Tópicos | Aliança política

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu detalhes, nesta terça-feira (30), sobre como foi o jantar entre ele e a família Campos durante sua última passagem por Pernambuco. Lula cumpriu agenda no Estado no dia 18 e 19 de janeiro, neste meio tempo, ele jantou com Renata, viúva do ex-governador Eduardo Campos, e os filhos, João, prefeito do Recife; Pedro, deputado federal; Eduarda e José, além da primeira-dama, Janja da Silva. Segundo o mandatário nacional, o encontro foi familiar e não político.

“O jantar foi um encontro de família. Tinha uma relação com [Miguel] Arraes e Madalena, depois que ele se foi, ficou com Eduardo Campos, foi uma relação muito forte, um companheiro da mais alta qualidade. Foi meu ministro da Ciência e Tecnologia. A gente era muito parceiro. Eu ia muito na casa do Eduardo. Naquele jantar não discutimos política”, garantiu o presidente, em entrevista ao jornalista Elielson Lima, da CBN.

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Havia uma expectativa de que Lula tivesse discutido com a família Campos sobre as eleições no Recife. De acordo com ele, foi falado sobre assuntos familiares e a vida dos filhos de Eduardo. A disputa municipal deve traçar uma conversa posterior ente Lula e João. O líder nacional do PT terá um desafio no município, fechar um acordo para que o partido garanta a vice-prefeitura, já que a legenda quer ser protagonista da corrida municipal.

“Já disse para o João Campos que eu vou conversar com ele sobre política: ‘vou convidar você para conversar sobre o projeto político daqui para frente’. E também com a governadora [Raquel Lyra], vou conversar sobre política”, afirmou.

Durante a entrevista, Lula disse que João Campos é “bem preparado” e projetou uma aliança entre as legendas, mas disse que a decisão deve sair do diretório local do PT. "João Campos está tendo um trabalho extraordinário e está sendo uma surpresa agradabilíssima pro povo de Recife. Jovem talentoso. Ele tem, ao mesmo tempo, ‘matutez’ do avô, Miguel Arraes, e a sabedoria de Eduardo Campos. Ele é muito preparado politicamente, extraordinário gestor, competente para montar uma equipe e ele está com a cabeça política muito no lugar", elogiou.

“Eu acho que Pernambuco é um estado em que a gente tem condições de fazer aliança política. É importante lembrar que, na última reunião para o Governo do Estado, o companheiro Humberto Costa, que estava no meio do mandato no Senado, portanto, poderia ser candidato a governador que não iria perder nada, ele [se] retirou [da disputa] para que a gente fizesse aliança com o PSB. Acho que o João Campos tem clareza de que é importante uma aliança com o PT.  O que eu espero é que eles façam uma composição de chapa”, acrescentou o presidente.

Apesar da expectativa para a junção dos partidos, Lula disse, inclusive, que não tem um nome para indicar para a vice-prefeitura.

“Eles têm que se acertar em Pernambuco, porque eu não tenho nome para indicar, mas é importante que a gente ouça o prefeito [João]. Há duas visões importantes. Uma é saber se João Campos vai ser candidato a governador em 2026, aí, quem for candidato a vice, será prefeito de verdade [pois João se ausentaria da Prefeitura para se candidatar]. Temos que levar em conta isso na conversa com ele. Se ele não for candidato a governador, e for terminar o mandato dele até 2028, o vice pode ser um. Se ele for disputar as eleições, o candidato é outro. Isso tem que ser acertado em uma mesa de conversa, não em Brasília, mas em Pernambuco”, argumentou Lula.

Eleito em outubro passado com um forte discurso antipetista e na esteira do bolsonarismo, o governador João Doria (PSDB) passou a modular suas ações e declarações na tentativa de influir no debate nacional. O tucano parou de criticar sistematicamente o PT, se aproximou de governadores de esquerda e adotou uma distância regulamentar em relação a Jair Bolsonaro - e das crises provocadas pelo presidente.

Doria também enxergou uma janela de oportunidade na recente crise entre Executivo e Legislativo - que teve como ápice o tiroteio verbal entre Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) - e adaptou sua agenda à temperatura do momento. Neste caso, a estratégia escolhida foi a de se apresentar como uma voz moderada.

