Um terremoto de magnitude 4,7 na escala Richter atingiu o centro da Itália nesta terça-feira (10) e provocou pequenos danos em alguns edifícios da região. Não há informações sobre feridos, mas o abalo gerou pânico entre os italianos.
Segundo o Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV), o tremor foi registrado às 5h11 (horário local) com epicentro a 2km da cidade de Muccia, na província de Macerata, e a uma profundidade de 9km.
##RECOMENDA##
Desde que ocorreu o terremoto, o Instituto italiano já registrou mais de 20 réplicas com magnitude acima de 2. O abalo foi sentido em áreas vizinhas como Pieve Torina e Pievebovigliana, e em geral nas regiões centrais de Marcas.
Em Arezzo, diversos italianos entraram em contato com bombeiros, em particular, os moradores de altos prédios da cidade. Além disso, o forte balanço de terra também foi registrado em Roma, informou o INGV, com base em 590 respostas de um questionário disponibilizado online para a população, no qual faz a seguinte pergunta: "Você sentiu o terremoto?".
Ao todo, as províncias de Macerata e Ancona, Pesaro, Úmbria, Lazio foram afetadas, de acordo com o mapa criado pela publicação.
A Proteção Civil está em contato com os prefeitos das áreas afetadas. Até o momento, nenhum dano grave foi constatado. "Hoje fechamos as escolas, porque é preciso ver não há danos antes de permitir a entrada das crianças", explicou o prefeito de Pieve Torina, Alessandro Gentilucci.
Segundo Gentilucci, todas as áreas, inclusive os abrigos destinados às pessoas afetadas pelo terremoto de agosto de 2016, estão sendo verificadas pelas equipes de emergência.
Em sua conta no Twitter, o primeiro-ministro, Paolo Gentiloni, informou que o governo está dando assistência necessária para as populações afetadas.
Como medida de precaução, a circulação em algumas rotas ferroviárias foi suspensa. Já na cidade de Camerino, fortemente abalada em agosto de 2016, o prefeito Gianluca Pasqui proibiu a população de acessar a região tomada por escombros.
De acordo com o INGV, este terremoto está enquadrado "na sequência que foi ativada no dia 24 de agosto de 2016", data do forte sismo que devastou a cidade de Amatrice e provocou destruição do centro histórico de Pescara del Tronto e Arquata del Tronto, deixando 299 mortos.
"É normal que uma sequência que tenha mobilizado um volume tão grande dure muito", observou o presidente do INGV, Carlo Doglioni, ressaltando que o terremoto desta manhã foi 500 vezes menor do que o de magnitude 6,5 registrado em 30 de outubro de 2016.
"Para uma sequência que mobilizou um volume menor, como aquele ligado ao terremoto de L'Aquila em 2009, levou três anos para retornar a uma atividade com valores comparáveis aos anteriores ao evento. A sequência que foi ativada em agosto de 2016 terá duração não inferior a um ano", acrescentou.
A região central da Itália é uma das que habitualmente registra uma grande atividade sísmica.