Tópicos | xiitas

Rebeldes sírios sequestraram 12 xiitas libaneses no norte da Síria nesta terça-feira. Os xiitas voltavam para casa após uma peregrinação religiosa no Irã, quando rebeldes interceptaram seus veículos na província síria de Alepo e sequestraram os homens, informou a emissora de televisão Manar, pertencente ao Hezbollah. As mulheres estão num "local seguro", disse a emissora, sem dar maiores detalhes.

Forças de segurança libanesas confirmaram o sequestro. Alguns libaneses saíram às ruas do setor sul de Beirute, uma área xiita, e queimaram pneus para protestar contra o sequestro. O líder do Hezbollah, o poderoso grupo militante xiita do Líbano e forte aliado da Síria, Hassan Nasrallah, pediu calma e advertiu seus seguidores contra ataques de represália contra alvos sírios.

##RECOMENDA##

"Isto está estritamente proibido", disse Nasrallah em discurso na televisão. Ele pediu aos manifestantes que não bloqueiem as ruas e disse que o governo libanês deve fazer pressão pela libertação dos peregrinos.

"Vamos trabalhar dia e noite até que essas pessoas queridas estejam conosco", afirmou ele.

O Hezbollah mantém seu apoio ao presidente sírio Bashar Assad nesses 15 meses de levante contra seu governo. Os sunitas formam a espinha dorsal do levante, que desencadeou fortes tensões sectárias.

Assad e a elite governante da Síria pertencem à pequena seita alawita, um ramo do xiismo.

Os sequestros desta terça-feira ocorrem num período de profunda tensão no Líbano por causa do conflito na Síria. Os países compartilham uma complexa rede de ligações políticas e sectárias, mas também rivalidades. O conflito já ultrapassou a fronteira, com resultados violentos. As informações são da Associated Press.

Milhares de manifestantes fizeram uma passeata em Teerã nesta sexta-feira para protestar contra uma proposta de união da Arábia Saudita com o Bahrein, o primeiro passo que a monarquia sunita da Arábia tomou para se aproximar mais das cinco monarquias dos países árabes do Golfo Pérsico.

As autoridades iranianas instaram os cidadãos a protestarem contra o que foi chamado de "plano norte-americano para anexar o Bahrein à Arábia Saudita e expressarem a raiva contra os regimes dos Al Khalifa e Al Saud", ou seja, as dinastias sunitas que governam Bahrein e Arábia.

##RECOMENDA##

A mídia iraniana mostrou fotos de manifestantes em Teerã, muitos gritando "morte" aos EUA, a Israel e aos "traidores" Al Khalifa e Al Saud, informa a agência France Presse (AFP).

A mídia estatal iraniana reportou nesta sexta-feira que Teerã convocou o chargé d'affaires (representante diplomático) do Bahrein à chancelaria do Irã, após o ministro do Exterior do Bahrein, o xeque Khaled bin Ahmad al Khalifa ter alertado o Irã na quinta-feira a parar de se envolver nos assuntos bareinitas.

Teerã rejeita "comentários feitos pelo chanceler bareinita e espera que o governo do Bahrein encontre uma solução razoável para os problemas que acontecem no país", disse um funcionário da chancelaria do Irã, citado pela mídia local. "A única maneira de resolver os problemas é responder às legítimas demandas do povo do Bahrein", disse o funcionário.

As informações são da Dow Jones.

Atentados desfechados no Iraque mataram pelo menos 17 pessoas nesta quarta-feira, incluídas 14 que foram mortas em um ataque com duas bombas na cidade nortista de Tal Afar, na província de Nínive, perto da Síria. A violência acontece apenas duas semanas antes do Iraque sediar uma cúpula de países árabes.

"No começo da tarde, um carro-bomba explodiu na região oeste de Tal Afar e cinco minutos depois, um suicida se explodiu em meio à multidão que acorreu ao lugar da primeira explosão", disse o prefeito da cidade, Abid al-Abbas. "No total, 14 pessoas foram mortas e 15 feridas", disse Al-Abbas. O governador da província de Nínive, Athil al-Nujaifi, disse mais cedo que 13 pessoas foram mortas e 15 feridas por um carro-bomba e um homem-bomba suicida. Mas baixas diferentes são comuns após atentados no Iraque. Autoridades locais confirmaram mais tarde que 14 pessoas foram mortas e pelo menos 24 ficaram feridas. O ataque ocorreu perto de um restaurante cheio, ainda no horário de almoço.

##RECOMENDA##

Tal Afar é uma cidade habitada majoritariamente por turcos étnicos e que são muçulmanos xiitas. A maioria dos habitantes da província de Nínive, contudo, é de árabes sunitas. A cidade fica 380 quilômetros ao noroeste de Bagdá e o atentado desta quarta-feira aconteceu dois dias após supostos militantes da Al-Qaeda terem atacado a cidade de Haditha, no oeste do Iraque, massacrando 27 policiais.

Já na capital iraquiana aconteceram dois ataques nesta quarta-feira. Supostos insurgentes instalaram bombas em veículos - uma em um táxi e outra em um ônibus, que mataram três pessoas e feriram nove, disse um funcionário do Ministério do Interior em Bagdá.

Tal Afar foi palco de combates entre tropas norte-americanas e extremistas. Em 2005, soldados dos EUA e do governo iraquiano atacaram extremistas na província de Nínive e nos arredores de Tal Afar. Mas os insurgentes conseguiram se infiltrar na cidade e em 2007 fizeram um atentado devastador com um caminhão-bomba contra o mercado de Tal Afar, que deixou 152 pessoas mortas. Turcos xiitas e a polícia desfecharam então uma matança vingativa contra os sunitas, massacrando pelo menos 70 pelas ruas e prolongando um ciclo de violência, até que a população se acalmou.

Os ataques desta quarta-feira mostram que Tal Afar "ainda é um lugar perigoso e permanece uma fortaleza da Al-Qaeda em Nínive, usada por insurgentes que cruzam a fronteira para a Síria", disse al-Abbas. Os extremistas sunitas, segundo ele, fazem o contrabando de armas para a Síria e também combatem do outro lado da fronteira contra o governo do presidente Bashar Assad, que é alauita (uma dissidência do xiismo).

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Um grupo de 45 dissidentes políticos do Iraque anunciou a criação de um novo partido, a União dos Representantes Patrióticos, que será composto por sunitas, xiitas e curdos e fará "uma oposição real ao parlamento", afirmou um de seus integrantes, Mishaan Al-Saadi, que concorreu sem sucesso à eleição parlamentar em 2010.

O novo partido forma-se num momento em que o Iraque passa por uma crise política provocada pelo fato de o governo do primeiro-ministro Nouri al-Maliki - predominantemente xiita - ter emitido um mandado de prisão contra o vice-presidente do país, o sunita Tariq al-Hashemi. As informações são da Dow Associated Press.

##RECOMENDA##

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando