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O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou nesta segunda-feira (14) durante balanço sobre os resultados da Copa promovido pela presidente Dilma Rousseff e por um batalhão de ministros, que foram instaladas 15 mil antenas de telefonia móvel para a Copa, sendo 3.274 em estádios. Bernardo afirmou ainda que 16 mil estrangeiros compraram cartões SIM para seus celulares e que 341,8 mil fizeram ligações via roaming internacional.

Citando que apenas no Facebook a Copa gerou 3 bilhões de interações, o ministro classificou a Copa como o "maior evento nas redes sociais do planeta". Por último, destacou que a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletrônicos (Eletros) informou que houve aumento de produção de 60% neste ano.

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Aeroportos

Outro dos ministros escalados pelo Planalto para apresentar dados e defender o legado da Copa do Mundo, o ministro da Aviação Civil, Wellington Moreira Franco, destacou que o governo proporcionou nos últimos anos "o maior investimento em infraestrutura aeroportuária" já realizado no País.

"A infraestrutura aeroportuária conseguiu atender adequadamente o maior evento esportivo do planeta", destacou Moreira Franco. O titular da Secretaria de Aviação Civil disse que o setor atingiu no País um "outro patamar" e que houve aumento de 70 milhões de passageiros na capacidade dos aeroportos nacionais. "Vamos aumentar essa capacidade até o final do ano."

Mais cedo, a pasta disponibilizou um balanço segundo o qual a movimentação em 21 aeroportos que atenderam a demanda da Copa alcançou 16,7 milhões de passageiros, entre 10 de junho e 13 de julho.

Em época de articulação dos partidos para as mudanças nos ministérios da presidente Dilma Rousseff, a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), ocupada pelo ex-governador do Rio e ex-deputado Wellington Moreira Franco, é o símbolo da insatisfação do PMDB com os cargos no primeiro escalão. Sem potencial eleitoral, ele é chamado às vezes de "ministério do futuro": faz estudos sobre temas diversos e produz propostas de políticas públicas, mas não executa as ações e acaba ofuscada pelos ministérios executores.

"O produto que temos a oferecer é seminário e seminário não elege ninguém", diz Moreira Franco, depois de enumerar uma série de projetos em andamento na SAE - cujo orçamento, para 2013, é de R$ 26,5 milhões. A agenda do ministro no último ano mostra, de fato, uma série de palestras, mesas redondas e seminários, encontros com diplomatas e visitantes estrangeiros e seis viagens internacionais (Bruxelas, Santiago, Madri, Estocolmo, Genebra e Seul). Nada de inauguração ou audiência com Dilma.

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A queixa no PMDB não é com as funções do ministério, mas com sua falta de peso político. "Chamar a SAE de ministério é piada. A diferença entre o status de ministério da SAE e sua real dimensão é a mesma entre o poder que acham que o PMDB tem e o que o partido tem na prática", diz o líder do partido na Câmara, Eduardo Cunha (RJ).

A SAE é apenas um exemplo. Os peemedebistas têm-se queixado por terem cinco ministérios, mas nenhum deles de grande expressão. E, para decepção de muitos, no sábado (02), a presidente Dilma, convidada da convenção do PMDB, em Brasília, fez seguidos elogios ao partido e a seu líder, o vice-presidente Michel Temer - mas nada falou sobre repetir com ele, em 2014, a dobradinha PT-PMDB.

"A SAE poderia ser um belo instrumento se participasse de fato da formulação. O que importa é a missão política que se dá ao cargo. Não vamos brigar por ministério, mas para participar das decisões. O ministério do Gilberto Carvalho (chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República), por exemplo, não executa ações mas é ouvido", comparou Cunha.

Ligado ao vice-presidente Michel Temer e representante do PMDB na campanha de Dilma em 2010, Moreira evita comentar o prestígio da pasta. Prefere destacar os seus focos de atenção - primeira infância, sustentabilidade da classe média, estímulo ao investimento em florestas plantadas. O ministro tem profissionais experientes sob seu comando. O economista Ricardo Paes de Barros, um dos maiores especialistas no estudo da pobreza, é o secretário de Ações Estratégicas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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