Tópicos | vagas nas escolas

Candidata a governadora de Pernambuco pelo PSOL, Dani Portela afirmou, nesta quarta-feira (26), que a acessibilidade é uma das prioridades da plataforma de gestão defendida por ela. A postulante participou, durante a manhã, de uma caminhada no Centro do Recife em comemoração ao Dia Nacional dos Surdos. Para Dani, acessibilidade vai além de calçadas aptas para cadeirantes e vagas nas escolas públicas.

“É uma pauta essencial. Pautamos a inclusão como atitude. Tem gente que resume inclusão ao pensar em rampa, calçada, vaga em escola, mas a principal pauta hoje é a acessibilidade comunicacional que se chama acessibilidade atitudinal. Em Pernambuco falta acessibilidade de comunicação. Por exemplo, não se tem praticamente escolas estaduais e municipais bilíngues português e Libras, delegacias acessíveis para a população surda e hospital”, argumentou a candidata.

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“Não é só calçada, é ele poder como qualquer cidadão se comunicar. Quando lutamos por acessibilidade, é acessibilidade para essa população na geração de emprego e renda. Não é simplesmente se comunicar no espaço, mas ser incluída de fato na sociedade”, completou Dani Portela.

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A proposta da candidata do PSOL é de ampliar as escolas bilíngues no Estado e criar uma secretaria dedicada para pessoas com deficiências. Segundo ela, em Pernambuco 7% da população é surda e 25% tem algum tipo de deficiência. Dani Portela criticou a falta de atenção do atual governador e candidato à reeleição, Paulo Câmara (PSB), com a área.

“Ele não leva em consideração das múltiplas deficiências, desde as físicas às cognitivas. Ele não inclui essas pessoas no Estado. Quando é questionado sobre acessibilidade, o próprio governador se limita a falar de vagas nas escolas e tratamento. Como é que você tem uma propaganda, com verba pública, e não tem janela para surdos? É a segunda língua do país, uma língua oficial. Todo vídeo meu tem acessibilidade. Como você quer falar de inclusão e não trazer inclusão comunicacional na sua propaganda feita com dinheiro público?”, indagou Dani, que também criticou a falta de acessibilidade nas campanhas dos adversários Armando Monteiro (PTB) e Maurício Rands (Pros).

De acordo com a candidata, no PSOL o compromisso com a causa vai além da época de campanha. “Temos o compromisso de se comunicar de fato e isso não ser apenas uma pauta política. Tentamos trazer a coerência não só para a eleição, mas para a prática cotidiana”, ressaltou, lembrando que em 2017 o vereador do Recife, Ivan Moraes (PSOL) fez um discurso na Câmara apenas em Libras.

A provocação levou a Casa a aprovar a presença de dois intérpretes de Libras para as sessões legislativas. Durante a caminhada no Recife, a população surda apresentou uma pauta de reivindicações, entre elas a manutenção das salas bilíngues da capital pernambucana e a ampliação de profissionais na área. “Queremos concurso para professor e intérprete de Libras, além de ampliar as salas bilíngues na educação do município”, salientou o professor da Universidade Federal de Pernambuco, Antônio Carlos.

A passeata seguiu até a Prefeitura do Recife, onde uma comissão se reúne com o secretário de Educação Alexandre Rebêlo. 

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