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Um dia depois do bate-boca entre Maia e Bolsonaro, por exemplo, Doria recebeu no Palácio dos Bandeirantes o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB). No dia 23 de março, um sábado, o próprio Maia foi a São Paulo visitar o governador em sua residência.

Nas últimas semanas, o tucano também recebeu o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), jantou na ala residencial com três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) - Dias Toffoli, Alexandre Moraes e Ricardo Lewandowski - e, diariamente, se reúne com comitivas de deputados de vários partidos.

O novo figurino destoa do Doria prefeito que chegou a aparecer em eventos públicos com roupa de gari ou bota de carpinteiro - o que gerou críticas mesmo de aliados. A iniciativa de deixar o cargo para disputar o Palácio dos Bandeirantes, a despeito das promessas de que terminaria seu mandato à frente da Prefeitura de São Paulo, foi outra ameaça à imagem de "gestor" confiável que ele sempre ressalta em suas intervenções.

Planalto

Aliados não escondem que no horizonte de Doria está a sucessão presidencial em 2022, tema sobre o qual ele diz não ser o momento de discutir. Nesse trajeto, além da mudança de estilo, Doria quer garantir o controle político do PSDB. O governador deve fazer o novo presidente nacional do partido - o ex-deputado federal Bruno Araújo (PE), no lugar do ex-governador Geraldo Alckmin.

Tenta ainda influir na condução nacional da sigla de forma a dar uma guinada à direita, mirando parte dos eleitores que garantiram a eleição de Bolsonaro à Presidência. A iniciativa tem a oposição de Alckmin e de outros caciques do PSDB, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Na relação com Bolsonaro, ao mesmo tempo em que se apresenta como aliado leal do presidente e defensor de projetos como a reforma da Previdência - Doria diz que vai se empenhar para que a bancada federal do PSDB paulista vote a favor do projeto apresentado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes -, tem mantido uma distância regulamentar do presidente. Em relação à própria reforma, a tese que Doria tem defendido nas conversas com políticos e empresários é que a mudança da Previdência tem de ser articulada com ou sem o Palácio do Planalto.

"Se o presidente deixar espaços em aberto, serão ocupados. Se o presidente não se aproxima do Maia, o Doria se aproxima. O vácuo na política jamais permanece vácuo. Sempre alguém ocupa", disse o sociólogo Luiz Bueno, professor da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP).

Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, Doria fala em "tolerância" de ambas as partes. "Tanto o Rodrigo Maia como o Davi Alcolumbre já sabem que eles têm um papel preponderante nesse processo, que é levar adiante a reforma da Previdência, independentemente de lideranças do governo. Sem menosprezar a relação com o governo", afirmou Doria.

"Depois das rusgas, o presidente Bolsonaro compreendeu que é preciso ter um pouco mais de tolerância nessa relação com o Congresso, sem que isso signifique vilipendiar o seu sentimento. Ele sempre tem dito que não quer o ‘toma lá, dá cá’. Bolsonaro já percebeu que a generalização não é um bom caminho. Às vezes, depois de um choque térmico vem a recomposição em melhores condições."

Na avaliação do cientista político Humberto Dantas, professor da Uninove e pesquisador da FGV-SP, é natural que Doria se posicione como líder por ser governador de São Paulo. Mas, segundo ele, será preciso aprender com a história de outros líderes locais. "Qualquer governador paulista é candidato a presidente em potencial. Mas nenhum foi eleito desde a redemocratização", afirmou.

WhatsApp

A tentativa de aproximação com outros governadores começou ainda antes da posse. Depois da primeira reunião dos governadores eleitos com Bolsonaro, em novembro passado, o tucano sugeriu a criação de um grupo de WhatsApp para que eles se comunicassem sem a mediação de assessores.

Quatro meses e meio depois, o colegiado virtual segue ativo e com a participação dos 27 governadores. As interações são diárias e versam sobre temas que vão de pautas regionais até a reforma da Previdência. Nessas interações, Doria se tornou o principal mediador mesmo entre colegas de partidos antes atacados por ele. O tucano mantém uma relação amistosa com governadores como Camilo Santana (PT), Wellington Dias (PT) e Paulo Câmara (PSB).

