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A Secretaria-Geral da Mesa Diretora do Senado deve concluir este mês o processo de arquivamento definitivo do projeto de lei que criminaliza a homofobia (PLC 122/2006). A proposta, apresentada na Câmara em 2001 e em tramitação há oito anos no Senado, será arquivada de acordo com as regras do Regimento Interno da Casa.

De acordo com a presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), senadora Ana Rita (PT-ES), os movimentos sociais não devem se opor ao arquivamento, por considerarem que o projeto acabou estigmatizado com o nome de "PLC 122", o que poderia atrapalhar o andamento. Segundo Ana Rita, o caminho é um novo projeto, com outro número e melhorias na redação.

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"A ideia é manter o 122 arquivado e construir uma nova proposta. Uma proposta que, inclusive, atenda melhor o próprio movimento LGBT", explicou.

Já a senadora Marta Suplicy (PT-SP), que foi relatora da proposta na CDH em 2011 e 2012, afirmou que vai lutar para incluir o tema na discussão do novo Código Penal (PLS 236/2012). Assim que retornou ao Senado, depois de exercer o cargo de ministra da Cultura, Marta apresentou emendas à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) visando tornar a identidade de gênero e a orientação sexual agravantes de vários crimes.

"Vou buscar apoio dos senadores para manter as emendas e levar ao Plenário um Código Penal que puna a homofobia tanto quanto já prevemos punições a outras discriminações, como a racial, étnica, regional, de nacionalidade. É um escândalo ao crime de homofobia ser ignorado como preconceito", afirmou.

O PLC 122 altera a Lei 7.716/1989, que tipifica “os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”. O projeto inclui entre esses crimes a discriminação por gênero, sexo, orientação sexual ou identidade de gênero.

A proposta enfrenta resistências, principalmente de lideranças religiosas, que afirmam que a matéria viola o direito à liberdade de expressão e temem ficar sujeitas a penas que vão de um a cinco anos de reclusão.

De autoria da ex-deputada federal Iara Bernardi (PT-SP), o PLC 122 foi aprovado na Câmara em dezembro de 2006. Enviado ao Senado, foi aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) em 2009, mas não chegou a ser votado pela Comissão de Direitos Humanos (CDH), por falta de acordo entre os senadores.

"Infelizmente, o PL 122 não foi aprovado na Comissão de Direitos Humanos e numa manobra dos opositores ao projeto de combate à homofobia foi incorporado à discussão do Código Penal. Nessa comissão, ele sumiu, como se nunca tivesse existido. Quando levado à CCJ, o relator manteve essa omissão", lamentou Marta.

O regimento determina que todas as propostas tramitando há mais de duas legislaturas sejam arquivadas. Entretanto, essas proposições ainda podem tramitar por mais uma legislatura, caso seja aprovado em Plenário por requerimento de pelo menos 27 senadores. Ao final da terceira legislatura, se não houver decisão, a proposta deve ser arquivada definitivamente, situação em que se encontra o PLC 122/2006.

*Com informações da Agência Senado

O corpo do poeta e dramaturgo paraibano Ariano Suassuna será sepultado nesta quinta-feira (24), às 16h, no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, Região Metropolitana de Recife. O escritor de 87 anos morreu na tarde da quarta após uma parada cardíaca. Ele estava internado desde a noite de segunda (21) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Português, onde foi submetido a uma cirurgia na mesma noite após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC).

O corpo foi velado no Palácio do Campo das Princesas, sede estadual do governo do estado, localizado no Bairro de Santo Antônio. Amigos, familiares e admiradores compareceram ao local e prestaram suas últimas homenagens.

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O diretor de televisão Guel Arraes, que comandou algumas produções audiovisuais baseadas nas obras do autor paraibano, relata a marca que ele deixou. "A grande coisa dele é que ele era um homem que viveu de acordo com as suas ideias. Ele era um homem simples que conversava com o povo e viveu sempre perto das suas origens e assim ele se tornou universal", pontuou o diretor.

Em entrevista, o amigo e parceiro Claudionor Germano também fez questão de deixar um recado para Ariano. "É uma saudade muito grande de Ariano, e um respeito pela memória dele, porque ele nos deu tudo que poderia dar em termos de nordestina e amor pela sua terra. Ariano, um abraço, estaremos juntos breve. Espero que não seja muito breve", ressaltou. 

"Ariano pra mim foi uma pessoa muito importante. Não cheguei a conhecer pessoalmente, mas sei da história dele. Curti tudo que ele mostrou para o Recife", comentou o autônomo André Santos. Confira a matéria completa no vídeo acima.

 

Senadora pelo PT, Ana Rita afirmou que os números da Copa enchem o Brasil de orgulho. O país recebeu mais de um milhão de turistas de 202 países, que gastaram em média U$ 3 mil por pessoa.

A parlamentar disse que essa foi a segunda maior movimentação de turistas estrangeiros numa Copa do Mundo. O Brasil está atrás apenas da Alemanha, que recebeu 2 milhões de estrangeiros em 2006. A terceira colocação é dos Estados Unidos, que recebeu 400 mil.

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De acordo com a petista, a grande maioria dos estrangeiros avaliou positivamente a receptividade dos brasileiros, o transporte até os locais dos jogos e o conforto e a segurança dos estádios. Isso tudo, frisou a senadora, contraria o pessimismo que tomava conta da mídia antes da Copa.

A parlamentar disse que a decepção com o torneio ficou por conta do desempenho da seleção brasileira. Para ela, a lição que fica é a de que o futebol brasileiro precisa de mudanças profundas, dentro e fora do campo, para voltar a ser o melhor do mundo.

“Esse valioso patrimônio do povo brasileiro não pode ficar nas mãos de uns poucos, não pode servir à lógica restrita do lucro privado para uns poucos. Eu publicamente me comprometo a chamar esses atletas e demais parceiros que estão preocupados com atual situação do esporte brasileiro para, de forma conjunta, encontrarmos saída para esta encruzilhada” afirmou a senadora.

Após reunião com a cúpula da Polícia Civil, a presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado, Ana Rita (PT-ES), mudou o tom das declarações sobre as investigações das motivações para a morte do coronel da reserva do Exército Paulo Malhães. Depois do encontro com o chefe de Polícia Civil, delegado Fernando Veloso, e os delegados da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) responsáveis pelo caso, a senadora disse que "a Polícia Civil demonstrou estar empenhada no caso" e que "eles estão fazendo isso (investigação) com muita firmeza".

No início da manhã desta terça-feira, ela afirmou que "há indícios de que (o assassinato) foi em função (do depoimento à Comissão da Verdade, em março). Não descartamos a possibilidade de queima de arquivo". Depois de conversar com o caseiro Rogério Pires, ela afirmou que ele "não confessou o crime e disse que não participou de nada". A principal linha investigativa para a morte ainda é de latrocínio (roubo seguido de morte).

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"O processo está sob segredo de Justiça e todas as informações que nós pedimos foram respondidas. O chefe de Polícia Civil afirmou que todas as linhas de investigação são consideradas e não descarta nenhuma hipótese". Ana Rita afirmou que os delegados "não falaram sobre ele (Rogério Pires) ter confessado o crime. O caseiro presta informações desencontradas por isso e estão investigando (as três hipóteses sobre o assassinato: latrocínio, homicídio por vingança e queima de arquivo)".

A Comissão também afirmou que pedirá à Defensoria Pública do Rio que um advogado acompanhe o caso e os depoimentos prestados pelo caseiro. Na reunião com a cúpula da Polícia Civil foram informados de que o advogado já havia sido requisitado. No início da manhã, os senadores consideraram "muito estranho" o fato de Pires, mesmo sendo analfabeto, ter prestado depoimento sem um advogado. "O depoimento e a confissão podem ser feitos sem o advogado desde que haja testemunhas de leitura. As contradições foram evidenciadas diante do material investigativo e ele acabou confessando o envolvimento no crime. A participação dele no crime é irrefutável", disse o delegado titular da DHBF, Pedro Henrique Medina.

O delegado ressaltou que o homem encapuzado que participou do assalto ainda não foi identificado e que há dois mandados de prisão em aberto contra Anderson e Rodrigo Pires, irmãos do caseiro. O laudo do Instituto Médico Legal sobre as causas da morte deve ser entregue até o dia 15. Segundo o delegado responsável pelo caso, Wiliam Pena Jr., o perito solicitou prorrogação do prazo inicial de dez dias para conclusão do documento.

O encontro de jovens da periferia em shoppings de grandes cidades, combinado pelas redes sociais, virou polêmica nacional e foi parar na justiça. Diante da repressão policial e da crítica de lojistas e empresários, senadores pedem bom senso para que os "rolezinhos" não gerem violência ou discriminação.

Na avaliação da presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH), Ana Rita (PT-ES), esse tipo de movimento é novo e exige análise cuidadosa. “É um negócio extremamente novo, nunca aconteceu no nosso país, está começando agora. Então, acho que a gente tem que conversar sobre isso. Merece uma reflexão”, disse a petista.

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De acordo com o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) qualquer pessoa tem o direito de frequentar espaços públicos, desde que de forma pacífica. “Os shoppings devem assegurar o direito de toda e qualquer pessoa que tenha um comportamento civilizado e não de destruição ou de perturbação”, disse.

Para o senador Paulo Paim (PT-RS), as pessoas não podem ser proibidas de frequentar espaços abertos ao público em razão de sua aparência ou classe social. Ele defende o diálogo para resolver a situação de conflito. “Simplesmente proibir eu acho que é descabido. Por que vão proibir certos setores de ali andar? Agora, cuidar, conversar, dialogar, exigir a linha de uma conduta adequada com aquele ambiente eu não vejo problema nenhum. Não dá pra fazer disso uma guerra” afirmou o parlamentar.

Opinião semelhante tem a presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB do Distrito Federal, Indira Quaresma, que alerta para o fato de a Constituição vedar o racismo e a discriminação. “Se as pessoas estão indo ao shopping, exercendo o direito de ir e vir, num lugar aberto ao público, ainda que cantando ou manifestando sua opinião de alguma forma, desde que não agridam ninguém, elas têm todo o direito de estar lá. Vamos fazer todo o possível para que esse direito de liberdade e de manifestação seja respeitado”, relatou a advogada.

Com informações da Agência Brasil.


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