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O jantar promovido na quarta-feira, 20, pelo apresentador Luciano Huck com a presença da ex-ministra Marina Silva (Rede) e integrantes do movimento Agora! frustrou as expectativas dos ativistas presentes. Segundo relatos de participantes, a ideia era tentar romper o isolamento político da pré-candidata, que até agora não se aproximou de nenhuma legenda.

Defendida por setores da Rede, uma eventual aliança com o PPS, que poderia indicar o presidente da legenda Roberto Freire como vice na chapa, foi abordada no encontro, mas Marina teria demonstrado pouca disposição para o diálogo.

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No domingo, 17, o senador Randolfe Rodrigues (AP) afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que a Rede estaria buscando Freire para ser vice na chapa de Marina. O presidente do PPS, contudo, nega que tenha sido procurado e continua defendendo que o seu partido mantenha o compromisso de apoio ao tucano Geraldo Alckmin.

No jantar, Marina elogiou Freire, lembrou que eles estiveram juntos na disputa presidencial de 2014 (o PPS apoiou a candidatura de Eduardo Campos/Marina, do PSB) e que isso tornaria uma aliança entre as siglas algo "natural". Marina não deu, porém, nenhum indicativo de que iria procurá-lo, ou de que se esforçaria para costurar um acordo.

Após o encontro, o apresentador telefonou para Freire, relatou o encontro e estimulou o dirigente a procurar a ex-ministra. A avaliação no PPS, porém, é que a iniciativa de um eventual diálogo teria que partir dela.

O partido, que conta com oito deputados federais, está hoje alinhado com Geraldo Alckmin (PSDB) por determinação aprovada no último seu congresso nacional, realizado em março deste ano. A avaliação majoritária do PPS é que a legenda sozinha não tornaria Marina competitiva.

A Rede tem apenas cerca de 10 segundos no horário eleitoral gratuito de rádio e TV. Além disso, o partido, que possui somente dois deputados federais, não conta com pré-candidatos competitivos nos Estados, tem uma estrutura partidária precária e poucos recursos do fundo público eleitoral.

Renovação

Neste ano, o PPS e Rede abriram as portas para os movimentos de renovação política. O Agora! foi um deles. A aproximação capitaneada por Huck representa essa ala "nova" do partido de Freire. Esse grupo, contudo, resiste em apoiar Alckmin.

Procurada, a assessoria da Rede disse que o jantar foi uma conversa sobre "uma eventual possibilidade" de apoio do Agora! à candidatura de Marina. A assessoria de Huck e integrantes do movimento não quiseram se manifestar.

Polo democrático

O movimento Agora!, do qual Huck faz parte, vai participar do próximo dia 28, em São Paulo, de ato político do chamado "polo democrático e reformista", movimento suprapartidário que tenta unificar as pré-candidaturas do centro ainda no primeiro turno.

Também estarão presentes os movimentos Juntos e 'Acredito. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso confirmou presença. Os integrantes do grupo tentam atrair Marina Silva para o debate, mas ela resiste.

Segundo interlocutores do PPS, Luciano Huck estaria empenhado em reduzir o número de candidaturas para evitar que a eleição seja polarizada entre um nome da esquerda e Jair Bolsonaro, do PSL. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Rede, de Marina Silva, fechou nesta terça-feira, 27, um acordo político com o Agora!, apoiado pelo apresentador Luciano Huck. A ideia é que integrantes do movimento sejam candidatos pela legenda nas eleições de outubro.

Pelo menos cinco nomes do Agora! devem disputar cargos pela Rede, como o ex-juiz Márlon Reis, idealizador do Ficha Limpa, pré-candidato ao governo do Tocantins.

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Batizada de "coligação cidadã", a aliança com o movimento foi celebrado em Brasília, e contou com a presença de Marina e do coordenador nacional do Agora!, Leandro Machado.

