Greve vai 'enterrar' reformas, dizem líderes das centrais
O presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, declarou que "a luta dos trabalhadores dá resultados"
Lideranças das centrais sindicais acreditam que a nova greve geral, marcada para o dia 30 de junho, deverá “enterrar de vez” as reformas trabalhista e previdenciária. A postura foi exposta após a rejeição do relatório do projeto que atualiza as leis trabalhistas no Brasil na Comissão Assuntos Sociais (CAS) do Senado, nessa terça-feira (20). Apesar da considerada vitória pela oposição, a matéria segue tramitando na Casa Alta, mas para o presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, "a luta dos trabalhadores dá resultados".
“Demora, mas dá resultado. Prova é essa votação na Comissão do Senado, que só foi possível pela luta dos trabalhadores”, declarou durante uma reunião com senadores do PT na noite dessa terça. Vagner Freitas foi enfático ao afirmar que a reforma trabalhista não vai gerar mais empregos, e sim “institucionalizar o bico”.
Ele lembrou também que o texto está vinculado à reforma da Previdência. “Se passar a trabalhista, nem precisam mais aprovar a previdenciária, porque não vai mais ter novas pessoas entrando no regime geral da Previdência. As duas se somam. Só tem jeito de derrubar as reformas com povo nas ruas”, disse.
Na mesma linha, o Secretário Geral da Intersindical Central da Classe Trabalhadora, Edson Carneiro Índio, enfatizou que o resultado na CAS é “vitória do povo brasileiro, da classe trabalhadora e da bancada de oposição”.
Para ele, os senadores que votaram contra a reforma trabalhista merecem o respeito do povo brasileiro. “Foi uma importante vitória, mas a luta continua”, frisou, acrescentando que a greve do dia 30 será “para enterrar de vez Temer e exigir eleições diretas”. “É importante a unidade das centrais e movimentos sindicais. A união do povo tem todas as condições de manter os direitos garantidos na Constituição”, afirmou.
Líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (PT-RJ), corroborou os sindicalistas e ressaltou que “agora é hora da nossa ofensiva. Listar o nome dos senadores, conversar um por um”. “E a greve do dia 30 vai enterrar de vez as reformas. O peso nos estados é decisivo nessa reta final”, ressaltou o senador.