"Doria, que é ligado à área empresarial, ocupou bem esse espaço nacionalmente de mobilizar parlamentares e governadores em torno da reforma da Previdência", disse o senador e ex-desafeto Major Olímpio, presidente do PSL de São Paulo e líder do partido no Senado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Apesar de não participar de ato realizado no Clube Internacional do Recife na tarde deste sábado (11), Renata Campos declarou apoio ao candidato à presidência Aécio Neves (PSBD) por meio de carta aberta. As palavras da viúva de Campos expressavam o apoio desejado pelo tucano na corrida pela presidência: “Aécio, acredito na sua capacidade de diálogo e de gestão”, pontuou Renata. Antes de deixar sua residência, no Rio de Janeiro, o tucano corroborou a importância do apoio político da viúva do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos: “tem um simbolismo muito grande”, afirmou Aécio. 

O texto de Renata foi lido por seu João Campos durante ato de militância do PSDB no Recife. Durante o evento, estiveram presentes o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB) e o governador e senador eleitos em Pernambuco, Paulo Câmara (PSB) e Fernando Bezerra Coelho (PSB). 

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Confira o texto na íntegra: 

"Bom dia a todas e a todos,

Nossas primeiras palavras são de gratidão ao povo pernambucano, pela confiança, pela bela vitória no dia 5 de outubro. Expressamos nossos sentimentos nas urnas e reconhecemos um caminho. Não desistimos do Brasil. Nosso muito obrigado ao povo Pernambucano!

Para nós, esse foi um ano muito duro. Perdemos nosso Eduardo, nosso Dudu, nosso pai, nosso líder, nosso guia. Ele tinha um grande sonho: tornar o Brasil um pais mais justo, mais humano, mais equilibrado, onde as pessoas estivessem em primeiro lugar. Dedicou sua vida à construção desse sonho. Ele sabia que, para chegar nesse novo Brasil, era preciso um novo caminho. 

Infelizmente, quis o destino que o caminho que sonhávamos não se tornasse possível. 

Hoje, temos duas possibilidades: continuar como estamos ou trilhar um caminho de mudança. O Brasil pede mudanças. O governo que ai está tornou-se incapaz de realizá-las. Continuamos acreditando nos mesmos valores, continuamos com os mesmos sonhos. Só será possível mudar o Brasil se tivermos capacidade de unir e dialogar, respeitando as diferenças. É preciso reconhecer os avanços que tivemos, as contribuições de todos, mas é fundamental organizar a casa, arejar.

Aécio, acredito na sua capacidade de dialogo e gestão. Sei que não é a primeira vez que seu caminho cruza com o de Eduardo. Lembro que, lá trás, em momentos importantes da história, o caminho do seu avô Tancredo cruzou com o de Dr. Arraes. Sei que também eram diferentes, mas souberam se unir pelo bem do Brasil. Em vários momentos, quando era necessário, você e Eduardo sabiam sentar e dialogar, encontrar caminhos.

Eduardo tinha bandeiras muito claras, e se quisermos mudar o Brasil é preciso levar adiante seus ideais: as reformas pelas quais ele tanto lutou, o pacto federativo, saúde mais 10, o Pacto pela Vida, uma educação de qualidade com escolas em tempo integral, passe livre, um desenvolvimento com sustentabilidade, entre outras.

Penso, Aécio, que hoje é um dia muito importante na sua caminhada, aqui no Nordeste, em Pernambuco, estado que sempre foi palco de lutas libertárias, que tem um povo generoso, com força e coragem. Estado que tem a cara de Eduardo e Arraes. Daqui você vai levar a garra e a energia desse povo, que serão fundamentais e essenciais para construção de um novo Brasil. Um Brasil que se respeite, reconheça suas diferenças, que saiba combater as desigualdades, criando oportunidades para todos. Só assim seremos capazes de construir uma nação justa, soberana, livre, fraterna e equilibrada, como Eduardo tanto sonhou.

Somos nordestinos, pernambucanos, e queremos juntos, construir a nação brasileira!

Siga em frente, Aécio! Boa sorte! Que Deus nos proteja! Obrigada."

