Tópicos | Andrea Matarazzo

Contratado por Andrea Matarazzo (PSD) para comandar sua comunicação na disputa pela Prefeitura, o publicitário Paulo Vasconcellos faz suas contas na atual corrida, marcada por uma pandemia que limitou muito as ações: desta vez, diz ele, a campanha "não ferveu". Ele vê no cenário paulistano o crescimento do candidato Guilherme Boulos, do PSOL, com "sintomas de uma calmaria perigosa". E lembra a virada de Romeu Zema na disputa mineira de 2018.

Vasconcelos faz parte da geração de marqueteiros que fez campanhas milionárias até 2018 e é alvo de investigação da Lava Jato - mas permaneceu no mercado eleitoral nos tempos de "vacas magras" imposto pelo fim do financiamento empresarial.

##RECOMENDA##

Aos 60 anos, ele ostenta em seu currículo duas corridas presidenciais - uma por Aécio Neves (PSDB) em 2014 e outra por Henrique Meirelles (MDB) em 2018. Nos dois casos dinheiro não era problema: foram R$ 40 milhões para tentar eleger o tucano e R$ 26 milhões para o ex-ministro da Economia, que pagou tudo do próprio bolso e teve pouco mais de 1% dos votos válidos.

"Havia desperdício e uma sensação de que tudo tinha que ser grandioso", contou Vasconcelos ao Estadão. "Houve um grande reaprendizado. Eu vivi os dois momentos. Fiz campanhas com contratos fartos, como as de Meirelles e Aécio, e outras simples e baratas, como a de Marília Campos pelo PT em Contagem".

Estacionado, hoje, com 1% das intenções de voto na disputa paulistana, Andrea Matarazzo fechou com ele um contrato de R$ 1,7 milhão. "Até 2014 e mesmo em 2016 tinha muita máscara publicitária, com vinhetinha para cá e para lá. Fiz com o (Alexandre) Kalil (PSD) em 2016 uma campanha espartana, sem muita alegoria. Mas ela custou na época três vezes mais do que a do Andrea."

Segundo ele, todos os candidatos hoje com grande tempo de TV vão apresentar na prestação de contas valores acima dos R$ 6 ou R$ 7 milhões. "É impossível fazer 3 ou 4 minutos de TV com o orçamento disponível. Temos menos tempo de TV na campanha do Andrea, mas mesmo assim o recurso é exíguo. Temos feito mais gravações em estúdio e não fizemos jingle. É uma campanha de relação mais direta com eleitor, o que barateia bastante".

Trauma

O marqueteiro mineiro ficou conhecido no mercado publicitário por ter comandado todas as campanhas majoritárias de Aécio, que se elegeu governador de Minas pela primeira vez em 2002. Em 2017, ele era senador quando foi gravado pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS, acertando um pagamento de R$ 2 milhões para seus advogados.

Apesar da trajetória profissional ligada a Aécio, Vasconcellos não chegou a construir relação de grande amizade com o hoje deputado federal, que ele ajudou a eleger duas vezes governador e a senador.

"Vi com muita, muita tristeza, esse processo todo que aconteceu com ele. O que mais machucou foi a gravação. Denúncias aconteceram em profusão com vários políticos, mas a gravação trincou o ídolo", disse Vasconcellos.

Em dezembro de 2018, o marqueteiro foi surpreendido quando dois endereços seus foram alvos da operação Ross, da Polícia Federal, que realizou busca e apreensão de documentos em sua residência e sua empresa, em Brumadinho e Belo Horizonte, respectivamente. O publicitário é investigado por repasses de R$ 1,8 milhão e de R$ 5,47 milhões que teriam sido feitos pela Odebrecht, a pedido de Aécio, para a campanha do hoje senador Antonio Anastasia (PSDB) ao governo de Minas em 2010. Os processos estão na Justiça Eleitoral. "Não tem nenhuma acusação contra mim de mala de dinheiro e nenhuma movimentação bancária suspeita. Fui devassado pela Receita Federal. O que há são delações que me acusam de ter feito contrato fictício sem ter prestado serviço. O delator fica no lado mais confortável. O cara rouba a vida inteira. Aí paga uma grana e vai para a casa. É assustador sofrer busca e apreensão dez anos depois de o fato ocorrido. Isso interfere na família, na saúde mental, no equilíbrio." Vasconcellos conta que em 2018 seu filho perdeu o emprego no mercado financeiro em função do episódio. "Hoje está tudo bem, mas essa é uma dor que não tem conserto. Mas no campo profissional não me afetou."

Sobre o processo eleitoral de 2020, em plena pandemia, o marqueteiro avalia que a campanha "não ferveu". Faltando pouco mais de duas semanas para o primeiro turno, ele tenta manter o otimismo ante o desafio de alavancar Matarazzo num processo eleitoral mais curto, sem debates com adversários.

Ele cita o caso de Romeu Zema (Novo), que em 2018 surpreendeu na reta final. "É possível acontecer isso aqui? Talvez sim. O crescimento do Boulos e a estagnação de Bruno e Russomanno podem ser o sintoma de uma calmaria perigosa".

No último dia 4 de fevereiro, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) viajou a São Paulo para selar sua aliança com o empresário Paulo Skaf (MDB), presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). A agenda previa um encontro da dupla com o apresentador José Luiz Datena, nome preferido dos bolsonaristas para a Prefeitura de São Paulo, mas ele não apareceu e quem acabou se encontrando com o presidente foi o outro pré-candidato: o ex-vereador Andrea Matarazzo (PSD).

A imagem dos três conversando foi registrada pela câmera de celular e enviada a Matarazzo, que imediatamente publicou a foto em suas redes sociais. A cena foi classificada como "emblemática" no entorno do presidente da Fiesp, que vai assumir o diretório paulista do Aliança pelo Brasil tão logo a legenda bolsonarista seja registrada na Justiça Eleitoral.

##RECOMENDA##

Enquanto Datena dá sinais de que não vai disputar a Prefeitura e surpreendeu ao dizer que não se considera um porta bandeira do Planalto, Matarazzo afinou o discurso com Bolsonaro e sinaliza que pode ser o único defensor do presidente nos debates eleitorais da capital.

Embora Bolsonaro diga que não pretende se envolver nas eleições municipais caso seu partido não saia do papel a tempo de entrar na campanha, seus seguidores avaliam que é preciso buscar um nome para defender o bolsonarismo e evitar que um aliado do governador João Doria (PSDB), potencial adversário nas eleições de 2022, vença a disputa no maior colégio eleitoral do Brasil.

Filiado ao PSDB por 25 anos - entre 1991 e 2016, ano que entrou no PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab. Matarazzo foi um quadro da chamada velha guarda tucana. Amigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de quem foi Ministro-chefe da Secretaria de Comunicação, ele hoje apresenta um discurso que destoa dos antigos companheiros.

"Não sinto nenhuma das minhas liberdades cerceadas em nada. Não tenho porque sair criticando o Bolsonaro", disse Matarazzo ao jornal O Estado de S. Paulo, na sede do PSD em São Paulo, localizado no Edifício Joelma, no centro. Embora diga que não se considera um "bolsonarista", mas um "brasileiro que tem torcido muito para o Brasil", o ex-vereador não poupa elogios ao governo federal. "Em termos de desenvolvimento econômico, eu, como industrial, tenho sentido os reflexos (da atuação do governo). A atividade econômica está voltando. Os juros para a indústria nunca estiveram tão baixos em termos nominais, fora a Selic. As reformas estão caminhando."

Quando questionado se sua estratégia é dar uma guinada à direita, Matarazzo desconversa. "Acho até interessante ver alguns personagens que a gente via de direita virarem progressistas e outros progressistas que agora fazem o discurso da violência. Sempre fui no PSDB muito discriminado por partes do partido que hoje estão na minha extrema-direita no discurso", afirmou.

Conversas

Enquanto o PT busca um nome para disputar a Prefeitura e os bolsonaristas lutam contra o relógio para criar o novo partido, Matarazzo já está montando o time de campanha enquanto conversa com potenciais parceiros de chapa. O marqueteiro Paulo Vasconcelos, que fez a campanha presidencial de Aécio Neves em 2014, vai coordenar sua comunicação ao lado do jornalista Otávio Cabral, que também trabalhou na campanha tucana daquele ano. O ex-ministro Kassab, presidente nacional do PSD, garantiu a ele que a campanha na capital receberá uma fatia generosa de recursos do Fundo Eleitoral.

Matarazzo tem dialogado com todos os nomes que se apresentam pela direita na disputa em São Paulo. Por intermédio da deputada estadual Janaína Pascoal (PSL), se reuniu com o deputado estadual Arthur do Val, um dos líderes do MBL e pré-candidato do Patriotas. Como nenhum dos dois aceitou ser vice, a articulação não avançou. "Ele tem muita experiência. É um excelente quadro para a gestão. Se os bolsonaristas votarão nele, só os bolsonaristas podem dizer", disse Janaína. Matarazzo também conversou Datena, Joice Hasselman e recebeu o deputado bolsonarista Gil Diniz (PSL) em seu programa na Rádio Capital. "Matarazzo é um dos nomes mais preparados, mas ele veio da social-democracia. Ele pode conseguir atrair uma parcela dos bolsonaristas, mas não todos", disse Diniz.

A falar sobre uma eventual polarização entre esquerda e direita na eleição da capital, o ex-vereador deixa clara sua estratégia: atacar o prefeito, Bruno Covas (PSDB), que vai disputar a reeleição, e tentar colar nele o selo de esquerdista.

"Não dá para discutir esquerda e direita na eleição de São Paulo. Quem está fazendo isso agora é essa gestão que loteou a Prefeitura para dar o tom da esquerda, enquanto a cidade está inteira esburacada. Buraco não é de esquerda ou direita", disse. Nesse ponto, Matarazzo é questionado sobre como seria criticar tão frontalmente um adversário que trava uma luta pública contra o câncer e faz uma revelação.

"Eu tive câncer há um ano e meio atrás. Fiz 30 aplicações de radioterapia e quimioterapia. O comandante quando senta no avião, ele sabe que vai entregar os passageiros do outro lado. Não vem com essa. Sou solidário. Sei o que significa isso, mas você não vai obrigado para uma campanha".

Inimigo comum

O deputado federal bolsonarista Luiz Philippe de Orleans e Bragança destaca que seu grupo ainda não tem um nome para disputar a prefeitura. "A militância que está constituindo o Aliança pelo Brasil não tem candidato escolhido", afirma. Orleans e Bragança no entanto avalia que é essencial derrotar o candidato do PT - quem quer que seja - e o candidato que receber o apoio do governador Doria, seja o prefeito Covas ou a deputada Joice.

Quando for oficializada, a candidatura de Matarazzo vai ser apoiada por ao menos um dos grupos de renovação política: o Livres. O perfil do empresário destoa do de recém-chegados à política, já que ele tem 63 anos, mais de 20 deles dedicados à vida pública. Para Matarazzo, a união ao Livres é uma via de duas mãos. "São liberais mas não são dogmáticos. Sabem que não adianta distribuir vale-creche em bairros onde a iniciativa privada não vai construir creches."

O vereador e candidato a vice-prefeito na chapa da peemedebista Marta Suplicy, Andrea Matarazzo (PSD) criticou neste domingo o empresário João Doria, candidato a prefeito pelo seu ex-partido, o PSDB, em razão da assessoria do tucano ter solicitado a jornalistas para não fotografar o candidato enquanto ele come em lugares públicos durante a campanha.

De acordo com informações da coluna Painel, da Folha de S.Paulo em mensagem a jornalistas neste sábado, 20, um dos auxiliares do candidato do PSDB à Prefeitura da Capital solicitou que não sejam tiradas fotos ou feitas filmagens "quando ele estiver se alimentando". A razão teria sido as fotos do empresário, tiradas enquanto ele fazia caretas ao comer um pastel de rua e beber um cafezinho nas suas andanças de campanha, que viraram piadas na Web.

##RECOMENDA##

"Então a gente tem que dizer como cada um tem que ser fotografado, é isso? Ou seja, a campanha perde a sua originalidade de rua", afirmou Matarazzo, durante caminhada na Rua dos Pinheiros, onde ocorre uma festividade pelo aniversário do bairro.

O candidato a vice na chapa encabeçada pelo PMDB reforçou as críticas falando que a população percebe quem realmente tem experiência política. "Quem não conhece campanha, não conhece a política e não conhece a cidade, o importante é estar na frente do teleprompter sempre", disse.

Ao comentar o debate de amanhã, na TV Bandeirantes, Matarazzo voltou a reforçar a experiência de Marta como ponto forte e não deixou de criticar o prefeito e candidato à reeleição, Fernando Haddad (PT). "A sociedade vê quem conhece a cidade, quem tem experiência na cidade e que faz um programa de governo sem precisar recuar. Para a cidade, depois dessa devastação pela qual tem passado, é importante (o debate)."

A ausência de Luiza Erundina (PSOL) não irá beneficiar nem prejudicar Marta Suplicy, destacou ele. "Não interferiria nem para mais nem para menos. Existe a regra, se tem que mudar tem que ser combinado com todo mundo."

