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O longa-metragem "A Vida Invisível", do brasileiro Karim Aïnouz, venceu a nona edição do Festival Internacional de Cinema do Panamá, realizado virtualmente devido à pandemia do novo coronavírus.

O filme de Aïnouz foi o mais votado pelo público, que teve que assistir às projeções através de uma plataforma online, anunciou a organização do festival pelo Twitter.

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A fita, uma produção de 2019 entre o Brasil e a Alemanha, conta a história de duas irmãs que tentam se encontrar após sua separação no Brasil dos anos 1950.

A obra, protagonizada por Carol Duarte e Julia Stockler, ganhou em 2019 um dos prêmios de melhor filme do Festival de Cannes.

A mostra original com público e salas estava prevista de 26 de março a 1º de abril, mas foi cancelada devido às medidas decretadas para conter a pandemia.

O festival foi, então, celebrado virtualmente entre 22 e 26 de maio, com 13 produções de 16 países.

"A resposta do público foi muito boa se levarmos em conta os momentos que vivemos. Mas conseguimos, as pessoas responderam solidariamente porque sentia falta do seu festival", disse à AFP a diretora do evento, Pituka Ortega.

Na organização do festival havia temor da resposta do público, dada a enorme oferta das plataformas digitais para assistir a filmes nos últimos dois meses.

"Nossa aposta era que trazíamos um cinema fresco, novo, que a maioria das pessoas não pudessem ver em outras plataformas, pelo menos na região centro-americana", disse Ortega.

Além de "A Vida Invisível", participaram do festival "Sorry We Missed You", do inglês Ken Loach; "Araña", do chileno Andrés Wood; "Así habló el cambista", do uruguaio Federico Veiroj; e a produção coletiva centro-americana "Días de Luz", entre outros.

O longa-metragem escolhido para representar o Brasil na premiação do Oscar 2020 estreia hoje nas salas de todo o país. Premiado no Festival de Cannes, na França, no último mês de maio, “A Vida Invisível” chega às telonas brasileiras repleto de elogios da crítica especializada e do público. Dirigido pelo cineasta pernambucano Karim Aïnouz o drama, além de estar entre os preferidos a concorrer ao maior prêmio do cinema mundial, foi aclamado no exterior e vendido para entrar em cartaz nas sessões de mais de 30 países.

Baseado na história do livro “A vida invisível de Eurídice Gusmão” (2016), escrito por Martha Batalha, Aïnouz apresenta uma reverência às mulheres de uma geração que não se deixaram levar pelas pressões da sociedade dominante e do machismo que tentava controlar o ímpeto da juventude feminina nas décadas de 1940 e 1950. A história traz duas irmãs Guida (Julia Stockler) e Eurídice (Carol Duarte) com características de personalidade próprias, entretanto como cúmplices e muito próximas. Vista como inconsequente, Guida abandona tudo para seguir com Yorgus (Nikolas Antunes), o grande amor da sua vida, para o exterior. Enquanto isso, Eurídice alimenta o sonho de estudar música em Viena, na Áustria, para se tornar pianista.

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Forçada a não realizar seus desejos, Eurídice casa-se com Antenor (Gregório Duvivier), um cidadão comum do período. Grávida, Guida retorna ao Brasil e seu pai, Manuel (Antonio Fonseca), em uma atitude rigorosa vigente nas famílias tradicionais da época, a expulsa de casa sustentando uma mentira que pode separar as duas irmãs para sempre.

Para ter um dos maiores nomes da dramaturgia brasileira em cena, o cineasta Karim Aïnouz teve que mudar o fim da história do livro que inspirou seu longa-metragem. A atriz Fernanda Montenegro surge no papel de Eurídice idosa, para fechar a história com o brilho peculiar de seus mais de 60 anos de carreira. Na trama, o momento é de descobertas emocionantes e corrigir desmandos do passado.

Em paralelo à campanha para que “A Vida Invisível” figure entre os finalistas do prêmio do Oscar em 2020 na categoria Filme Internacional, os produtores também tentam encaixar Fernanda Montenegro entre as indicadas na premiação às atrizes coadjuvantes. Vale a torcida!

No mês passado, o filme A Vida Invisível, dirigido por Karim Aïnouz, desbancou outros 11 filmes e foi escolhido o representante do Brasil na corrida ao Oscar do próximo ano. A produção disputa agora com títulos de outros países para figurar entre os cinco indicados na categoria de melhor filme estrangeiro. Para o produtor do filme, Rodrigo Teixeira, diversos elementos qualificam a obra para uma indicação. Ele considera, por exemplo, que o gênero melodrama pode ser um diferencial.

"Acho que o gênero do filme é um ponto positivo. O melodrama conversa muito com o público dos Estados Unidos. É um clássico também do cinema norte-americano", disse à Agência Brasil.

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O filme é baseado no livro A Vida Invisível de Eurídice Gusmão, de Martha Batalha, e conta a história de duas irmãs que vivem sob um rígido regime patriarcal, o que faz com que elas trilhem caminhos distintos. A estreia nos cinemas brasileiros está marcada para o dia 31 de outubro. Nesta terça-feira (17), ele será exibido em sessão gratuita na abertura Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte (CineBH), que chega à sua 13ª edição propondo uma reflexão sobre o sucesso internacional dos filmes brasileiros.

Em maio, A Vida Invisível foi premiado na mostra "Um certo olhar", que integra o prestigiado Festival de Cannes, na França. Para Rodrigo, essa conquista coloca o filme diretamente como elegível para disputar um Oscar. Além disso, a carreira sólida e reconhecida internacionalmente do diretor Karim, que está em seu sétimo longa-metragem, também contribui para a indicação.