O candidato ao governo de Pernambuco pela Frente Popular, Paulo Câmara (PSB) conquistou mais um apoio. Desta foram os portuários de Pernambuco que aderiram a candidatura da Frente Popular. A parceria foi estabelecida na manhã desta segunda-feira (25), durante uma reunião do socialista com representantes dacategoria, que foi realizada na capital pernambucana. Durante o encontro, o socialista ressaltou a importância do setor para o estado e se comprometeu em estimular o desenvolvimento econômico e dos portos.

“Os portos de Suape e do Recife têm um papel muito importante no momento econômico do nosso Estado. Pernambuco cresce mais que o Nordeste e que o Brasil, e vamos ter a oportunidade, a partir de 2015, de modernizar as nossas instituições e de todos os setores envolvidos, sempre de forma inclusiva. Queremos um Estado cada vez menos desigual. Ouvimos e vamos continuar conversando com os trabalhadores”, declarou Paulo Câmara.

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Paulo Câmara destacou que dará continuidade as obras do porto do Recife, que servirão de gancho para que os portos consigam se sustentar com recursos próprios. "Não há o menor risco de retrocesso em relação aos avanços do porto. Ele vai se consolidar como um porto público sustentável, que tenha condições de andar com suas próprias pernas", afirmou Câmara.

 O candidato irá receber uma demanda dos trabalhadores, com propostas para o segmento. Uma das propostas que foram apresentadas durante o encontro é a manutenção do Porto do Recife, como alternativa para complementar o Complexo de Suape.  “É um compromisso que assumimos. Manteremos o porto forte e desempenhando um papel importante na nossa economia”, concluiu o socialista.

Em visita a Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), na manhã dessa sexta (11), o candidato ao governo de Pernambuco pela Frente Popular, Paulo Câmara, reinterou sua proposta de melhorar a educação pernambucana. Ele recebeu do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CEDES/PE) uma série de sugestões para seu programa de governo.

Na ocasião, Câmara ressaltou o papel das universidades na gestão de um estado. “Parcerias com universidades fazem com que as coisas aconteçam. As instituições de ensino superior  têm que estar presentes no Estado e nas entidades empresariais e econômicas”, disse o socialista.  

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O pessebista afirmou que a proposta de interiorização do ensino superior, apresentada pelo reitor da Unicap, fará parte do seu programa de governo e comentou o a colaboração da instituição com o CEDES, entidade na gestão de Eduardo Campos (PSB). “Nós fizemos com que o conselho se transformasse em um grande polo de discussão com vários segmentos da sociedade. E logo pensamos que a Universidade Católica tinha muito a contribuir”, concluiu. 

Segundo o reitor da Unicap, Padre Pedro Rubens, a instituição de ensino contribui como agente crítico construtivo nas discussões dos programas e ações de governo. “Não somos parte integrante do governo, mas podemos dar um termômetro, digamos assim, das forças que estão atuando no estado. Mesmo não sendo deliberativo, é um conselho crítico-construtivo do próprio governo”, disse o reitor.

Com o discurso que a educação será prioridade em seu governo, Armando Monteiro (PTB) conquista novos aliados. A Associação dos Servidores do Instituto Federal de Pernambuco (Assife) e o Instituto de Pesquisas e Desenvolvimento Institucional (IPDI) decidiram apoiar a chapa que pretende eleger o petebista governador do estado. 

Os representantes das entidades educacionais acreditam que o trabalho desenvolvido por Armando, à frente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) foi de extrema relevância, por isso é o candidato ideal para melhorar os índices educacionais de Pernambuco. "Viemos nos colocar à disposição de Armando em função de toda a sua trajetória política e sua história como presidente da CNI. Temos um corpo docente, de alunos e de servidores que vamos mobilizar para trazer para o palanque de Armando e elegê-lo governador", declarou Hamilton Rodrigues, vice-presidente da Assife.

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De acordo com Geraldo Andrade, presidente da IPDI, Armando Monteiro apresenta uma trajetória política coerente e considera o candidato ícone da política pernambucana. “Armando preserva uma imagem positiva em prol de Pernambuco. Sua trajetória carrega a coerência de estar sempre num mesmo projeto político. Ele reúne experiência e trabalho. É um ícone na política do estado", concluiu Andrade.

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