A Polícia Federal prendeu na segunda-feira o executivo Luís Octávio Índio da Costa, ex-presidente do Banco Cruzeiro do Sul. Delegados e agentes da Delegacia de Repressão aos Crimes Financeiros (Delefin) da PF localizaram Índio da Costa às 17 horas em sua residência, um condomínio fechado em Cotia, na Grande São Paulo. Ele foi levado para a sede da Superintendência Regional da PF, no bairro da Lapa.
A prisão tem caráter preventivo - Índio da Costa fica preso até o fim do julgamento, salvo se for beneficiado por habeas corpus. A ordem foi decretada pelo juiz Márcio Ferro Catapani, da 2ª Vara Criminal Federal, que acolheu pedido da PF com manifestação favorável da Procuradoria da República.
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O juiz mandou prender também o pai de Luís Otávio, o executivo Luís Felippe Índio da Costa. Como ele tem idade avançada, poderá permanecer em regime domiciliar. O Ministério Público Federal requereu prisão de integrantes do comitê executivo do Conselho de Administração do banco, que sofreu liquidação do Banco Central em setembro, após ter apresentado rombo que pode superar R$ 4,5 bilhões. O juiz Catapani não atendeu essa parte do pedido, mas decretou bloqueio de bens dos dirigentes.
O motivo principal que levou a PF a representar pela custódia dos ex-controladores do Cruzeiro do Sul foi a magnitude da lesão causada aos clientes da instituição. A PF deu ênfase aos mútuos fraudulentos em nome de laranjas celebrados em benefício próprio para ocultar e dissimular a origem de recursos ilícitos.
Luís Octávio, Luís Felippe e os executivos do banco serão formalmente indiciados por crimes contra o sistema financeiro, contra o mercado de capitais e lavagem de dinheiro. A pena prevista para esses delitos vai de 1 ano a 12 anos de prisão e multa. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.