A cerimônia do Oscar está agendada para o dia 9 de fevereiro. O anúncio dos filmes estrangeiros finalistas ao Oscar será no dia 13 de janeiro. A última vez que uma produção brasileira concorreu na categoria foi em 1999, com Central do Brasil, de Walter Salles. O filme contava com a participação da atriz Fernanda Montenegro, que concorreu ao Oscar de melhor atriz naquele ano.

Esse é outro diferencial que pode influenciar na escolha de A Vida Invisível, na visão de Rodrigo Teixeira. O elenco do filme também conta com a presença de Fernanda Montenegro. "A sua participação coloca um selo no nosso filme. É a maior atriz do cinema brasileiro, uma artista que é unanime e engrandece qualquer obra em que esteja presente".

A produtora RT Features, responsável pelo filme, vem desenvolvendo uma campanha em busca da indicação. Com o objetivo de figurar entre os cinco, uma equipe está em turnê pelos Estados Unidos, em viagens de apresentação e lobby. Está nos planos a promoção de sessões para os integrantes da Academia do Oscar em cidades onde estão o maior número de votantes. A campanha mira também o circuito de festivais norte-americanos.

"Posso afirmar que a RT Features está inserida no mercado americano, com diversos longa-metragens produzidos e premiados. Em 2018, fomos a única produtora com três filmes no Independent Spirit Awards. Nesse mesmo ano, trabalhei conjuntamente com os outros produtores na campanha do Oscar do Me Chame Pelo Seu Nome e pude acompanhar de perto esse processo. Essa experiência também é um ponto positivo. E, além disso, um dos pontos mais importantes de uma campanha para o Oscar é a distribuidora norte-americana. E a Amazon, que irá distribuir o filme nos Estados Unidos, tem olhado com muita atenção para essa premiação", disse Rodrigo.

A primeira noite da 29ª edição do Cine Ceará - Festival Ibero-americano de Cinema, nesta sexta-feira (30), contará com a exibição do longa “A Vida Invisível”, de Karim Aïnouz. No evento, que acontece no Cineteatro São Luíz, às 19h30, contará com homenagem ao diretor cearense. A ocasião conta com a presença das atrizes Fernanda Montenegro, Carol Duarte, Julia Stockler, o ator Flavio Bauraqui e a produtora Mariana Coelho.

Nesta noite também será realizada a entrega de certificados aos alunos do projeto Enel Compartilha Animação, com exibição do curta-metragem “A Máscara da Igualdade”, resultado da oficina de Cinema de Animação, conduzida pelo cineasta Telmo Carvalho.

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A abertura será parte para convidados e parte aberta ao público. O evento realizou a distribuição de 200 ingressos na bilheteria do Cineteatro São Luiz na quinta-feira (29). Para os outros dias, inclusive o encerramento, os ingressos estarão disponíveis na bilheteria, gratuitamente, uma hora antes do início de cada sessão.

O filme “A Vida Invisível” foi a indicação brasileira a concorrer uma vaga no Oscar 2020 na categoria Melhor Filme Estrangeiro e foi vencedor do prêmio de melhor filme na mostra Un Certain Regard de Cannes 2019, primeiro filme brasileiro a receber o prêmio máximo na categoria.

O longa conta a história das irmãs inseparáveis Guida, que sonha em casar e ter uma família, e Eurídice, a mais nova, pianista prodígio. Um dia, as duas são separadas para sempre e passam suas vidas tentando se reencontrar, como se somente juntas fossem capazes de seguir em frente.

Serviço

Abertura do 29° Cine Ceará com “A Vida Invisível”

Sexta-feira (30) | 19h30

Cineteatro São Luiz (Rua Major Facundo, 500 - Centro, Fortaleza - CE)

O Brasil conheceu, nesta terça (27), o nome do filme que poderá representar o país na disputa ao Oscar em 2020. O longa A Vida Invisível de Eurídice Gusmão, de Karim Aïnouz, foi o selecionado entre outras 11 produções que concorriam à vaga, desbancando um dos favoritos, Bacurau, dos pernambucanos Kléber Mendonça Filho e Juliano Dornelles. A produção passará, em seguida, por outra seleção até chegar ao Oscar.

O filme foi escolhido por uma comissão especial indicada pela Academia Brasileira de Cinema. Presidida por Anna Muylaert, diretora de Que Horas Ela Volta?, a comissão contou ainda com outros oito nomes do setor, como Ilda Santiago, diretora de programação do festival do Rio, e Walter Carvalho, um dos diretores de fotografia mais renomados do país. 

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 Vida Invisível de Eurídice Gusmão é uma adaptação do livro de Martha Batalha. O longa narra a história de duas mulheres preparadas para casar e virar donas de casa em tempos de pré-revolução sexual, na década de 1950. O filme de Karim Aïnouz estreia no dia 19 de setembro após passagem vitoriosa por Cannes, onde venceu a mostra Um certo Olhar. 

A indicação, no entanto, não garante que o Brasil estará presente na cerimônia do Oscar em 2020. Depois de cada país apontar seu representante, um comitê de 300 pessoas em Los Angeles assiste e faz uma 'peneira' entre os selecionados e escolhe apenas seis para a categoria de filmes estrangeiros. As três vagas remanescentes são definidas por um grupo paralelo formado por membros da Academia. 

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