Com o avanço das negociações entre Marta Suplicy e Andrea Matarazzo para a disputa da Prefeitura de São Paulo, o PTB resolveu "reatar antigas pontes", nas palavras do presidente estadual do partido, o deputado Campos Machado. Nessa segunda-feira (25), ele dedicou o dia para fazer reuniões com líderes partidários, a mais importante delas com Celso Russomanno, pré-candidato do PRB.

Na conversa, ficou acertado que sua esposa, Marlene Machado, deverá compor a chapa de Russomanno como candidata a vice. "Estamos reatando um namoro antigo", afirmou.

##RECOMENDA##

Machado disse que só vai anunciar o posicionamento do PTB para as eleições deste ano em São Paulo depois que o PMDB lhe comunicar oficialmente se Marlene será ou não a vice de Marta - cargo que o partido não abre mão, segundo ele.

O deputado já fala a palavra "traição". Segundo ele, um acordo já havia sido fechado entre os dois partidos, que previa uma chapa 100% feminina com Marlene como vice de Marta. A reunião teria ocorrido no dia 8 de julho, em que estavam presentes a própria Marta e os presidentes estadual e municipal do PMDB, Baleia Rossi e José Yunes, que confirmou o encontro. "Cumpri minha parte porque, para mim, palavra dada é como flecha lançada. Não tem como voltar atrás. Mas romperam comigo", disse Machado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Quadros importantes do PSDB paulistano trabalham abertamente pela pré-candidatura a prefeito do vereador Andrea Matarazzo (PSD), egresso do partido após ter sido derrotado pelo empresário João Doria em convenção. Mesmo com apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do senador Aloysio Nunes e do ministro das Relações Exteriores, José Serra, Matarazzo perdeu, em março, as prévias para Doria. Em seguida, ele deixou a legenda e será candidato pelo PSD.

Entre os tucanos que neste momento seguem ao lado de Matarazzo estão Arnaldo Madeira, Hubert Alqueres, Luís Sobral e vários militantes que integram o comando partidário. "Dos 71 membros do diretório do PSDB paulistano, grande parte ainda é ligada ao Andrea e trabalha no gabinete dele", afirma Julio Semeghini, um dos coordenadores da pré-campanha de João Doria.

##RECOMENDA##

Como resposta, o diretório estadual do PSDB ameaça expulsar os dissidentes. "Quem não quiser apoiar o João Doria não pode apoiar o Matarazzo. Não podemos brincar com isso", diz o deputado Pedro Tobias, presidente do PSDB paulista.

A legenda chegou a divulgar uma resolução "lembrando" que os tucanos devem apoiar o candidato do partido na eleição. "Essa resolução revela o temor de que uma parte do PSDB não apoie o candidato do partido", diz Madeira. Ele reconhece que tem participado de reuniões com Matarazzo, mas nega que pretenda participar da coordenação de sua campanha. "No João Doria eu não voto. Ele não terá o meu apoio", afirma.

Após a desistência de Matarazzo, o 2.º turno das prévias, no dia 19 de março, teve 3.266 votantes, com 3.152 (96,5%) votos para Doria, 68 votos em branco (2,1%) e 46 (1,4%) nulos. No 1.º turno, Doria teve 2.681 votos, Matarazzo, 2.045 e Ricardo Tripoli, 1.387.

A menos de um mês do início das convenções partidárias que oficializarão os candidatos à Prefeitura de São Paulo, lideranças do PSDB próximas a Matarazzo também tentam derrubar na Justiça Eleitoral a candidatura de Doria.

O ex-governador Alberto Goldman e o senador José Aníbal prestaram depoimento ao Ministério Público eleitoral na semana passada e formalizaram as denúncias de que Doria teria praticado abuso de poder econômico nas prévias. O Ministério Público eleitoral recebeu três representações contra Doria. Além da feita pelos tucanos, outra é de um cidadão e a terceira do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral.

"Vejo indícios de abuso de poder econômico. Estamos fazendo um pente-fino na pré-campanha", disse ao Estado o promotor José Carlos Bonilha, responsável pelo procedimento investigativo. Ele afirma, ainda, que pretende ouvir mais dez envolvidos na pré-campanha.

Entre eles está um motorista de van que teria levado filiados para locais de votação e pessoas que disseram ter recebido dinheiro para trabalhar na pré-campanha. Caso sejam comprovadas as irregularidades, o Ministério Público pode pedir a cassação do registro de Doria. Entre outras acusações, Goldman e Aníbal afirmam que o empresário pagou transporte, alimentos e até teria promovido um churrasco para militantes com recursos que não eram do partido.

