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Uma segunda vacina contra o ebola foi introduzida de forma experimental nesta quinta-feira (14) no leste da República Democrática do Congo (RDC), dias depois da homologação oficial do primeiro tratamento.

Equipes da ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) abriram dois centros de aplicação das doses do laboratório americano Johnson & Johnson (J&J) em Goma, uma grande cidade de Kivu do Norte de um a dois milhões de habitantes, na fronteira com Ruanda.

No bairro de Majengo, na manhã desta quinta-feira, duas pessoas foram vacinadas e 41 estavam na lista de espera, indicou à AFP um porta-voz da MSF.

Responsável pela implementação deste novo protocolo, a MSF quer chegar a "50.000 pessoas em um período de quatro meses", com 23.000 doses que já foram entregues na RDC, segundo cifras desta organização.

Uma segunda dose será aplicada daqui a dois meses, detalhou a MSF em um comunicado.

Trata-se de "comprovar o bom desenvolvimento da vacina em duas doses, em uma região onde a população é muito móvel e onde houve casos no passado", acrescentou.

Em julho e agosto, foram registrados em Goma quatro primeiros casos de febre hemorrágica. As autoridades médicas temeram uma propagação da doença nesta cidade populosa, centro de intercâmbios com Ruanda, Uganda e a província vizinha de Kivu do Sul.

Nenhum novo caso de vírus do ebola foi declarado em Goma desde agosto. O epicentro da epidemia se encontra 350 km ao norte, na região de Beni-Butembo.

Declarada em 1 de agosto de 2018, esta décima epidemia de febre hemorrágica em solo congolês deixou 2.193 mortos, e 1.067 pacientes se curaram.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a epidemia "emergência de saúde pública mundial" em 17 de julho, em um chamado para arrecadar fundos.

Esta é a primeira vez que vacinas são introduzidas de forma "experimental" (sem a autorização prévia de sua comercialização) para prevenir a doença.

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