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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe nesta quinta-feira (24) a visita de Kailash Satyarthi, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 2014.

Ativista pelos direitos das crianças, o indiano já se encontrou com Lula outras vezes, em 2013 e 2016, no Instituto. É o segundo Nobel da Paz a visitar Lula na prisão. O primeiro foi o argentino Adolfo Perez Esquivel. "Condenam Lula porque ele tirou 36 milhões de brasileiros da miséria extrema, da fome, da marginalidade, da grave situação que vive o povo do Brasil. Ele dedicou sua vida a seu povo, e não se serviu do povo. Logicamente, esperamos que o comitê do Nobel o considere”, declarou Esquivel após a visita em janeiro deste ano.

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Mais tarde, às 16h, também visitam Lula o vice-presidente do PT, Márcio Macedo, e o deputado federal José Guimarães.

O ativista argentino Adolfo Pérez Esquivel, que recebeu o Nobel da Paz em 1980, quer formalizar até o dia 31 de janeiro o pedido para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja contemplado com o prêmio. Esquivel é autor de uma campanha eletrônica que junta assinaturas de apoio para embasar a candidatura do petista para o posto desde o ano passado. Ao todo, foram contabilizadas 400 mil adesões.

Para o argentino, Lula merece receber o prêmio "por sua luta contra a pobreza e a desigualdade". Ao justificar, Esquivel argumenta que a "paz não é só ausência da guerra, nem apenas evitar a morte de uma ou muitas pessoas, mas também é dar esperança de futuro aos povos, em especial aos setores mais vulneráveis".

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O estatuto da Fundação Nobel prevê como critério para a validação de uma candidatura o apoio de membros de governos nacionais, pessoas já contempladas pelo Nobel da Paz, acadêmicos e chefes de Estados. Adolfo Pérez Esquivel tem trabalhado para conquistar essas subscrições. 

A indicação do nome de Lula, juntamente com as demais, deverá ser avaliada por uma comissão especial que anunciará, até março, cinco nomes dos quais um será escolhido até o fim de setembro.

O argentino Adolfo Pérez Esquivel, Prêmio Nobel da Paz em 1980, participou na manhã de hoje (17) de uma homenagem à vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) no Museu da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro.

Marielle e o motorista Anderson Pedro Gomes foram assassinados a tiros em 14 de março. Os crimes são investigados pela Polícia Civil do Rio de Janeiro.

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"Marielle é um exemplo da luta pela vida e pela liberdade. Marielle é uma semente de vida, que dá vida, que dá esperança. Sua luta não é em vão, está em vocês", disse o vencedor do prêmio internacional por sua atuação na defesa dos direitos humanos na América Latina. "Marielle está presente aqui, no Brasil, e em outros lugares da América Latina. Temos que recordar e fortalecer a memória de sua luta pela vida".

Para Esquivel, a democracia no continente está ameaçada pelo desrespeito à diversidade, aos governos progressistas e à imprensa. "Democracia significa direito e igualdade para todos e todas, na diversidade. Isso é democracia. Não pode ser o medo, a repressão, o silenciamento e os assassinatos como o de Marielle", afirmou. "Privilegia-se o capital financeiro sobre a vida dos povos. "

O Prêmio Nobel da Paz de 1980 visitou o Museu da Maré, no qual estão expostas imagens do cotidiano da comunidade com sua resistência, cultura e dificuldades.

Indicação

Durante a visita, o ativista dos direitos humanos afirmou que vai indicar, em setembro, o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o Prêmio Nobel da Paz.  Segundo ele, buscará apoio para a indicação."O nome [de Lula] conta com a força do trabalho [que ele desenvolveu em favor dos] mais necessitados, pobres e marginalizados. Ele tirou da pobreza extrema mais de 30 milhões de brasileiros", disse.

Em seguida, Esquivel afirmou que a atuação política de Lula é única e fez elogios aos ex-presidente. Ele disse ainda que pediu autorização para visitar Lula na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba (PR). O ex-presidente está detido no local desde o último dia 7 para cumprir a condenação por lavagem de dinheiro e corrupção.

Nesta quarta-feira (18) , o argentino dará uma aula magna na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), às 10h. Na quinta-feira (19), será lançada a Comissão Popular da Verdade, que investigará violações aos direitos humanos por integrantes de forças do Estado.

Um abaixo-assinado eletrônico que defende a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Prêmio Nobel da Paz já atingiu mais de 170 mil assinaturas de apoio. A campanha, criada por Adolfo Pérez Esquivel, ganhou impulso depois da prisão de Lula no último sábado. Na tarde dessa segunda (9), por volta das 15h, o número de apoios era de 98.685; até às 11h20 desta terça-feira (10), o quantitativo já atingia 170.755 assinaturas.

Adolfo Pérez Esquivel é um ativista argentino que ganhou o Nobel da Paz em 1980, pela defesa dos direitos humanos na América Latina, quando grande parte da região vivia sob ditaduras militares. Ele conheceu Lula em 1982. A campanha a favor do título para Lula iniciou no último dia 5, mesmo dia em que o juiz Sérgio Moro expediu o mandado de prisão contra o ex-presidente.

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Na petição eletrônica, Esquivel divulga a carta que pretende levar ao Comitê Nobel da Noruega para justificar a indicação. No documento, ele diz que Lula merece receber o prêmio por sua luta contra a pobreza e a desigualdade, ressaltando que a "paz não é só ausência da guerra, nem apenas evitar a morte de uma ou muitas pessoas, mas também é dar esperança de futuro aos povos, em especial aos setores mais vulneráveis".

O prêmio Nobel da Paz, o argentino Adolfo Pérez Esquivel esteve nessa sexta-feira (2) no Instituto Lula para uma visita de solidariedade ao ex-presidente. Durante a conversa, ele disse que indicará Lula para receber a mesma honraria.

Esquivel recebeu o Nobel pela sua luta pela democracia e direitos humanos na América Latina quando grande parte da região vivia sob ditaduras militares. Ele conheceu Lula em 1982.

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"A chegada do PT e Lula à presidência marcou um antes e um depois para o Brasil, a ponto de se tornar uma referência internacional na luta contra a pobreza. Mais de 30 milhões de pessoas foram resgatadas da pobreza extrema, a desigualdade diminuiu e o índice de desenvolvimento humano aumentou ", explicou Pérez Esquivel sobre a proposta que ele fará ao Comitê do Prêmio Nobel. "Seu governo tinha políticas cruciais para a paz dos brasileiros e era um exemplo para o mundo", completou.

Lula e Esquivel conversaram sobre a difícil situação atual da América Latina, com retrocessos na democracia e nos direitos sociais.

"No Brasil hoje não há democracia, esta é uma continuação do golpe em Dilma Rousseff ocorrido em 2016. Defender a candidatura de Lula é defender o retorno da democracia brasileira. O povo do Brasil está perdendo suas terras, seu telhado e seu trabalho. O certo sabe que Lula tem muito apoio porque ele criou políticas de igualdade e justiça social como nunca houve neste país, então eles precisam proibí-lo", disparou Esquivel.

O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, o ex-ministro das Relações Exteriores e Defesa, Celso Amorim, e a advogada e professora Carol Proner acompanharam o encontro.

Com informações do adolfoperezesquivel.org

Em visita ao Senado após ter se encontrado com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, o Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel causou tumulto ao dizer em plenário que há um "possível golpe" em curso no País. A declaração gerou discussão dos senadores, que cobraram do presidente em exercício da Casa, o petista Paulo Paim (PT-RS), a retirada da fala do ativista argentino de direitos humanos.

"Creio que neste momento há grandes dificuldades (oriundas) de um possível golpe de Estado, mecanismo que já se usou em outros países do continente, como em Honduras e no Paraguai, que utilizaram a mesma metodologia", disse Esquivel, sentado ao lado de Paim na Mesa Diretora do Senado.

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Primeiro a protestar, o senador tucano Ataídes Oliveira (TO) disse que a fala do Nobel da Paz causou-lhe uma "surpresa tremenda" e cobrou a retirada da expressão das notas taquigráficas. "Ela foi inadequada, inaceitável, esse parlamento jamais poderia ter deixado este senhor, com toda a história que respeitamos, dizer que o Brasil está próximo de um golpe, não admito como senador assistir a uma cena como essa", criticou.

Paulo Paim, contrário ao impeachment de Dilma, disse que não teve qualquer intenção de usar a fala de Esquivel para mandar qualquer recado e que havia advertido o Nobel da Paz sobre o pronunciamento que iria fazer. O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), reclamou de Paim, dizendo que foi uma montagem e premeditada a vinda do ativista.

"Nós temos que buscar aqui, nesta casa, uma posição em que a Presidência tenha imparcialidade. Isso é fundamental", criticou Caiado. "Se acharem que a Mesa Diretora vai ser palanque de PT, estão muito enganados", completou.

O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), afirmou que não se pode dar a palavra a pessoas que não sejam senadores. Ele lembrou ainda que se estava no momento da fala em uma sessão extraordinária de votações. "Senão, vira uma esculhambação. Vou trazer um convidado meu, que não tem voto popular, que não tem a delegação do povo e que, em plena sessão deliberativa do Senado, fará um discurso?", questionou o tucano, ao ressalvar que Paim não agiu de má-fé ao franquear a palavra a Esquivel.

O presidente em exercício do Senado negou ter tido a intenção de se aproveitar da fala de Esquivel e decidiu retirar a expressão. Ex-presidente da Casa, o senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) elogiou a forma como Paim conduziu a questão, embora tenha deixado uma advertência. Disse que ele tomou a "providencia necessária", mas o episódio vai servir de "lição" para casos futuros.

O senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) chegou a propor um requerimento de voto de censura a Esquivel, mas os senadores consideraram que a decisão tomada - a retirada da expressão - foi correta.

O vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 1980, o argentino Adolfo Pérez Esquivel, afirmou que o impeachment da presidenta Dilma Rousseff é um “golpe de Estado, encoberto sobre o que podemos chamar de golpe branco”. Para ele, não se deve interromper o processo democrático no Brasil e em toda a América Latina.

Esquivel reuniu-se na manhã desta quinta-feira (28) com Dilma no Palácio do Planalto, para levar “solidariedade e apoio” à presidenta e se posicionar contra o processo de impeachment. “Dissemos à presidenta que viemos dar solidariedade e apoio a ela e para que não se interrompa o processo constitucional no Brasil porque isso seria, não só para o povo brasileiro, mas para toda a América Latina, um retrocesso muito grave”, afirmou o vencedor do Nobel da Paz de 1980.

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Para o Prêmio Nobel, há semelhanças entre o golpe em curso no Brasil e os processos de destituição dos ex-presidentes do Paraguai Fernando Lugo, em 2012, e de Honduras Manuel Zelaya, em 2005.

Nobel da Paz

Adolfo Pérez Esquivel é um arquiteto, escultor e ativista de direitos humanos argentino. Em 1974 na cidade de Medellin, na Colômbia, Esquivel coordenou a fundação do Servicio Paz y Justicia en América Latina (SERPAJ-AL), junto com vário bispos, teólogos, militantes, líderes comunitários e sindicalistas.

Essa organização dedicou-se a defender os Direitos Humanos no continente e a difundir a Não-Violência Ativa como instrumento de transformação da realidade e de enfrentamento dos crimes de tortura e desaparecimento forçado de militantes políticos e agentes comunitários e pastorais, praticados pelas Ditaduras Militares que haviam se instalado por toda a América Latina. Por essa atividade, Adolfo Pérez Esquivel recebeu o Nobel da Paz de 1980.

Da Agência PT

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