Senadores petistas comentam o primeiro ano do impeachment

No dia 17 de abril de 2016, a Câmara dos Deputados autorizava a abertura do processo de impeachment contra a então presidente Dilma Rousseff

por Taciana Carvalho seg, 17/04/2017 - 18:16

Parlamentares petistas repercutiram, nesta segunda-feira (17), o início do processo de impeachment, que aconteceu há um ano, na Câmara dos Deputados. Um dos primeiros a se pronunciar, o senador Humberto Costa definiu o processo que afastou definitivamente Dilma Rousseff como “o dia da vergonha”. 

Ele voltou a dizer que o impeachment foi um golpe maquinado para tirar do poder a primeira mulher eleita para governar o Brasil. “Ela acabou deposta. O principal mentor do golpe está preso. O principal beneficiário, acuado por graves denúncias. E, desde então, o país só anda pra trás. E a democracia não foi restaurada”, disse se referindo, sem citar nomes, ao então presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha. 

Já a senadora Gleisi Hoffmann condenou os políticos que foram a favor ressaltando que foi uma “votação infame”. “Os deputados que votaram contra a democracia, invocando Deus, a família e o Brasil, são os mesmos que recentemente votaram por reduzir recursos para a educação e saúde, congelar investimentos, liberar a terceirização geral do trabalho e entregar o pré-sal. Votaram contra o povo”, declarou. 

Complementando o pronunciamento de Gleisi, o parlamentar Lindbergh Farias disse que o episódio foi um “show de horrores que rolou na Câmara onde o que a política brasileira tem de pior perdeu a vergonha e trucidou a democracia brasileira”. 

Fátima Bezerra salientou que o dia amanhecia com uma “fatídica lembrança”. “Que corrói a cada dia nossos direitos completa um ano. Eduardo Cunha autorizou a instauração de processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. Pedido acolhido sem qualquer comprovação de crime de responsabilidade. A luta do povo brasileiro e a história não nos deixarão esquecer”, enfatizou. 

 

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