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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), segura desde o ano passado os pedidos de instalação das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) da União Nacional dos Estudantes (UNE) e do Conselho Administrativo de Recursos Federais (Carf). A demora evita constrangimentos a aliados que apoiaram Maia nas últimas eleições para o comando da Casa, como o PCdoB e o PSDB, que poderiam ser alvo de investigações.

Em mais de sete meses de gestão, Maia autorizou a criação de duas CPIs - uma para investigar a Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e outra da "indústria das multas". Seu antecessor, o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), autorizou a criação de dez comissões em quase um ano e meio na presidência. Já Waldir Maranhão (PP-MA), que assumiu o cargo interinamente após o afastamento e a renúncia de Cunha, autorizou a criação de três CPIs.

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O requerimento para a instalação da CPI da UNE foi feito em outubro de 2016, com o apoio de mais de cem parlamentares, mas está parado até hoje dependendo do aval de Maia. A CPI investigaria o suposto envolvimento de integrantes do PCdoB em desvios de recursos por parte da instituição.

Maia, que teve o apoio do partido nas duas eleições para a presidência da Câmara, teria um acordo para segurar a CPI. Em conversa reservada com um dos autores do pedido, Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), ele teria sugerido que o deputado pedisse a instalação de uma comissão mista, que não dependeria da autorização do presidente e assim evitaria "constrangimentos". Sóstenes disse que Maia se comprometeu a instalar a CPI há quase cinco meses, mas não cumpriu o combinado. "Ele assumiu o compromisso em plenário e até hoje nada. Lamento, porque tem muita coisa obscura."

Carf. O caso da CPI do Carf é similar. A comissão já havia sido instalada, mas foi encerrada em agosto, seis meses após a sua criação, e sem a votação do relatório final do deputado João Carlos Bacelar (PR-BA). Ele chegou a pedir mais prazo, mas Maia negou. À época, o parlamentar acusou o PSDB, também aliado do presidente da Câmara, de atuar para "enterrar" a CPI. Em seu relatório, Bacelar relatou dificuldades para a investigação avançar, como a falta de quórum. Por isso, ele reuniu assinaturas para convocar uma nova CPI em dezembro.

Agora, Bacelar lembrou que Maia é aliado de seu partido e o classificou como um presidente "democrático" e "solícito". "Ele demonstrou que pode deferir o pedido em breve", disse. A assessoria de Maia, contudo, informou que o pedido é o último da lista de prioridades. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A União Nacional dos Estudantes (UNE) lançou uma campanha para arrecadar doações em prol de uma caravana estudantil que deve sair de todas as regiões do país com destino a Brasília contra a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55/2016, mais conhecida como PEC do Teto de Gastos Públicos, no Senado. 

A intenção da UNE é de reunir os estudantes na capital brasileira no dia 29 de novembro, data prevista para a votação da matéria no plenário da Casa Alta, para pressionar os parlamentares a reprovar o texto. Além disso, a mobilização também pretende “repudiar” a Reforma do Ensino Médio e o projeto Escola Sem Partido. 

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De acordo com a presidente da UNE, Carina Vitral, além deles outras 30 entidades do movimento educacional, trabalhadores da educação, técnicos administrativos e professores devem aderir à caravana.

“Começamos agora uma nova fase na luta para chamar atenção dos parlamentares e da sociedade em geral por meio de uma caravana com engajamento de todas as ocupações”, disse. “Os estudantes não ocupam apenas para impedir aula, mas para dar função pedagógica, política, de posicionamento pela educação que a gente quer com protagonismo dos estudantes”, acrescentou. As colaborações estão sendo feitas diretamente na conta da UNE. 

 

 

Em meio ao quadro de instabilidade dos direitos dos estudantes e trabalhadores, a diretoria executiva da União Nacional dos Estudantes (UNE) se reuniu na última quarta-feira (12) para marcar um ato de mobilização com reivindicações em prol da educação, saúde e em outros setores.

No encontro, a UNE convocou todos os estudantes de norte a sul do país a participarem de uma Paralisação Nacional Contra os Cortes no FIES, no próximo dia 19 de outubro. Já no dia 24 de outubro as manifestações serão em conjunto com as entidades educacionais no Dia Nacional de Luta do Movimento Educacional. Os atos do dia 24 devem ser um esquenta para uma greve geral em todos os Estados convocada pelas centrais sindicais no dia 11 de novembro. Em vídeo exibido na Página oficial do Facebook, a vice-presidente da UNE convoca os estudantes para o grande ato.

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De acordo com a presidenta da UNE, Carina Vitral, o momento é difícil e precisa de atitude. “São três graves retrocessos como a PEC 241, em que um dos setores mais prejudicados nos próximos 20 anos será a educação, junto com isso a MP de mudança do ensino médio sem qualquer diálogo com as entidades e o atraso dos repasses do Fies. Estas serão nossas prioridades de luta junto com a reivindicação dos recursos do petróleo para o setor”, afirmou.

Já a presidenta da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Camila Lanes, salienta que os estudantes precisam se impor com energia e luta para derrubar as reformas que o atual governo do presidente Michel Temer insiste em impor.

“Mesmo que essa medida provisória passe, nós iremos continuar fazendo das escolas um espaço de luta, de resistência e de conscientização. Precisamos disso já que o governo quer que os estudantes de escolas públicas virem apenas mão de obra barata ao invés de fazer com que a consciência cidadã desses jovens aumente cada dia mais”, disse.

