Chineses acusam Apple de pirataria de livros
Um grupo de escritores chineses entrou com um processo contra a Apple alegando que a loja online da companhia vende versões pirateadas das suas obras.
A ação judicial exige que a Apple compense os autores em 1,88 milhão de dólares (11,9 de iuans) e pare de vender os produtos. A segunda corte de Pequim aceitou o caso, de acordo com o executivo do grupo, Bei Zhicheng.
O processo, feito em nome de nove escritores, envolve 37 trabalhos literários diferentes que teriam sido vendidos como cópias pirateadas na App Store da Apple, que fica com 30% das vendas realizadas na plataforma.
O grupo fez o primeiro contato com a Apple no último mês de julho, pedindo para a empresa remover os produtos pirateados de sua loja online. Mas, de acordo com Bei, a Apple se recusou a removê-los, alegando que o grupo não forneceu evidências suficientes para confirmar que as obras não haviam sido licenciadas. Procurada pela reportagem, a Apple não quis comentar o caso.
Outros escritores chineses também entraram em contato com a Apple para remover e-books pirateados da App Store. Mas o processo pode durar meses nos tribunais, afirmou Bei. “Vai demorar dois ou três meses antes que o produto pirateado seja cancelado. Mas uma nova versão pirateada pode aparecer na App Store”, afirmou.
O grupo estima que algumas das supostas obras pirateadas hospedadas na App Store atingiram mais de um milhão de downloads, com os autores verdadeiros não recebendo nada dos rendimentos. A Apple disse que o grupo deveria entrar em contato com os desenvolvedores responsáveis pela oferta do produtoa. Mas as informações de contato dos desenvolvedores geralmente estão em branco, ou levam a um site que não tem nada a ver com o desenvolvedor, afirmou Bei.
“Todo mês, encontramos novos conteúdos pirateados na App Store”, explica o executivo. O grupo planeja entrar com outro processo contra a Apple em janeiro em nome de dez outros autores.