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Até chegar ao PSL, o presidente Jair Bolsonaro passou por sete partidos em 31 anos de vida pública. Ele escolheu a sigla como uma espécie de novo guarda chuva para concorrer ao pleito de 2018 e, além de se eleger, conseguiu angariar votos para uma gama de políticos transformando a legenda na dona da segunda maior bancada da Câmara dos Deputados. Mas, até quando Bolsonaro e seu clã permanecerão no PSL? 

As indagações vêm percorrendo as principais reuniões políticas de Brasília porque o crescimento do PSL e seu direito a uma fatia grande do fundo partidário e do eleitoral tem sido o plano de fundo das brigas internas capitaneadas, de um lado pelo presidente, seus filhos e aliados, os bolsonaristas, e do outro por bivaristas, como estão sendo chamados os que estão alinhados ao presidente nacional da legenda Luciano Bivar (PE). 

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Jair Bolsonaro, inclusive, já chegou a ameaçar o desembarque do partido e disse que com ele sairiam inúmeros deputados, mas como as regras eleitorais não deixam muitas brechas para a mudança de partido e os parlamentares poderiam perder seus mandatos, ele adotou uma postura de cautela. Contudo, vez ou outra, solta frases de ruptura com o PSL como nesta segunda (28). 

“O ideal agora é [tratar] como se fossem gêmeos xifópagos [ligados entre si por uma parte do corpo]. Precisa separar. Cada um segue seu destino", cravou sobre a crise interna. 

O questionamento agora é: qual partido quer a família Bolsonaro em suas hostes? Desde que iniciou o imbróglio, o Patriotas - partido com o qual o presidente havia firmado um compromisso de filiação antes de ingressar no PSL - colocou-se à disposição para abrigar Bolsonaro e seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro. 

Em meio às brigas internas, o chefe do Executivo Federal também chegou a conversar com o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, mas negou que tenham tratado sobre uma eventual filiação. 

Além disso, a União Democrática Nacional (UND) que está em fase final de criação já declarou estar de portas abertas para abrigar o presidente e seu clã.  

Pelo visto, apesar das opções já postas, Jair Bolsonaro não pretende escolher entre as legendas. Ele admitiu, nesta segunda, que já estuda a criação de um novo partido. Desta forma, com as suas próprias regras e sob sua batuta, as dificuldades internas seriam mais facilmente resolvidas por ele e seus filhos, como vem fazendo quando surgem fissuras entre seus herdeiros e os ministros do seu governo.  

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