Cerca de 407 escolas e universidades continuam ocupadas. O Paraná é responsável pelo maior número, com 210 estabelecimentos estaduais. Em Pernambuco, as dependências da Universidade de Pernambuco no campus da cidade de Petrolina e da Universidade do Vale do São Francisco (Univasf) também estão habitadas pelos alunos. Além de outros estados com grandes concentrações como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e outros.

As ocupações tiveram início em 2015, quando alunos secundaristas de uma escola em São Paulo se negaram a aceitar a reorganização escolar proposta por Geraldo Alckmin, que consistia em fechar 94 escolas, atingindo cerca de 311 mil estudantes de 74 mil professores.  

Em março deste ano, estudantes cariocas também ocuparam escolas no estado para reivindicar melhorias na educação. O movimento se estendeu por quatro meses, com cerca de 80 escolas ocupadas.

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Um vídeo divulgado pela União Nacional dos Estudantes (UNE) nesta terça-feira (11) levanta mais uma vez a pauta da PEC 241. No conteúdo, o deputado federal Nelson Marquezelli (PTB) é questionado sobre possíveis cortes no setor público, principalmente no que diz respeito à educação. A resposta dada no vídeo foi a seguinte: “Tem que cortar universidade. Vamos deixar (investimento) no ensino fundamental. Quem pode pagar vai ter que pagar. Meus filhos vão pagar. Quem não tem não faz universidade. Que não tem dinheiro não faz. Vai estudar na USP porque é de graça”, declarou o deputado. Veja o vídeo a seguir:

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O depoimento gerou opiniões contrárias ao deputado nas redes sociais. “Por que não cortam benefícios próprios como auxílio moradia, carro e combustível custeados por nós, auxílio paletó, verba de gabinete, os altos salários?”, indagou uma internauta. Ainda no vídeo, o deputado tentou argumentar que é preciso conter os gastos públicos. “Não tem prejuízo. Vai ter que gastar o que tem”, disse.

Em nota publicada na sua página oficial no Facebook, Marquezelli justificou sua posição favorável a PEC 241. “O Estado não pode gastar mais do que arrecada”, declarou. Ainda de acordo com o texto, o deputado diz defender estudo gratuito para uma parcela da sociedade. “Defendo a gratuidade para a população de baixa renda em instituições públicas, mas subsidiar quem tem condições de pagar a universidade sou totalmente contra. O ajuste da PEC não retira nenhum centavo da educação e saúde, mas por outro lado, a aprovação da matéria possibilita um freio em orçamentos inflados, aumentos irreais e expectativas financeiras que destruirá a previdência pública”, diz o texto.

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O líder da bancada do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), protocolou ontem um recurso ao plenário contra a decisão do comando da Casa de enterrar a CPI da UNE. Imbassahy foi procurado por tucanos inconformados com a decisão do presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) de manter o arquivamento do pedido de instalação da comissão determinado pelo seu antecessor Waldir Maranhão (PP-MA).

O recurso do PSDB é diferente das demandas já protocoladas para colocar a CPI da UNE em funcionamento. Nos recursos de autoria dos deputados Marco Feliciano (PSC-SP) e Cristiane Brasil (PTB-RJ), o pedido é para que haja uma revisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), para depois ser analisado em plenário. Na requisição dos tucanos, o pedido é de apreciação diretamente no plenário.

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A instalação da CPI da UNE é uma demanda não só dos parlamentares da bancada, mas da juventude tucana. O grupo vai disputar o comando da entidade na próxima eleição.

Embora tenha sido um dos signatários da CPI da UNE, Rodrigo Maia avisou que não vai revogar o despacho de Maranhão sobre uma questão de ordem formulada pelo deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), seu aliado. Ao arquivar a CPI da UNE, Maranhão concordou com a tese de que não havia fato determinado para investigação. Nos bastidores, circula a informação de que Maia manteria a decisão de Maranhão em troca do apoio do PCdoB a sua eleição. Maia e Orlando Silva negam. O presidente, no entanto, disse aos tucanos que ele não voltaria atrás sumariamente da determinação do antecessor, mas que se recebesse o recurso do PSDB, pautaria no plenário.

O pedido de criação da CPI da UNE aponta seis fatos a serem investigados: a aplicação dos R$ 44,6 milhões recebidos de indenização da União por danos ocorridos na ditadura militar; associação da UNE com uma investidora suíço-brasileira para construção de um edifício comercial no Rio de Janeiro; participação da UNE no lucro do empreendimento e a exploração de salas comerciais do novo prédio; arrecadação e destinação da receita proveniente da confecção de carteiras estudantis nos últimos cinco anos; convênios entre a UNE e a União entre 2006 e 2010 para apurar o suposto uso irregular de receita em conjunto com o Tribunal de Contas da União (TCU); e convênios da União com a UNE de 2011 a 2016, onde é apontado uso irregular de receita pública.

No recurso, Imbassahy diz que a existência de fatos determinados para abrir uma investigação contra a União Nacional dos Estudantes é "incontestável". "Estando presentes todos os requisitos, entre os quais os fatos determinados e a assinatura de um terço dos membros da Casa, a comissão deve ser instalada", diz o recurso assinado pelo líder do PSDB.

O presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), afirmou que não vai autorizar a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da União Nacional da Estudantes (UNE). Mesmo após os membros da CPI terem sido escolhidos, a reunião para a instalação do colegiado foi adiada pelo parlamentar três vezes nas últimas semanas, sem qualquer justificativa do presidente da Casa. Na última terça-feira, depois de mais um adiamento, Maranhão disse ao líder do governo, André Moura (PSC-SP), que não vai instalar nenhuma CPI enquanto estiver à frente do comando dos trabalhos legislativos.

Maranhão teria dito a Moura que as CPI's são muito "polêmicas". Ele considera que terá pouco tempo à frente dos trabalhos legislativos, pois logo deverá ser substituído, e não quer se indispor com os estudantes da UNE. O presidente em exercício Michel Temer também compartilharia do mesmo sentimento. Segundo governistas, a decisão de cancelar a instalação da CPI contaria com o apoio do Temer, que quer evitar protestos durante o processo impeachment e a Olimpíada, em agosto. O ministro das Relações Exteriores, José Serra, que já foi presidente da instituição em 1963, então com 21 anos, também seria contrário à instalação.

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Escolhida para ser presidente da CPI e uma das principais defensoras do colegiado, a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) adiantou que vai entrar com um mandado de segurança até a próxima quarta-feira, 6, para garantir a instalação da comissão na Justiça. Segundo ela, Maranhão se comprometeu pessoalmente a instalar o colegiado, mas não cumpriu a sua palavra e "boicotou deliberadamente" o início dos trabalhos. "Ele podia ter sido sincero, jogado limpo, mas não, preferiu fazer os deputados de bobo", declarou a deputada. "Estamos vivendo um momento de transformações e a UNE não está imune a isso. Tem que ser passada a limpo também", defendeu.

Segundo André Moura, durante a conversa com Maranhão na última terça, ele tentou ponderar sobre a instalação, porém ele estava irredutível. Apesar disso, o líder do governo comentou que a CPI da UNE não é defendida pelo Planalto, e sim por aliados da base na Câmara. Além de Cristiane, os deputados Marco Feliciano (PSC-MT) e Bruno Covas (PSDB-SP) articulam pela abertura da CPI. Nos bastidores, deputados afirmam que o presidente interino estaria sofrendo pressões do governador do Maranhão, Flávio Dino, que é do PCdoB, partido que preside a UNE há décadas. Procurada, a assessoria de Maranhão disse que ele não iria comentar o caso.

De acordo com a Coluna do Estadão, o presidente interino da Câmara teria decretado um "feriado prolongado" de São João, nesta e na última semana, justamente para evitar a CPI da UNE. A Comissão foi anunciada pelo presidente afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no dia 4 de maio. O pedido de instalação foi apresentado pelo deputado Pastor Marco Feliciano. No requerimento, o parlamentar pedia a investigação com base em seis fatos, entre eles, como a UNE aplicou R$ 44,5 milhões recebidos a título de indenização da União pelos danos sofridos na ditadura militar e investigação de convênios do governo federal com a entidade entre 2006 e 2016.

Na próxima terça-feira (21), será instalada a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará a utilização de dinheiro público na União Nacional dos Estudantes (UNE). Pedida pelo deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), a ação se baseia em indícios de irregularidades expostos em notícias dos jornais O Globo e Tribuna da Internet. 

Segundo as informações da Câmara dos Deputados, o deputado almeja que a CPI investigue alguns pontos. Entre eles estão os convênios entre o governo federal e a UNE no período de 2011 a 2016, a aplicação de R$ 44,6 milhões recebidos pela UNE como indenização por anos ocorridos na ditadura militar, além da arrecadação da entidade com a fabricação de carteiras estudantis nos anos derradeiros.

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De acordo com a Câmara, logo após a instalação da Comissão, serão escolhidos o presidente e os vice-presidentes do colegiado, a partir de uma negociação entre os partidos. Um total de 120 dias é o prazo de funcionamento da CPI, podendo ocorrer prorrogação por mais 60 dias, caso o Plenário concorde. Na terça-feira, a previsão é que a reunião de instalação ocorra no plenário 11, a partir das 10h.

Com informações da Agência Câmara de Notícias     

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou nesta quarta-feira, 4, a criação de duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) na Casa. A primeira será para investigar indícios de uso irregular de dinheiro público pela União Nacional dos Estudantes (UNE). Já a segunda pretende apurar denúncias e supostas irregularidades na concessão do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT).

O pedido de instalação da CPI da UNE foi apresentado pelo deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP). No requerimento, o parlamentar pede a investigação com base em seis fatos, entre eles a apuração de como a UNE aplicou R$ 44,5 milhões recebidos a título de indenização da União pelos danos sofridos na ditadura militar e investigação de convênios do governo federal com a entidade entre 2006 e 2016.

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Já a CPI do DPVAT foi solicitada pela deputada Raquel Muniz (PSD-MG). A parlamentar ganhou notoriedade na votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara, quando citou o prefeito da cidade de Montes Claros (MG), Ruy Muniz, seu marido, como exemplo de honestidade. Um dia depois, o prefeito foi preso pela Polícia Federal, sob suspeita de prejudicar funcionamento de hospitais públicos na cidade para favorecer hospital privado gerido por sua família.

As duas comissões puderam ser instaladas na Câmara porque as CPIs dos Fundos de Pensão e dos Crimes Cibernéticos encerraram suas atividades nos últimos dias. De acordo com o regimento interno da Casa, só cinco CPIs podem funcionar ao mesmo tempo. Atualmente, já estão instaladas e trabalhando as CPIs para investigar irregularidades no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) e na Funai e no Incra e a "Máfia do Futebol".

As CPIs devem ser instaladas nos próximos dias. De acordo com Cunha, cada uma delas terá 29 membros titulares e igual número de suplentes. Os principais cargos das CPIs são o de presidente, responsável por conduzir os trabalhos, e de relator, que elabora parecer final que é votado e no qual pode pedir indiciamento de pessoas e empresas envolvidas. No caso das novas CPIs, os cargos ainda não foram definidos.

Com o arrefecer dos ânimos em Brasília, os petistas estão descentralizando as articulações pela conquista dos votos contra o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Apesar da contabilização real abaixo dos 172 votos necessários para arquivar o pedido, o presidente do PT em Pernambuco, Bruno Ribeiro, afirmou, nesta sexta-feira (15), que a legenda não cessará, até o último minuto, as conversas com os parlamentares da base e, até da oposição, para ampliar a adesão em favor da presidente. 

“O que está em jogo é o futuro da democracia. Este país está vivendo um absurdo. Temos um congresso cheio de réus julgando uma presidenta que não tem nenhum ato ilícito. Parecer de Tribunal é recomendação. Estamos confiantes de que teremos um número bem superior aos 172 deputados, porque nem todos são réus e nem todos seguem a um político corrupto como Eduardo Cunha”, frisou, ao participar da abertura do “Acampamento pela Democracia” na Praça do Derby, área central do Recife.

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Corroborando Ribeiro, a vice-presidente do PT-PE e deputada estadual, Teresa Leitão, afirmou que “a luta está dura, mas a expectativa é de vitória”. “Sabemos que eles estão jogando com todas as armas possíveis, republicanas ou não. Este processo tem características visíveis de um golpe. Cada vez que analisamos nossa defesa isso fica mais claro”, disse. “Até hoje eles não tem esses 342 votos, estão fazendo aquele efeito de ganhar no grito, manobrando processo de votação. O nordeste tem que reagir fortemente contra isso. Demos a vitória a Dilma com muito orgulho. A articulação permanece até o dia, a contabilidade é voto a voto”, acrescentou. 

Para o superintendente da Sudene e ex-prefeito do Recife, João Paulo, caso o impeachment passe estará sendo instaurado um “caos social” no país. “Os que estão arquitetando o golpe não tem legitimidade nem social nem internacional. A confirmação deste golpe seria levar o Brasil a um clima de instabilidade total. Uma coisa é você governar a partir de um regime democrático outra é a partir de um golpe. Isto pode levar a um conflito constante de classes”, previu. 

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Com o início da discussão para a votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara dos Deputados, militantes contra a saída da petista acampam a partir desta sexta-feira (15) na Praça do Derby, área central do Recife. A abertura do "acampamento pela democracia" aconteceu no fim da tarde, com apresentações musicais e a montagem das barracas.

Membros da Frente Brasil Popular - composta por centrais sindicais como a CUT e a Fetape -, da União Nacional dos Estudantes (UNE), de partidos como o PT, PSOL e PDT permanecem no local até a manhã do domingo (17), quando seguirão em passeata para o Marco Zero, onde um telão será montado na Avenida Rio Branco para assistirem a votação.

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Maior grupo acampado, o Movimento Sem Terra (MST) fincou varas de bambu na grama da Praça onde habitualmente só se vê frutas caídas. Famílias integrantes de assentamentos na Região Metropolitana, da Mata e do Agreste participam da mobilização. "Estaremos sempre aqui fazendo parte desta onda que se levanta contra o golpe. Estamos otimistas com a votação de domingo, estar na rua ajuda a pressionar os deputados", observou Paulo Mansan da coordenação do MST-PE.

Com um grupo de cerca de 50 pessoas, o representante do Movimento  Levante Popular, Tércio Andrade, convocou a população para ir as ruas em defesa da democracia. "Acreditamos que isso [o impeachment] é uma tentativa de golpe. E com isso a juventude será a que mais vai ser penalizada. Precisamos nos posicionar neste momento de polarização", frisou. O grupo também fará intervenções artísticas durante o período de acampamento.

Corroborando Andrade, a membro do Comlés, Vasti Maria, pontuou a necessidade de somar forças neste momento. "Precisamos engrossar o cordão com a sociedade civil, somando forças contra o golpe", afirmou, dizendo que junto com ela estavam pessoas de Gravatá, Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe e do Recife.

Além das barracas, tendas foram montadas na Praça do Derby. No palco, durante a noite de hoje e o dia deste sábado (15) os movimentos se revesam entre apresentações e discursos.

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Carta ao governador

As centrais sindicais e o PT entregaram uma carta ao governador Paulo Câmara (PSB) na noite de hoje, pedindo para que ele reveja a posição do PSB e respeite a história de Miguel Arraes. “A carta cobra responsabilidade do governador do estado, relembra a ele a história de tradição de Pernambuco e do PSB. O palácio do Campo das Princesas é um símbolo de resistência. Miguel Alencar resistiu ao golpe, pressionamos o governador para que ele não traia a história de Miguel Arraes. A carta pede que ele não envergonhe a história e o estado”, detalha o presidente da Central única dos Trabalhadores em Pernambuco, Carlos Veras.

Além dos movimentos da Frente Brasil Popular, políticos também participaram da abertura do acampamento, como o presidente do PT, Bruno Ribeiro, a vice-presidente e deputada estadual, Teresa Leitão, e o superintendente da Sudene, João Paulo. Apesar de compor o campo de oposição do governo Dilma, o PSOL tem endossado a campanha contra o impeachment da presidente e também está participando do acampamento. O deputado estadual Edilson Silva (PSOL) também esteve no acampamento.  

A sede da União Nacional dos Estudantes (UNE), em São Paulo, foi pichada na manhã deste sábado (12). Para a presidenta da UNE, Carina Vitral, não é coincidência que o “ataque” tenha acontecido um dia antes das manifestações populares pelo país.

“Reflete o que temos visto nos últimos dias, essa polarização política na sociedade apoiada no ódio e na intolerância e não no debate público. Isso demonstra que estamos do lado certo, lutando a favor da democracia, contra o ódio e a intolerância”, disse.

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Segundo Carina, a diretoria da UNE fará um boletim de ocorrência e pedirá proteção policial para a sede da entidade neste domingo (13).

Para ela, é preciso respeitar as instituições do país. “Isso nos remete a um período muito duro da nossa história. A última vez que a sede da UNE foi atacada foi em 1º de abril de 1964, quando os golpistas da ditadura militar incendiaram a sede da UNE, que ficava no Rio de Janeiro”, disse.

“Vendidos” e “Mortadelas” são alguns dos dizeres pichados no muro da UNE.

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu uma liminar (decisão provisória) para desobrigar as entidades de ensino a se filiarem a associações como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) para emitir carteiras de identificação de estudantes, capazes a gerar o benefício da meia entrada em cinemas, teatros, shows e diversos eventos culturais.

De acordo com o ministro, a exigência legal da filiação das entidades às associações nacionais caracteriza uma "ingerência estatal na autonomia das associações". "Se há problemas na expedição das carteiras estudantis e na fiscalização desse processo, são os meios de fiscalização que devem ser aprimorados, ao invés de ser suprimida uma atividade ou limitado o âmbito de atuação das associações", escreveu o ministro.

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A Lei 12.933, de dezembro de 2013, estabelece que a carteira de identificação estudantil é emitida pela UNE, pela UBES e pela Associação Nacional de Pós Graduandos (ANPG) e por entidades estaduais, municipais e diretórios acadêmicos filiados às associações. A lei foi questionada no Supremo pelo PPS, com argumento de que há violação ao princípio da liberdade de associação.

"Impõe-se o reconhecimento de qualquer entidade estudantil como plenamente legitimada à emissão da CIE (carteira de identificação estudantil), independente de qualquer filiação a outra entidade de maior abrangência territorial", sustenta o partido ao Supremo.

Senado, Advocacia-Geral da União (AGU) e Procuradoria-Geral da República (PGR) enviaram informações ao Supremo sobre o tema sustentando que o argumento do PPS é improcedente. Os advogados do Senado argumentaram que a lei foi editada para barrar a emissão de documentos de "forma desordenada e fraudulenta". A AGU afirmou que a lei de 2013 aprimorou o sistema anterior que "inviabilizava o controle do Estado e da sociedade quanto à autenticidade do documento".

Para Toffoli, contudo, o aperfeiçoamento do sistema não pode prejudicar outros direitos fundamentais, como o da liberdade de associação. "Entendo, ademais, que o ato de emitir carteira estudantil é ínsito à atividade educacional, cabendo à própria instituição à qual está vinculado o estudante atestar, para todos os efeitos legais, que o aluno ostenta essa condição", decidiu o ministro.

A decisão, tomada no último dia 19 e atualizada no sistema do STF nesta terça, 29, tem vigência imediata, mas ainda será discutida pelo plenário do STF.

Dirigida há mais de 20 anos pelo PC do B, partido mais fiel aos governos petistas, a União Nacional dos Estudantes (UNE) abre seu 54º Congresso Nacional nesta quarta-feira (3) em Goiânia, marcando posição de contraponto aos movimentos que, em março e abril deste ano, ganharam as ruas - espaço tradicionalmente ocupado pelos estudantes - para pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

No evento que segue até domingo (7), as discussões orbitarão em torno de dois motes principais: a defesa da democracia e as críticas ao governo, principalmente ao ajuste fiscal promovido pela equipe econômica e a redução dos recursos destinados à educação. Dilma Rousseff deverá ser poupada.

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Na década de 1990, a UNE liderou os principais atos de rua contra presidentes, como as marchas pelo impeachment de Fernando Collor, em 1992, e o "Fora FHC", em 1999. Nos governos petistas, entretanto, a UNE passou a compor, ao lado de movimentos como o dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), a base de sustentação com as organizações sociais.

Em março e abril, quando o governo federal enfrentou o momento de maior tensão com a presença maciça de pessoas nas ruas para pedir o impeachment da presidente, UNE, MST, MTST e centrais ligadas aos direitos dos trabalhadores organizaram marchas "em defesa da democracia". Na prática, foram manifestações de apoio ao governo.

"Quando vamos pedir mudanças na economia estamos apontado rumos democráticos", diz a presidente da UNE, Virgínia Barros. Segundo ela, a UNE toma cuidado em não focar suas críticas em Dilma para não ser confundida com grupos de "viés antidemocrático".

Bandeiras

Ela afirma que no congresso a UNE vai firmar posição contra a maioridade penal e o financiamento empresarial de campanha e apoiar a reforma política e a luta pela educação. "Os cortes de R$ 9 bilhões na educação vão de encontro a conquistas importantes dos últimos anos, como a aprovação do Plano Nacional de Educação e a destinação de recursos do pré-sal para o setor", diz Virgínia.

No congresso são esperados 10 mil estudantes. Na eleição marcada para domingo, a expectativa é de que, mais uma vez, o PC do B renove a liderança da UNE, com a candidatura da estudante da PUC-SP Carina Vitral, representante da ala majoritária do Movimento Abre Alas.

Ao falar das recentes decisões do governo na educação, Carina mescla críticas ao corte no setor com elogios a medidas como a aprovação do Plano Nacional de Educação. "Ainda que exista restrição, que seja com critérios claros e definidos", diz ela sobre as mudanças no acesso ao Financiamento Estudantil (Fies). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As manifestações promovidas ontem pela CUT, UNE, MST e outras entidades, a dois dias dos protestos que pedirão o "Fora Dilma", levaram cerca de 30 mil pessoas às ruas em 24 Estados, segundo estimativas da Polícia Militar. Convocadas como atos de defesa da democracia e das instituições, as concentrações foram pacíficas e marcadas pela exaltação da presidente Dilma Rousseff, discursos "contra a privatização da Petrobrás" e ataques aos grupos que pedem o impeachment da petista.

Em São Paulo, o ato reuniu cerca de 12 mil pessoas, segundo a Polícia Militar - os organizadores falam em 100 mil. A concentração foi em frente ao escritório da Petrobrás, na Avenida Paulista. Os trabalhadores iniciaram a marcha por volta das 16 horas, uma hora depois do que havia sido combinado com a PM para evitar confrontos com o Revoltados On Line, um grupo anti-Dilma que havia marcado protesto no mesmo local às 15h. O grupo só chegou ao local às 17h.

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A marcha seguiu pela Avenida Paulista e, em frente ao Masp, somou-se ao ato organizado pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). Em assembleia, os professores da rede estadual decidiram entrar em greve por tempo indeterminado (mais informações abaixo). O grupo seguiu até a Praça Roosevelt, no centro, onde encerrou o ato.

Do alto dos seis carros de som estacionados no local, lideranças fizeram referências a bandeiras trabalhistas, como a retirada das Medidas Provisórias nºs 664 e 665, que alteram regras para acesso a benefícios como seguro-desemprego, auxílio-doença e pensão por morte.

Nos discursos, entretanto, predominaram a "defesa das instituições democráticas", a reforma política e o repúdio à "tentativa de golpe" e "à privatização da Petrobrás", além dos riscos ao pré-sal. Em bandeiras, cartazes e camisas via-se mais frases como "Fica Dilma! Em defesa da democracia" e emblemas das centrais do que pautas trabalhistas. Em alguns momentos foi entoado o coro "Olê olê olê olá, Dilma, Dilma".

O presidente da CUT, Vagner Freitas, reafirmou que o ato não é em defesa do governo, mas da democracia e da Petrobrás. "Somos contra a corrupção. Corrupto tem que ser preso. Agora, não vamos quebrar a Petrobrás. Não podemos, com um discurso de ser contra a corrupção, preparar a empresa para a privatização. É isso que queremos alertar a população brasileira", disse. Freitas criticou a política econômica atual nas entrevistas, mas poupou a presidente no alto do carro de som.

A fala do dirigente coincide com os discursos dos petistas nas redes sociais e com os argumentos usados pelo ex-presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, na CPI que investiga a estatal na Câmara. "O modelo regulatório do pré-sal está sob risco. As ameaças que estão sendo feitas à Petrobrás, a tentativa de enfraquecê-la e desmontar a cadeia de fornecedores de petróleo e gás, ameaça seriamente o desenvolvimento da produção do pré-sal no prazo previsto", disse ele na quinta-feira.

Ontem, Gabrielli participou do ato em Salvador na linha de frente de um protesto esvaziado. Segundo a PM, 800 pessoas participaram. A CUT-BA afirma que foram 3.000. "Não se pode condenar a Petrobrás, que é uma empresa séria e que tem seus sistemas de controle", disse ele, aplaudido pelos manifestantes. No discurso, chegou a elogiar as investigações da Operação Lava Jato e disse estar "surpreso" com os esquemas descobertos de desvios de recursos na empresa.

No Rio, o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) João Pedro Stédile disse que "a direita está fazendo tentativa de homicídio pelas redes sociais". Stédile se referiu à montagem que circula pelo Facebook, em que ele aparece com a inscrição "Procurado" e oferece "recompensa" de R$ 10 mil a quem capturá-lo "vivo ou morto" (mais informações na pág. A6).

No Recife, a manifestação lotou a Praça da Independência e teve ciranda, batucada de maracatu, bandeiras vermelhas. Os discursos foram em defesa da Petrobrás, pela democracia, pela reforma política e reforma agrária. Houve também repúdio às MPs do ajuste fiscal, aos pedidos de impeachment e de intervenção militar. O presidente da CUT-PE, Carlos Veras, participação de cinco mil pessoas, enquanto a PM calculou que o número foi de mil.

'Golpismo'.

Houve ataques à "mídia golpista" e pedidos de regulamentação. O dirigente estadual do MST, Jaime Amorim, afirmou não ver necessidade para uma mobilização pró-Dilma neste momento. "Também temos críticas ao governo em relação às perdas dos trabalhadores", frisou. Segundo ele, o povo e os movimentos sociais terão que ir às ruas pela presidente somente se a defesa do impeachment crescer.

O ministro da Cultura, Juca Ferreira, reconheceu que a "esquerda errou muito no poder" e defendeu a retomada de "um projeto generoso" para o Brasil. Ele fez crítica ainda aos casos de corrupção envolvendo integrantes do governo. "Não podemos parecer com a direita. Nós não temos direito de acesso à corrupção", afirmou Ferreira, para uma plateia de estudantes universitários e do ensino médio, quer participava da 9.ª Bienal da União Nacional dos Estudantes, na Lapa.

Muito aplaudido, Ferreira falava sobre o suposto crescimento da direita no Brasil. "A direita nunca foi tão forte no Brasil. Eles estão produzindo líderes que podem se tornar absolutamente perigosos. Eu seria hipócrita se não dissesse que a esquerda errou muito no poder. Não podemos parecer com a direita. Nós não temos direito de acesso à corrupção. A corrupção é um mecanismo da direita, de desmoralizar o Estado, é uma maneira de garantir que a população desacredite nas lideranças, desacredite nos partidos, que não tenha esperança. Nós ajudamos nesse momento difícil que o Brasil está passando. Toda vez que a esquerda se parece com a direita, quem ganha é a direita. É preciso retomar rapidamente um projeto generoso, onde caibam todos os brasileiros e brasileiras", afirmou.

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Ferreira encontrou uma plateia muito mais amistosa que o ministro Miguel Rosseto, da Secretaria-geral da Presidência, vaiado na segunda-feira, 2, por militantes do PSOL. Rosseto foi apupado ao afirmar que "não há reforma neoliberal e não há corte em nenhum programa social do povo brasileiro" no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT). Hoje, a público era formado basicamente por integrantes da União da Juventude Socialista, ligada ao PCdoB.

O ministro foi saudado como ex-presidente da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes). Diante da principal demanda dos estudantes - a regulamentação da Lei da Meia Entrada -, disse que a questão estaria resolvida "se dependesse da uma canetada" sua. Mas não detalhou em que bases se daria essa regulamentação.

"A meia entrada historicamente é o mecanismo para que a juventude tenha acesso à cultura. Houve evolução enorme nas negociações. Eu sugiro que a UNE entre em contato com a representação dos artistas porque é fundamental que essa regulamentação seja feita", afirmou.

O ministro Miguel Rossetto, da Secretaria-Geral da Presidência, foi vaiado e chamado de mentiroso por militantes do PSOL ao afirmar, em discurso na 9.ª Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE), no Rio, que "não há reforma neoliberal e não há corte em nenhum programa social do povo brasileiro" no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT).

"Esse é o discurso da direita. É a fala da Rede Globo", acrescentou o ministro, enquanto parte da plateia gritava: "O povo não é bobo, o ministro é mentiroso!". Cerca de 600 pessoas lotaram o térreo da Fundição Progresso, na Lapa (centro do Rio), para acompanhar a fala de Rossetto sobre reforma política. O grupo estava dividido desde o início do debate. De acordo com a UNE, foi a "primeira grande reunião do novo ministro com movimentos sociais".

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À esquerda do palco, militantes de correntes ligadas ao PSOL criticavam o ajuste fiscal e o corte de direitos trabalhistas anunciados pelo governo Dilma, reeleita com o apoio de integrantes do PSOL. Em coro e usando instrumentos de percussão, eles já haviam interrompido algumas vezes o discurso de Rossetto com gritos como: "É o maior tarifaço que eu já vi; contra o ajuste da Dilma e do (Joaquim) Levy!" ; "Ô Rossetto, que palhaçada, cadê a reforma agrária!" e "O que que aconteceu? O governo Dilma abraçou a Kátia Abreu!".

À direita, militantes principalmente do PT e do PC do B aplaudiram e defenderam Rossetto. O grupo cantou o jingle de campanha "Olê, olê, olá, Dilma, Dilma!" e atacou a Corrente Socialista dos Trabalhadores (CST), ligada ao PSOL: "A CST é de direita!".

O ministro reagiu pelo menos três vezes afirmando que considerava "uma piração, uma maluquice total" a atitude dos críticos, mas acabou conseguindo terminar seu discurso. As vaias só vieram quando ele, já nas considerações finais, após as falas de vários militantes, defendeu as medidas anunciadas pelo governo, afirmando: "Nós não estamos na Grécia. O Brasil iluminou o povo grego para lutar". Pouco antes, uma estudante havia acusado o governo do PT de realizar um "estelionato eleitoral" para "agradar aos banqueiros". "Tem de cortar é dos ricos", disse ela.

Após o debate, em entrevista, Rossetto, molhado de suor, minimizou o embate: "Isso faz parte da democracia do nosso país. Tão importante quanto as manifestações foram os aplausos." Seguranças formaram um cordão para a saída do ministro. Ele deixou o local sob gritos de: "O povo não é bobo, o ministro é mentiroso!"

Na próxima segunda-feira (24) a União Nacional dos Estudantes (UNE) irá promover a Pré-Bienal, que será realizado no Recife Antigo. O evento promete reunir cerca de 10 mil estudantes universitários, em atividades como debates e oficinas culturais. A mesa será realizada no Teatro Arraial, com o tema ‘Vozes do Brasil – Construindo Brasilidade’.  Já as oficinas de Frevo e Maracatu serão ministradas na Rua da Moeda, a partir das 14h. Além dessas atividades também haverá exposição de Xilogravura, Artes Visuais, desfile de blocos e shows.

Confira a programação:

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10h - Teatro Arraial 

Debate sobre o tema "Vozes do Brasil - Construindo a Brasilidade"

14h - Rua da Moeda 

Exposição de Xilogravura com Ricardo Pessoa.

Exposição de Artes Visuais com Mario Bross.

Oficina de Frevo com a Cia. Escola de Frevo.

Oficina de Maracatu com PERNAMBATUQUE.

16h - Rua da Moeda 

Desfile do bloco Reforma Política Democrática e Eleições Limpas 

18h - Rua da Moeda 

Shows com as bandas A Cria, Xexéu de Bananeira, Serrapilheira, 3 Na Ladeira, Banda Etnia PE, Joana Flor de Maria, Café Plural e Sem peneira pra suco sujo. 

A União dos Estudantes (Une) realiza, no próximo sábado (24), sua pré-Bienal 2015, uma pequena mostra do que será a Bienal da Une Nacional - maior festival de cultura estudantil da América Latina que será realizado no Rio de Janeiro entre os dias 1º e 6 de fevereiro. O evento pretende estimular os estudantes a embarcarem na caravana pernambucana rumo à cidade maravilhosa. 

As atividades começam às 10h com um debate sobre o tema da bienal, Vozes do Brasil - Construindo a Brasilidade, no Teatro Arraial. Em seguida, às 14, serão realizadas oficinas de frevo e maracatu alémd e exposições de xilogravura e artes visuais, na Rua da Moeda. Também haverá o desfile do bloco carnavalesco sobre a Reforma Política, percorrendo as ruas do Recife Antigo com uma orquestra de Frevo. 

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Para encerrar o dia de ações, as bandas A Cria, Xexéu de Bananeira, Serrapilheira, 3 Na Ladeira, Etnia PE, Joana Flor de Maria, Café Plural e Sem peneira pra suco sujo se apresentam na Rua da Moeda, a partir das 18h.

Programação

10h - Teatro Arraial 

Debate sobre o tema "Vozes do Brasil - Construindo a Brasilidade"

14h - Rua da Moeda 

Exposição de Xilogravura com Ricardo Pessoa.

Exposição de Artes Visuais com Mario Bross.

Oficina de Frevo com a Cia. Escola de Frevo.

Oficina de Maracatu com PERNAMBATUQUE.

16h - Rua da Moeda 

Desfile do bloco Reforma Política Democrática e Eleições Limpas 

18h - Rua da Moeda 

Shows com as bandas A Cria, Xexéu de Bananeira, Serrapilheira, 3 Na Ladeira, Banda Etnia PE, Joana Flor de Maria, Café Plural e Sem peneira pra suco sujo.  

A Caravana Pernambuco, que levará estudantes para a 9ª Bienal da UNE, no Rio de Janeiro, está com inscrições abertas para os interessados em participar do evento. O procedimento pode ser feito pelo telefone (81) 9616-5548 ou pelo e-mail melkaroberta@hotmail.com.

O evento será realizado de 1ª a 6 de fevereiro e a expectativa é de um público de cerca de 10 mil estudantes. As atividades da Bienal serão realizadas no bairro da Lapa.

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Quem ainda quiser mandar trabalhos para a Bienal pode enviar os projetos até o dia 15 deste mês, por meio do site do evento. A Bienal foi criada em 1999 e é uma das principais ações que expõem os trabalhos desenvolvidos pelos estudantes nas universidades. Músicas, teatro, tecnologia, entre outras áreas, também fazem parte do evento.

 

A nona Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE) será realizada de 26 de janeiro a 1º fevereiro de 2015, no Rio de Janeiro. Segundo a organização do evento, são esperados mais de 10 mil estudantes de todas as partes do país para celebrar a diversidade cultural produzida dentro e fora das universidades brasileiras. O encontro abordará o tema “Vozes do Brasil” e faz um convite à reflexão sobre a linguagem no Brasil, a variabilidade linguística e seus diferentes registros, bem como a relação da fala e da escrita com os diferentes lugares sociais de um país ainda marcado por fortes desigualdades.

“As bienais da UNE sempre se debruçaram sobre a investigação da formação cultural e da identidade do povo brasileiro. Dessa vez, vamos mergulhar nessa discussão através da nossa língua, além de fazermos um grande chamado ao que há de novo na produção cultural e artística que ocorre nas universidades e ruas do nosso país”, destaca a diretora de Cultura da UNE, Patrícia de Matos, segundo informações da assessoria de imprensa.

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A Bienal é aberta a qualquer estudante. A inscrição para os participantes que querem fazer oficinas, ir aos shows e participar dos debates e outras atividades tem o valor de R$60. O prazo da inscrição é de 1º de novembro de 2014 a 18 de janeiro de 2015. Já para os estudantes que vão participar por meio da inscrição de trabalhos na mostra selecionada, a taxa é de R$10. As áreas que receberão trabalhos são: música, artes visuais, literatura, audiovisual, artes cênicas, ciência e tecnologia e projetos de extensão.

As inscrições devem ser feitas pelo site da UNE e, em breve, diretamente no hotsite do evento. Para obter mais informações, os estudantes pode contatar os organizadores do evento através do endereço eletrônico contatobienal@une.org.br

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