Tópicos | Armando Monteiro (PTB)

A 19 dias das eleições, os candidatos a governador de Pernambuco vão se encontrar para um novo debate nesta terça-feira (18). O confronto será a partir das 9h, em Caruaru, no Agreste, promovido pela Rádio Liberdade. Participam do debate o governador e postulante a reeleição Paulo Câmara (PSB), Armando Monteiro (PTB), Dani Portela (PSOL) e Maurício Rands (Pros). 

O embate acontece um dia depois de o Ibope divulgar uma nova pesquisa que mostra uma redução da diferença de intenções de votos entre Paulo e Armando, que polarizam a disputa. Segundo os dados, o governador aparece com 33% das intenções de votos e o petebista tem 25%. No último levantamento do Ibope, Paulo já tinha os 33% e Armando 24% da preferência dos entrevistados.

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Em seguida, de acordo com a pesquisa, vem Julio Lossio (Rede) e Maurício Rands (PROS), empatados com 2% cada. As candidatas Ana Patrícia Alves (PCO), Simone Fontana (PSTU) e Dani Portela (PSOL) aparecem com 1% cada uma. Os brancos e nulos somaram 24% e os que não souberam responder 10%. 

Em uma simulação de segundo turno, Paulo Câmara teria 41% contra 37% de Armando Monteiro.  

Com o fim do prazo legal para a homologação das candidaturas e uma série de especulações eleitorais, Pernambuco tem seis nomes da disputa pelo comando do Palácio do Campo das Princesas no pleito deste ano. A lista é composta por duas mulheres - Dani Portela (PSOL) e Simone Fontana (PSTU) - e quatro homens - Armando Monteiro (PTB), Julio Lossio (Rede), Maurício Rands (Pros) e Paulo Câmara (PSB).

Com a campanha sendo iniciada oficialmente no dia 15 de agosto, saiba um pouco mais sobre os candidatos e suas alianças para a disputa:

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Armando Monteiro (PTB)

Líder da coligação “Pernambuco Vai Mudar”, o senador concorre pela segunda vez consecutiva ao cargo e tem o vereador do Recife, Fred Ferreira (PSC), como vice. Além do PTB, outros 12 partidos endossam o palanque de Armando Monteiro: DEM, PSDB, PRB, Podemos, PSC, PPS, PMB, PSDC, PV, PSL, PHS e PRTB. O grupo oficializou o nome do petebista durante uma convenção no último sábado (4). Na ocasião, Armando disse estar preparado para governar o Estado.

Armando Monteiro Neto atualmente cumpre o mandato de senador por Pernambuco, para o qual foi eleito em 2010. Antes disso, já foi deputado federal por três mandatos [1998, 2002 e 2006]. Natural do Recife, o petebista é formado em administração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro, e em direito pela Universidade Federal de Pernambuco  (UFPE).

Aos 66 anos, o senador também já foi ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior no governo Dilma Rousseff (PT).  

Dani Portella (PSOL)

À frente de uma chapa exclusivamente feminina, Dani Portela é a candidata da coligação “A Esperança Vence o Medo” composta pelo PSOL e o PCB. Esta é a primeira vez que ela concorre a uma eleição e tem como vice a educadora social Gerlane Simões (PCB). A oficialização da participação delas na disputa pelo Governo de Pernambuco aconteceu em convenção realizada no último sábado (4).

Danielle Gondim Portela dos Santos é advogada e atua em causas sindicais e sobre violência contra a mulher. A olindense é formada em direito pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e mestre em história pela UFPE.

Julio Lossio (Rede)

Ex-prefeito de Petrolina, no Sertão do Estado, Julio Lossio é o candidato da chapa  "Aqui nasce um novo Pernambuco". A Rede Sustentabilidade homologou a candidatura no último dia 3. Na ocasião, Lossio disse que se apresenta aos pernambucanos como uma pessoa que pode dar novo rumo ao Estado, "diferente de outros grupos".

O partido participa sozinho da disputa com uma “chapa puro sangue”, como se diz no meio político e ainda não anunciou quem será seu vice. Médico com especialidade oftalmológica, Lossio foi prefeito de Petrolina por dois mandatos [2008 e 2012]. Ele se filiou a Rede Sustentabilidade em fevereiro na intenção de concorrer ao cargo de governador.

Maurício Rands (Pros)

Ex-deputado federal, Maurício Rands (Pros) é candidato ao Governo de Pernambuco pela coligação "O Pernambuco que Você Quer". A postulação dele foi oficializada na noite desse domingo (5) e é endossada por mais dois partidos: Avante e PDT. Rands tem como vice na chapa a ex-vereadora do Recife Isabella de Roldão (PDT).

