O anúncio de apoio do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) não atingiu até agora, nas parcerias estaduais. Em Pernambuco, por exemplo, enquanto o prefeito de Caruaru e presidente estadual da legenda, José Queiroz, apoia o postulante do ex-governador Eduardo Campos (PSB), Paulo Câmara (PSB), o pedetista e deputado federal, Paulo Rubem, defende aliança com a chapa encabeçada pelo senador Armando Monteiro (PTB).
Segundo o parlamentar, a direção nacional está analisando o cenário dos quase 20 estados que não terão candidatura própria e deverão decidir as alianças até 1° de maio. “A gente vai esperar para ver qual é a posição que será adotada. São 18 estados que o PDT não terá candidatura e a posição nacional será de apoiar a presidente Dilma. A nacional vai definir a linha para todos os estados onde o PDT não tem governador. Onde tem, você recebe apoio de outros partidos, mas agora está sendo feito este levantamento e precisamos de um pouco mais de paciência”, esclareceu Rubem.
Para o pedetista, a legenda deve seguir a mesma linha decidida pela direção nacional e defender em todos os âmbitos à reeleição de Dilma. “Pernambuco tem duas propostas: uma proposta que é fazer de novo aliança com o PSB e a outra é fazer aliança nacional com Armando e com Dilma. Defendo a aliança nacional com Dilma para seguir na mesma coerência. Não tem lógica um partido com palanque a nível estadual e outro a nível nacional”, opinou.
Reeleição – Pré-candidato à reeleição ao parlamento federal, Paulo Rubem frisou não haver possibilidades do PDT lançar candidatos ao governo no Estado, porém, deixou claro sua intenção de conquistar mais um pleito na Câmara Federal. “Sou pré-candidato a reeleição, mas meu nome vai estar à disposição do partido para o que for melhor para chapa. Hoje eu estou concentrado na renovação do mandato. Eu pretendo renovar em cima desta linha de trabalho que já atuo abordando as questões de financiamento privado, cargas tributárias, entre outros”, descreveu.
Problemas internos – Indagado sobre a situação estadual do PDT, alvo de críticas do deputado por há anos não existir eleições internas para a direção da legenda, o pedetista esquivou-se e afirmou que o foco agora é a eleição. “Agora o foco é o problema da eleição. (...) A gente decidiu que vai priorizar a as alianças eleitorais e não vamos mais tratar desta aliança interna. Essa situação a nacional já tem e também, porque o partido vai fazer campanha e neste aspecto, não quero fazer nenhum comentário”, evitou.
De acordo com Paulo Rubem apenas quatro ou cinco estados devem ter candidaturas próprias. Além disso, ele também criticou a postura do PMDB e afirmou que o PDT é diferente. “A comissão está fazendo uma resolução nacional para ter uma decisão igualitária. O PDT é um partido nacional, não é segmentado feito o PMDB que em cada lugar eles decidem algo diferente. Não é nada disso. Então, neste sentido, a gente vai aguardar da melhor forma possível - e o partido seguindo a mesma postura da nacional se fortalece. É melhor para unir o povo e dar opções. É uma política mais coerente é melhor para o partido”, defende o parlamentar.