Usuário processa Uber em US$ 63 mi por ficar tetraplégico
Na ação, representante da vítima de acidente cita histórico do motorista, que passou por diversos “retreinamentos” e também a ausência de suporte da empresa em casos do tipo
Um homem do estado de Massachusetts, nos Estados Unidos, está processando a Uber em US$ 63 milhões (aproximadamente R$ 340 milhões, na cotação atual) depois que ficou paralisado permanentemente após um acidente de carro em que se envolveu enquanto usava o serviço.
William Good pediu um Uber para voltar para casa em abril de 2021. Na corrida, o motorista colidiu com um carro estacionado. Em uma ação movida na terça-feira (25), Good alega negligência em nome da Uber e diz que a empresa é responsável por seus ferimentos e por conduzir "práticas comerciais inseguras", disse seu advogado à NBC Boston.
O processo também acusa a Uber de falhar "em rastrear, contratar e supervisionar adequadamente seu motorista, resultando em ferimentos graves e que mudaram a vida de Good, que agora é tetraplégico", informou a Associated Press.
A advogada de Good, Victoria Santoro Mair, da Sweeney Merrigan Law, escreveu em um comunicado à imprensa que, durante sua viagem, Good sentiu o motorista do Uber desviar antes de bater o carro e que ele pediu a Good, que estava paralisado, para se levantar repetidamente e depois o mudou de lugar.
Mair também teria dito que o motorista do Uber havia sido contratado mesmo tendo um "longo histórico de direção e retreinamento prévio do motorista".
“Luto diariamente com o conhecimento de que esse funcionário do Uber foi contratado como motorista profissional – a última coisa que ele deveria ter sido contratado para fazer”, disse à imprensa. Um porta-voz da Uber disse ao The Boston Globe que a empresa não poderia comentar sobre litígios pendentes.