O acordo, no entanto, não significa apoio à candidatura de Marina à Presidência. Segundo a assessoria do movimento, após Huck anunciar que não iria disputar o Palácio do Planalto, o grupo ainda irá discutir quem apoiar.

Para o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), apesar de a Rede estar conversando com outras legendas, a parceria com o Agora! é a que mais "dá gosto" ao partido, porque representa um movimento de renovação da política.

"Se tem um conjunto de movimentos que está superando o atual modelo, são movimentos como o Agora!. Essa é aliança que mais dá gosto para nós, porque é uma aliança com os atores vivos e movimentos vivos da sociedade brasileira", afirmou.

Baixas

O anúncio da aliança com o movimento aconteceu no mesmo dia que a Rede perde dois dos quatro deputados federais do partido. Alessandro Molon (RJ) e Aliel Machado (PR) se filiaram ao PSB nesta terça-feira.

Com as desfiliações, Marina corre o risco de ficar de fora dos debates durante a eleição. As novas regras determinam que as emissoras devem chamar para participar dos eventos candidatos de partidos que tiverem pelo menos cinco parlamentares. Se não filiar novos nomes durante a janela partidária, que começa dia 7 de março, a Rede ficará com apenas três: um senador, Randolfe Rodrigues, e dois deputados, Miro Teixeira (RJ) e João Derly (RS).

Apesar do revés, Marina afirmou que não é porque Molon e Aliel saíram do partido que deixam de ser bons parlamentares. "Nós os admiramos e desejamos boa sorte. A Rede tem ex-filiados, que continuam amigos, não viram nossos inimigos", disse Marina.

Outros partidos

Além da Rede, o Agora! também já assinou uma carta-compromisso com o PPS, para filiar integrantes à sigla e lançar candidatados. Integrantes do movimento também analisam se candidatar por outros partidos, como o Podemos o PSB.

O Agora! ganhou destaque nacional depois de Huck se unir ao movimento. Em janeiro, o apresentador falou sobre o grupo no Domingão de Faustão, e gerou uma avalanche de pedidos de inscrição. Por enquanto, o grupo reúne cerca de 90 pessoas.

Movimentos como RenovaBR, Agora!, Vem Pra Rua, Frente Favela Brasil, Livres e outros preparam um encontro unificado com o apresentador Luciano Huck para um "debate sobre a renovação da política nacional". A reunião está prevista para a próxima semana, em São Paulo, e na prática deverá significar mais um estímulo ao projeto presidencial de Huck.

O apresentador, que chegou a anunciar em novembro do ano passado que não seria candidato, voltou a considerar a hipótese e nos últimos dias intensificou consultas com políticos e representantes do setor econômico.

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Huck é um membro efetivo do RenovaBR e do Agora!. A nova movimentação do apresentador aumentou as expectativas nestes e em outros grupos, que já consideram que hoje há mais chances de Huck aceitar entrar na disputa pelo Palácio do Planalto do que o contrário.

Os movimentos redigiram a versão inicial de uma carta-convite para o encontro com o apresentador da TV Globo. O texto, ao qual o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso, fala em "janela de oportunidade propícia à renovação" e afirma que "a mudança começa com novos personagens comprometidos em construí-la".

"Já estamos vendo as sementes da mudança nascer. São milhares de novos nomes e movimentos que se lançam para participar da vida pública e que serão testados democraticamente na ruas", diz a carta. "É com esse espírito que convidamos o empresário e apresentador Luciano Huck para um debate. Seja ele candidato ou não, Luciano será uma peça importante no debate sobre a renovação da política nacional."

A carta termina destacando que "esse encontro não significa um apoio dos grupos e sim um convite para o debate democrático". A ressalva atende à diversidade partidária que compõe os movimentos.

Para o apresentador, a identidade com os grupos é essencial para consolidar a imagem de novo na política. "Como ele já afirmou, os movimentos cívicos são parte fundamental do processo de renovação política. E contribuirá, como puder, para fortalecê-los", disse a assessoria de Huck.

