O torneio regional de robótica, First Lego League (FLL), conheceu hoje (11) o seu campeão geral. O Colégio Apoio, localizado no Recife, com a sua equipe Apoiobot, foi o primeiro colocado de uma competição com 23 escolas, entre públicas e privadas. Destas, uma é do estado do Maranhão e as restantes são todas pernambucanas. O início do FLL foi ontem (10), no ginásio poliesportivo da Secretaria de Educação do Estado. Neste domingo, dia da final, as equipes participantes estavam muito empolgadas e ansiosas pelo resultado.
A coordenadora da Apoiobot, a professora de ciências, Vanja Jota, falou sobre a conquista da equipe: “É muita emoção, pois, a equipe é nova e deu o sangue pelo torneio. Fizemos o melhor”. Ela também comentou sobre a etapa nacional, que será realizada no próximo ano, em São Paulo. “Nós vamos lá para ganhar, pois, sabemos do nosso potencial”, disse bastante alegre a coordenadora.
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O integrante da Apoiobo, Pedro Montenegro, de 13 anos de idade, disse que foi a primeira vez que ele competiu e já foi premiado. “Sou novato e já fui campeão, graças à qualificação que tivemos ao longo da preparação”, comentou Montenegro. Gabriel Moureira, 13, falou sobre a emoção da conquista: “Estou emocionado, a gente trabalhou muito, nem tem como explicar”. O Colégio Apoio preparou um projeto de biotecnologia, com o aperfeiçoamento de uma pesquisa voltada para crianças com dificuldade de comunicação.
Além da Apoiobot, outras quatro equipes se classificaram para a etapa nacional. Entre elas, a equipe do estado do Maranhão, a Quanta, do Centro de Integração do Conhecimento. Felipe Soares, 15, é da Quanta e relata a importância de ser uma das classificadas: “Nós somos a primeira equipe do Maranhão a se classificar para a etapa nacional do FLL. Foi incrível”. Quem também irá para São Paulo são as equipes Technobots e Divinrópolis, dos Colégios Fazer Crescer (Recife) e Divino Mestre (Jaboatão dos Guararapes), respectivamente, ambas da rede particular.
A Escola Santa Maria, de Olinda, com a equipe Evolucion, única da rede pública entre as selecionadas, fez uma grande competição, de acordo com o seu coordenador, Gustavos Bastos, professor de Física: “Pelo incentivo do governo de Pernambuco, nós fizemos uma grande competição, e somos alunos do estado em meio a grandes colégios particulares”, frisou Bastos.
De acordo com informações da comissão julgadora, foram analisados, nas equipes, a capacidade de resolver problemas, trabalho em equipe e situação emocional, além dos critérios: pesquisa, projeto do robô e missões (atividades práticas desenvolvidas pelo robô para a resolução do problema.
O embaixador do FLL no Brasil, Marcos Wesley, relatou que o torneio é importante e abrange não só a tecnologia educacional, mas também mostra a importância de ajudar pessoas necessitadas: “O ser humano tem capacidade de transformar tecnologia em coisas boas, então, devemos usá-las para o bem, ajudando quem precisa. Além disso, nós mostramos aos jovens que eles são capazes da fazer o bem para o próximo. O FLL trabalha assim, cria tecnologia para ajudar pessoas, com o trinômio: tecnologia, ser humano e meio ambiente”, destacou o embaixador. Ele também falou sobre o resultado geral do evento em si. “Está tudo brilhante! O resultado foi excelente e os alunos se destacaram”, exclamou Wesley.
O secretário de educação do Estado, Anderson Gomes, também esteve presente. Ele falou da importância do FLL para a educação: “É de suma importância o Estado ter acesso a este torneio. Os alunos aprendem a trabalhar em equipe e a atuar com a interdisciplinaridade, e isso ajuda na educação”. De acordo com o secretário, a previsão é que no próximo ano, “280 escolas pernambucanas recebam o material para participar do FLL, inclusive, as do interior do Estado”. Ele ainda revelou que “está sendo feita uma pesquisa para sabermos o que os alunos da rede pública de Pernambuco querem nas aulas, assim, poderemos melhorar a educação”, relatou Gomes.
FLL regional
O tema deste ano para a etapa regional do FLL foi Body Forward, que é relativo a biotecnologia. A partir da temática, as equipes foram estimuladas a explorar o universo da engenharia biomédica, criando maneiras inovadoras de reparar lesões, superar predisposições genéticas e maximizar o potencial do corpo humano. A realização do torneio em Pernambuco se deu à nova gestão da Franquia Regional Zoom / Lego Education no Estado, sob a coordenação padagoga, Janaína Carvalho, juntamente com Anderson Mendes e Ebrahim Rocha, sócios da franquia pernambucana. O evento fora realizado pela última vez em 2009.