos internacionalmente. Como resultado de um dos mais extensos processos de redução de pobreza da história do país, o Brasil foi removido do Mapa da Fome das Nações Unidas”, destacou o NDB em nota.

O comunicado também lembrou que, durante seu governo, Dilma promoveu o respeito à soberania dos países e a defesa do multilateralismo, desenvolvimento sustentável, direitos humanos e paz. O texto ressaltou que a ex-presidente expandiu a cooperação com vários países da América Latina, África e Ásia, participou da fundação do NDB em 2014 e teve presença decisiva no Acordo de Paris sobre o meio ambiente em 2015. 

Desafios

Segundo especialistas ouvidos pela Agência Brasil, a futura presidente do Banco do Brics terá oportunidade de ampliar a inserção internacional na instituição, mas enfrentará dois grandes desafios: impulsionar projetos ligados ao meio ambiente e driblar o impacto geopolítico das retaliações ocidentais à Rússia, um dos sócios-fundadores.

Criado em dezembro de 2014 para ampliar o financiamento para projetos de infraestrutura e de projetos de desenvolvimento sustentável no Brics e em outras economias emergentes, o NDB atualmente tem cerca de US$ 32 bilhões em projetos aprovados. Desse total, cerca de US$ 4 bilhões estão investidos no Brasil, principalmente em projetos de rodovias e portos.

Em 2021, o Banco do Brics teve a adesão dos seguintes países: Bangladesh, Egito, Emiados Árabes Unidos e Uruguai.

 

Quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegar a Xangai, na etapa final da viagem à China, será recebido por uma velha conhecida. A essa altura, a ex-presidenta Dilma Rousseff estará no comando do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), nome oficial do Banco do Brics, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Com US$ 32 bilhões em projetos aprovados desde 2015, o banco atualmente investe US$ 4 bilhões no Brasil, principalmente em rodovias e portos.

Previsto para ocorrer entre 29 e 31 de março, o encontro com Lula em Xangai, onde fica a sede do NDB, deverá ser marcado pela posse oficial de Dilma no banco que ela própria ajudou a fundar, em 2014.

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Segundo especialistas ouvidos pela Agência Brasil, a nova comandante da instituição tem a oportunidade de ampliar a inserção internacional no banco, mas terá dois grandes desafios: impulsionar projetos ligados ao meio ambiente e driblar o impacto geopolítico das retaliações ocidentais à Rússia, um dos sócios-fundadores.

Em relação à economia verde, o principal desafio de Dilma, que enfrentou conflitos com a área ambiental do governo nos dois mandatos de Lula, não será a adaptação às novas exigências ambientais dos projetos de infraestrutura. Na 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP-27), no Egito, o NDB assumiu o compromisso de aumentar o financiamento a projetos ambientalmente sustentáveis, mas o sucesso dessa missão depende da vontade da China e da Rússia e injetarem dinheiro nesse tipo de empreendimento.

“Nesse ponto, vai depender mais de quem coloca o dinheiro e financia os projetos, principalmente a Rússia e a China, que não têm esse perfil ambientalista, decidir colocar valores em projetos mais ambientais. A adaptação da Dilma ao perfil de economia verde é o menor dos problemas”, diz Carla Beni, economista e professora de MBAs da Fundação Getulio Vargas (FGV) em São Paulo. Ela, no entanto, lembra que a China pode usar o banco para suavizar a imagem de grande emissor de carbono e financiar esses projetos.

Articulação

Doutor em relações internacionais na Universidade de Lisboa e membro da Associação Portuguesa de Ciência Política, o economista Igor Lucena concorda. Para ele, a articulação entre os países-membros do Banco do Brics será importante para que os sócios apresentem projetos de sustentabilidade verde no médio e no longo prazo.

“A gente sabe que esses projetos não são simples, demoram para emplacar, como o hidrogênio verde no Ceará, mas são projetos importantes e que pode ser para a presidente Dilma um legado e uma marca da sua gestão dentro do banco. Então, isso vai ter que ser feito em parceria com os países-membros e, talvez, colocar como requisito para os novos países que querem entrar no banco a possibilidade e a necessidade de investir capital dentro desse projeto verde”, sugere.

Rússia

Outro desafio que Dilma terá de enfrentar no comando do NDB será a resistência dos países ocidentais em relação à Rússia. Segundo Lucena, as sanções por causa da guerra na Ucrânia estão impedindo o banco de emitir títulos no mercado financeiro europeu e norte-americano. A nova presidenta da instituição terá de encontrar opções para captar recursos fora do Brics.

“Haverá uma maior necessidade de a presidente Dilma articular com países não atrelados às sanções contra a Rússia para que o banco possa emitir títulos, dívida em estados e regiões que sejam capazes de absorver esses papéis e dar capilaridade de financiamento ao banco. Talvez esse seja o maior desafio da ex-presidente Dilma dentro do Brics: a situação internacional da Rússia e como isso impacta dentro do próprio banco”, diz Lucena.

Carla Beni reconhece as dificuldades trazidas pela guerra na Ucrânia e pela alta nos juros internacionais, mas diz que Dilma tem um elemento a seu favor: a restauração da imagem do Brasil no exterior após a posse de Lula.

“A gestão de Dilma pode melhorar a imagem e a relevância do banco e isso fortalece a posição, porque o governo anunciou e está deixando bem claro que quer fortalecer a aliança do Brasil com o mundo. O presidente Lula abriu o governo dizendo que o Brasil voltou à mesa de negociações”, explica.

