A Polícia Civil deu detalhes nesta segunda-feira (26) da prisão de Renato José da Silva, de 28 anos, apontado como assassino da arquiteta e uma das fundadoras do bloco carnavalesco 'Eu Acho é Pouco' Maria Alice dos Anjos, 74. O acusado confessou o crime.
Renato era jardineiro de Maria Alice há quatro anos. Envolvido com o consumo de crack, ele havia sido acolhido por Maria Alice. Segundo a delegada Andrea Griz, o preso confessou toda a dinâmica do crime, ocorrido na manhã do último dia 13 de março em Olinda, no Grande Recife.
##RECOMENDA##Percebendo que estava sendo furtada, Baixinha, como era conhecida a arquiteta, havia mudado a fechadura da casa. Com o objetivo de roubar dinheiro na casa da patroa, Renato conta ter tentado entrar pela frente com a cópia da chave que havia feito sem autorização. Como a fechadura havia mudado, ele tentou entrar pelos fundos.
"Ele entra, ela escuta um barulho, aí abre a janela, olha pra ele e diz 'agora você vai levar o outro?' se referindo ao botijão de gás. Ele diz 'não, mas desce aqui'. Maria Alice desce, abre a porta e o procura, mas ele se escondeu. Ela pergunta 'cadê você?', aí ele aparece. Renato alega que deu uma chave de pescoço nela, que caiu ao chão, depois começou a resmungar e ele deu uma pedrada e depois um jarro na cabeça de dona Maria Alice", resume a delegada Andrea Griz.
Conforme a delegada, o criminoso cometeu o homicídio para que ela não espalhasse que era ele quem cometia os furtos em sua casa.
"O que mais choca é que se tratava de uma pessoa que ela conhecia há quatro anos, portanto ele abusou da confiança dela", complementa Griz. Renato possuía a cópia da chave do carro da patroa e já havia roubado da residência cervejas, comidas e o botijão de gás.
Um segundo suspeito foi preso. Maxiel Lima da Silva, de 20 anos, estava com o celular da arquiteta. Foi através dele que a polícia conseguiu chegar até Renato. Maxiel pagou fiança e vai responder em liberdade. Um segundo indivíduo, que pegou o celular de Renato e repassou para Maxiel também deve responder por receptação.
A polícia ainda investiga se outra pessoa participou do assassinato. O jardineiro foi encaminhado ao Centro de Observação e Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife.
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