Recifense, Maurício Rands é secretário de Acesso a Direitos e Equidade da Organização dos Estados Americanos (OEA). Aos 56 anos, esta é a primeira vez que ele concorre ao cargo de governador. Rands é formado em direito pela UFPE e PHD pela Universidade de Oxford, nos Estados Unidos.

Paulo Câmara (PSB)

Candidato à reeleição, o governador Paulo Câmara (PSB) concorre pela “Frente Popular de Pernambuco”. A coligação, que tem 12 partidos, oficializou o nome do pessebista para a disputa nesse domingo (5). Na convenção, Paulo disse estar preparado para administrar o Estado por mais quatro anos e justificou que, por conta da crise, não cumpriu todas as promessas feitas em 2014, quando foi eleito com 68% dos votos.

Paulo tem como vice a deputada federal e presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos.  Além do PSB e do PCdoB, também endossam o palanque do governador SD, PPL, PMN, PSD, PR, PP, PT, MDB, Patriota e PRP.

 Formado em economia pela UFPE, Paulo Henrique Saraiva Câmara tem 45 anos e é auditor concursado do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Ele já foi secretário de Turismo e da Fazenda, nas gestões do ex-governador Eduardo Campos.

Simone Fontana (PSTU)

Também em uma chapa “puro sangue”, o PSTU oficializou no último dia 1º a candidatura de Simone Fontana ao Governo de Pernambuco. Ela tem como vice o sindicalista Jair Pedro (PSTU).

Simone é professora, especialista em educação e linguagem pela UFPE, e uma das dirigentes do Sindicato dos Professores do Recife (Simpere).  Ela já foi candidata a senadora, a deputada estadual, a prefeita e a vereadora do Recife, mas não obteve êxito em nenhuma das disputas.

O possível esvaziamento da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) instalada em Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, foi questionado, nesta segunda-feira (7), pelos senadores Humberto Costa (PT) e Armando Monteiro (PTB), durante uma audiência pública para discutir o assunto na Assembleia Legislativa (Alepe). 

Após ouvir os argumentos do Ministério da Saúde, representado pelo coordenador de Hemoderivados da pasta Flávio Vormitag, de que a situação financeira da empresa no estado, a falta de conclusão das obras e uma possível redução no fracionamento da produção do fator recombinante VIII seriam os principais motivos para a instalação de um novo braço da Hemobrás em Maringá, no Paraná, os parlamentares apontaram que a decisão do ministro da Saúde, Ricardo Barros, era política e não pensava no desenvolvimento das atividades do país em relação aos produtos do sangue. A transferência da tecnologia para a fábrica do Paraná seria feita pela empresa Baxter Internacional, parceira da Shire. 

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“Como o Ministério da Saúde é o único comprador e tem um peso extraordinário nesta decisão é fundamental que este processo tenha transparência e você defina, antes de vincular empresas na proposta, o modelo, ou seja, que propósitos devem ser atendidos e como a empresa eventualmente interessada pode orientar a proposta dela”, pontuou Armando, lembrando que a instalação de uma nova unidade no Paraná prejudica o principal meio de produção da fábrica pernambucana, que é o recombinante VIII.

“Vamos explicitar essas condições de forma clara e aí aparecerão as propostas. Porque ela [a empresa] não faz a planta de recombinantes em Pernambuco? Porque ela só pode ser feita no Paraná? Esta proposta vai exigir uma decisão de caráter político e estratégico. Não permitiremos o esvaziamento do polo farmacoquímico. Se a Hemobrás não agregar a produção do fator recombinante ele terá a sua economia prejudicada”, acrescentou.

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O senador Humberto Costa, que era ministro da Saúde quando a empresa veio para Pernambuco, disse que é preciso verificar a legislação para averiguar se haverá a necessidade de judicializar o processo. “É preciso saber se pela lei do sangue é permitido que uma empresa multinacional seja gestora de uma empresa que produz produtos do sangue por tecnologia. Pois se há algum problema nos PDP's [ Parceria de Desenvolvimento Produtivo] que foram feitos é necessário que possamos fazer uma revisão sobre eles e não simplesmente ignorá-los. E porque isso exige que a fábrica saia daqui? Até uma nova PDP poderia ser feita aqui em Pernambuco”, frisou.

Sob a ótica do petista, esta discussão está sendo “mal conduzida” pelo ministro Ricardo Barros. “Para terminar esta fábrica são R$ 600 milhões, mas o tanto de recursos que estão indo para outros campos. E nós também podemos apresentar emendas que cheguem a este valor. A não ser que [a instalação no Paraná] seja por um pensamento político mesquinho”, bradou.

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