Experiência

Outro elemento importante apontado pelos dois especialistas está no próprio currículo da nova comandante do NDB. Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da China, Xi Jinping, comandavam os países quando Dilma era presidenta da República. Isso, segundo eles, dá traquejo político à Dilma.

“Um ex-presidente [de um país], seja ele quem for, tem relevância porque tem acesso a outros chefes de Estado. Para o próprio banco, a indicação da Dilma teve uma sinalização positiva. Tem um detalhe a que as pessoas não se atentam muito. A Dilma foi uma das fundadoras do Banco do Brics em 2014, então ela tem uma representação interna lá dentro e um trânsito muito bem visto sob a ótica do banco”, relembra Beni.

“Dilma tem dois pontos fundamentais que podem marcar sua gestão. Primeiro, há uma disposição muito maior da China em avançar com o NDB, mas também de trazer novos sócios ao banco. Ou seja, a possibilidade de novos recursos entrarem no banco e isso também alavancar também a capacidade das empresas brasileiras, o que é um fator positivo”, destaca Lucena.

Troca de poder

No último dia 10, o banco comunicou oficialmente que o atual presidente, o brasileiro Marcos Troyjo, deixará a instituição em 24 de março. Secretário especial de Comércio Exterior e Relações Internacionais do antigo Ministério da Economia, Troyjo ocupava a presidência do NDB desde julho de 2020. Segundo o comunicado oficial, a sucessão foi mutuamente acordada com o atual governo e obedece à governança e aos procedimentos da instituição.

Dilma presidirá o banco até julho de 2025, quando acaba o mandato rotativo entre os países fundadores da instituição financeira. Após o presidente Lula tomar posse, o governo articulou a troca de poder, consultando todos os sócios. Na próxima sexta-feira (24), no mesmo dia em que Troyjo deixa o cargo, Dilma será eleita formalmente para assumir o posto em Xangai, mas uma cerimônia oficial de posse está prevista durante a viagem de Lula à China.

No comunicado emitido no último dia 10, o NDB enumerou conquistas na gestão de Troyjo, como a ampliação da carteira de crédito para US$ 32 bilhões que financiam quase 100 projetos e a melhoria da nota do banco pelas agências de risco, com nota AA+ para operações de longo prazo. Essa classificação é mais alta que a dos quatro principais bancos norte-americanos.

A presidente Dilma Rousseff negou que o governo brasileiro tenha aberto mão da presidência do banco dos Brics para evitar um impasse nas negociações para a criação do banco na reunião de cúpula dos grupo. Em entrevista coletiva após a reunião, neste terça-feira (15), a presidente disse que o grupo decidiu escolher a Índia para a primeira presidência porque foi o governo indiano que propôs a criação do banco. Dilma fez questão de ressaltar que foi o Brasil que apresentou a proposta para a criação do Acordo Contingente de Reservas - o fundo virtual de reservas. "O acordo não tem presidente, foi iniciativa do governo brasileiro. É bom que se diga", afirmou. Ela ressaltou ainda a importância do consenso.

A presidente falou ainda sobre a importância de o capital do novo banco de desenvolvimento ser dividido em partes iguais entre os cincos integrantes do grupo. Ela também ressaltou a importância do banco em um momento em que os países não têm tido acesso a fontes de financiamento. Segundo Dilma, o banco vai permitir condições para o investimento em programas que tenham a ver com a expansão da produção e grandes desafios de políticas sociais.

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A presidente Dilma Rousseff informou nesta terça-feira (15) que o Novo Banco de Desenvolvimento, o "banco do Brics", será efetivamente criado e terá como sede a cidade de Xangai, na China. Segundo ela, o novo banco do Brics terá capital autorizado de US$ 100 bilhões e subscrito de US$ 50 bilhões. "O primeiro presidente do banco será indicado pela Índia, enquanto o Brasil terá a primeira presidência do conselho de administração e a Rússia a primeira presidência do conselho de governadores", afirmou Dilma, em seu discurso na reunião de cúpula do Brics.

A notícia da criação do novo banco veio acompanhada de um novo pedido aos países ricos, feito pela presidente Dilma, para que acelerem a reforma nas cotas do Fundo Monetário Internacional (FMI). "Urgente reforma que precisamos realizar, uma mudança na estrutura de votos do fundo", disse Dilma.

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Material divulgado nesta tarde pelo Ministério da Fazenda explica que o Brasil terá o segunda presidência do banco dos Brics, ficando depois da Índia. Depois do Brasil, na sequência, ficarão Rússia, África do Sul e China.

A Fazenda informa também que o primeiro escritório regional será instalado em Johannesburgo, na África do Sul; o segundo, será no Brasil. Datas de instalação, no entanto, estão "a definir", ou seja, não há prazo. A sede do banco será instalada em Xangai, na China.

O texto relata que um fundo será criado para ajudar a implementar o banco do Brics. A China será o maior contribuidor.

Banco de combustíveis

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, aproveitou seu discurso na reunião de cúpula dos países do Brics para defender a criação de um "banco internacional de combustíveis". A ideia, que não havia surgido em nenhum outro encontro do Brics, criado em 2008, funcionaria, segundo Putin, para "assegurar a segurança energética em nossos países, para assegurar o comércio de diferentes combustíveis entre nós".

Entusiasmado com o acordo pela criação do Novo Banco do Desenvolvimento, Putin afirmou que a nova instituição "terá bases para grandes mudanças macroeconômicas", uma vez que será, no futuro, "uma das agências econômicas mais importantes do mundo".

O presidente russo também afirmou que o grupo Brics, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, "ocupa um lugar único na economia global".

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