Suprapartidários

Há, porém, entre os grupos o receio de que o encontro se transforme em uma "chancela" à candidatura Huck. "Estamos interessados em ouvir todos os candidatos. Um encontro não pode ser entendido como um apoio", disse Pedro Henrique Cristo, coordenador do Movimento Brasil 21.

O movimento Acredito, por exemplo, ainda não endossou a carta. "Estamos mais preocupados com a candidatura ao Legislativo e em respeitar a diversidade partidária dos nossos componentes", afirmou o coordenador do movimento, Zé Frederico.

Um dos grupos que lideraram os atos pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, o Vem Pra Rua afirmou que o "movimento luta para que as eleições de 2018 promovam renovação na política nacional de forma qualitativa e está aberto a dialogar com outros nomes que defendam essa proposta". "O Vem Pra Rua esclarece ainda que não irá fornecer apoio político: o movimento é suprapartidário."

A possibilidade de Huck entrar na política e se candidatar voltou a ganhar força depois da confirmação da condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, decisão que pode ter inviabilizado o nome de Lula na disputa pela Presidência.

Na semana passada, o apresentador jantou com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em São Paulo. Ele deverá manter contatos também com o deputado e presidente do PPS, Roberto Freire. A sigla tenta filiar Huck. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O nome do apresentador Luciano Huck vez ou outra tem surgido como um dos cotados para disputar à Presidência da República. Nesse domingo (7), ele voltou a falar sobre o assunto, mas desta vez não negou a possibilidade de concorrer ao cargo, como fez no ano passado em um artigo publicado no jornal Folha de São Paulo. Ao ser entrevistado por Fausto Silva, no Domingão do Faustão, Huck disse que seria “covarde” se ficasse isento da política nacional este ano.

"Neste momento, agora, começo de janeiro, eu ainda acho que meu papel com esse microfone na mão aqui na TV Globo, na televisão, motivando as pessoas, talvez seja até mais importante do que estar lá [na Presidência]. Mas, eu vou participar, eu vou botar a mão na massa, eu quero ajudar e eu acredito muito no Brasil. Contem comigo para tentar melhorar essa bagunça geral aqui", declarou.

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O apresentador disse, entretanto, que não é pretencioso para já se colocar como postulante ao cargo. "Minha missão esse ano é tentar motivar as pessoas a que votem com muita consciência e que a gente traga os amigos que estão a fim para ocupar a política, senão não vai ter solução. Eu nunca, jamais, vou ser o salvador da pátria e o que vai acontecer na minha vida eu também não sei... Então, o que o destino e o que Deus espera para mim, vou deixar rolar", salientou, dizendo que ama “estar todo sábado na televisão”.

Luciano Huck também falou que por sua descrença com os partidos políticos que, segundo ele, estariam "derretendo", optou por integrar movimentos cívicos como o Agora! e o RenovaBR. Os dois, segundo Huck, pregam a renovação política e a formação dos novos componentes da classe.

"É um movimento cívico de apoio a novas candidaturas. Você pega alguém que quer ser político, mas não tem grana, não tem estrutura. Não importa o que pensa. Pode ser monarquista, socialista, de direita, não importa. Ele vai entrar ali e vai ter um funil de ética, de correção, se ele passar por esse funil, é que nem um vestibular, sendo mais simplista, chega lá embaixo vai ter apoio, vai ter informação, vai ter formação", explicou.

O apresentador ainda observou que o  “único jeito de a gente resolver o país é somando”. "O que estou fazendo e vou continuar fazendo é mobilizar uma geração inteira, que não importa da onde vem, a classe social, o credo, a religião, a crença, se é de esquerda, de direita, eu não acredito mais nisso, eu acredito nas pontes, na construção. Eu não acredito mais na divisão, acredito só na soma, o único jeito de a gente resolver o País é somando", disse.

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