Um dos coordenadores da pré-campanha de Doria, o tucano Julio Semeghini diz que as prévias foram feitas dentro da lei eleitoral. "O processo atendeu também à regulamentação do partido", afirma.

O empresário sempre negou as irregularidades atribuídas pelos adversários. Ontem, ele não quis se manifestar. Se a candidatura dele for impugnada pela Justiça, o partido terá de escolher outro nome na convenção. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O senador tucano José Serra afirmou nesta sexta-feira, 18, que lamenta a saída do governador Andrea Matarazzo do PSDB. "Fiquei muitíssimo triste com a decisão do Andrea. É um grande quadro com uma longa folha de serviços prestados ao País. Lamento muito, mas entendo as razões dele."

O vereador Andrea Matarazzo anunciou na manhã desta sexta-feira, 18, sua saída do PSDB, partido do qual era filiado desde 1993. O agora ex-tucano disputava as prévias da legenda que definirá o nome do candidato da sigla na disputa pela Prefeitura de São Paulo.

##RECOMENDA##

Nos bastidores do PSDB, Serra é apontado como um dos motivos da saída de Matarazzo, de quem é uma espécie de padrinho político, do partido. Pelo fato de o vereador ter o apoio de Serra, o governador Geraldo Alckmin decidiu lançar o empresário João Doria como pré-candidato em busca de marcar uma posição em relação à eleição presidencial de 2018.

Apesar de negarem publicamente, Alckmin e Serra alimentam o sonho de concorrer novamente ao Planalto.

O vereador Andrea Matarazzo (PSDB) vai responder a um processo interno na Corregedoria da Câmara Municipal por ter ofendido a Casa e o vereador José Police Neto (PSD). A decisão foi tomada após a revelação da existência de um vídeo no qual o tucano diz que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada para investigar a Sabesp é só um "teatro", sem a menor consequência.

Na conversa com a presidente da Companhia de Saneamento Básico de São Paulo, Dilma Pena, em reunião realizada pela CPI no dia 8, Matarazzo ainda classifica Police Neto como "vagabundo" e Dilma o chama de "sem-vergonha".

##RECOMENDA##

Divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo, a conversa ocorreu no dia 8, antes de Dilma iniciar seu depoimento aos integrantes da CPI, e foi captada pelos microfones oficiais da Câmara.

As declarações do tucano paralisaram a sessão plenária desta quarta-feira, 15. Police Neto informou na tribuna que vai processar Matarazzo nas esferas cível e criminal. Já o tucano se mostrou constrangido e pediu desculpas. Em nota, ele ainda reclamou do vazamento, "sabe-se lá com que objetivo", de uma conversa privada.

Convidada a participar da reunião realizada ontem pela CPI da Sabesp, Dilma Pena também se desculpou. "A conversa que tive, particular e fora do período institucional dessa casa, com o amigo de longa data, me constrange profundamente. Foi um comentário infeliz", disse. Segundo ela, não houve intenção de "macular a Casa nem a pessoa citada".

O presidente José Américo (PT) ficou de entregar hoje um relatório técnico que explique como as imagens e o áudio foram repassados à imprensa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O vereador Andrea Matarazzo (PSDB), de São Paulo, reagiu nesta sexta-feira às denúncias de envolvimento no suposto esquema de formação de cartel e pagamento de propinas em licitações ligadas às Companhias do Metropolitano de São Paulo (Metrô) e Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). "É um disparate a forma como querem ligar meu nome a supostos favorecimentos. Não sou sequer citado na troca de correspondência entre executivos da Alstom, em 1997, que consta em documento da Polícia Federal (PF), um ano antes de eu me tornar secretário de Energia", disse, por meio de nota.

Matarazzo negou qualquer conhecimento ou participação em contratos do suposto cartel. "As atas das reuniões podem comprovar", ressaltou. De acordo com ele, "os indícios apontados pelo delegado da Polícia Federal são o fato de eu ter sido secretário de Energia e pertencer ao mesmo partido político que governava São Paulo". Matarazzo se disse "indignado" por ver o nome ligado a essas denúncias. "É com muita indignação e repulsa que vejo meu nome envolvido, pela primeira vez em 20 anos de vida pública, em denúncias infundadas sobre assuntos dos quais jamais tive conhecimento ou participação", afirmou.

##RECOMENDA##

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando