O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), optou por não participar de um encontro que acontece nesta quarta-feira, em Brasília, com todos os governadores do país para discutir as medidas anunciadas pelo Governo Federal que visam reequilibrar a máquina pública e atingir um superávit primário de 0,7% do PIB em 2016.
Antes de se posicionar diante dos outros chefes estaduais, Câmara e os outros dois governadores do PSB – Ricardo Coutinho, da Paraíba, e Rodrigo Rollemberg, do Distrito Federal – decidiram que vão ouvir a bancada federal e a direção nacional da legenda. A deliberação sobre o ajuste pretendido e a decisão dos socialistas só deve ocorrer até o final da próxima semana.
##RECOMENDA##Na avaliação do governador Paulo Câmara, “o momento atual exige muita análise sobre as opções disponíveis, diante da grave crise econômica e política do Brasil”. Até o fim da noite dessa terça-feira (15), a assessoria de imprensa do gestor havia confirmado a presença dele na reunião dos governadores nesta quarta, no entanto, por um motivo não revelado, o socialista voltou atrás.
A reunião desta quarta, foi convocada pelos gestores estaduais que englobam a base governista. Uma das medidas adotadas pela União é a recriação da CPMF, proposta que alguns governadores querem alterar. O governo sugeriu uma alíquota de 0,20% e a proposta dos chefes estaduais é de que o imposto vá para 0,38%, os 0,18% a mais seria repartido entre os estados.
Paulo Câmara já se posicionou anteriormente contrário à retomada da CPMF. Para ele, a medida “não tem ressonância popular” e deve ser melhor avaliada.