Jungmann diz que citação a Maia foi 'um mal entendido'
Segundo ministro da Defesa, o decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) foi uma decisão do presidente Michel Temer e Maia não teve responsabilidade
O ministro da Defesa, Raul Jungmann (PPS), justificou-se, na manhã desta quinta-feira (25), sobre a citação que fez ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), durante o anúncio da adoção de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) que levou as Forças Armadas para às ruas de Brasília. No discurso dessa quarta (24), o ministro disse que a medida atendia a um pedido feito pelo democrata ao presidente Michel Temer (PMDB).
Logo depois o anúncio, Maia negou e disse ter solicitado o reforço da Força Nacional de Segurança e não do Exército.
“É um mal entendido, já liguei para o senhor presidente [da Câmara] e dei as explicações. A decisão do emprego das Forças Armadas foi do presidente da República junto com o ministro da Defesa. Era absolutamente necessário que ocorresse e Rodrigo Maia não tem responsabilidade com isso, foi uma decisão operacional que nós tomamos em relação ao baixo efetivo da Força Nacional de Segurança. Isso já se encontra devidamente esclarecido”, justificou Raul Jungmann.
Segundo o ministro, houve uma troca verbal inicialmente e apenas depois chegou o ofício do presidente da Câmara. ‘Depois o próprio presidente da República se encarregou de enviar um ofício para o presidente Câmara explicando”, pontuou.
Mesmo com o imbróglio criado em torno do decreto, Raul Jungmann classificou como positiva a ação. “Tivemos, em função disso, a garantia da continuidade dos trabalhos no Congresso Nacional. A governabilidade não foi afetada e recuperamos a garantia da lei e da ordem”, declarou.
Segundo ele, o recado do presidente Michel Temer é de que “a desordem não será tolerada”. “Não há democracia sem ordem, a ordem é basilar e essencial para a democracia. Dentro da Constituição tudo, fora da Constituição nada… O vandalismo e a barbárie, colocam em risco a vida das pessoas. A desordem não será tolerada e será combatida dentro da Lei e da ordem. Não serão toleradas essas manifestações que descambam para o vandalismo e a desordem”, ressaltou o ministro da Defesa.