Acabou para o Leão. Com a vitória do Juventude diante do Bragantino, nesta terça-feira (30), o Sport está matematicamente rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro. Ocupando a vice-lanterna da primeira divisão, o time rubro-negro tem 33 pontos e não consegue mais deixar o Z4.
Mas vamos combinar que o fim de ano melancólico do Sport não foi surpresa para ninguém. Nada deu certo para o Leão nesta temporada, dentro e fora de campo. A queda foi apenas uma das trapalhadas da gestão. Vamos analisar cinco pontos que fizeram a torcida ter um 2021 para esquecer.
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O 'Venturismo' flopou
Empolgado pela permanência na Série A, o Sport renovou com o técnico Jair Ventura para começar 2021 voando. Deu tudo errado. Com ele no comando, o Leão amargou uma eliminação na primeira fase da Copa do Brasil, para a Juazeirense, e fez uma péssima campanha na Copa do Nordeste, eliminado ainda na fase de grupos.
Era Louzer
Saiu Jair, entrou Umberto Louzer. A derrota para o Náutico, na final do Campeonato Pernambucano, não entra na conta, pois o novo treinador tinha acabado de chegar. Mas aí veio o Campeonato Brasileiro e o homem não empolgou. Ele deixou o clube ainda no primeiro turno da competição, já na zona de rebaixamento, em 18° lugar, após conquistar apenas 15 pontos em 17 jogos.
Presidentes demais
A crise não foi só dentro das quatro linhas. E começou ainda em novembro de 2020, quando Milton Bivar pediu licença do cargo de presidente por problemas pessoais. Carlos Frederico assumiu.
Depois, o mesmo Bivar, que quando deixou o cargo prometeu não concorrer à reeleição, voltou atrás e venceu o pleito em abril desse ano. Ficou confuso? Calma, que piora. Em junho, dois meses após ser reeleito, Milton Bivar renunciou mais uma vez.
Coube ao presidente do conselho deliberativo, Pedro Leonardo Lacerda, assumir interinamente o comando executivo e convocar novas eleições. Em julho, Leonardo Lopes vence o pleito e assume. Era o quarto presidente do Sport em menos de um ano.
Sua gestão durou até outubro, quando renunciou e passou o cargo para seu vice, Yuri Romão, que está com o pepino até hoje.
Caso Pedro Henrique e demissão da diretoria de futebol
O que causou a queda de Leonardo Lopes foi um dos casos mais bisonhos dos últimos anos no futebol pernambucano. Emprestado pelo Internacional, o zagueiro Pedro Henrique foi o pivô de uma grande confusão na Ilha do Retiro.
Não deu em nada, é verdade, mas o fato de que sua escalação em quatro partidas poderia ter rendido a perda de 17 pontos ao Sport, fez com que toda a diretoria de futebol rubro-negra pedisse demissão.
Mas teve mais. Os reforços Nicolas Aguirre, Vander, Jeferson e Saulo, que foram contratados para reforçar o time na Série A, não foram inscritos a tempo e ficaram impossibilitados de jogar. Pega essa várzea.
Atacantes 'perronhas'
Não dá pra colocar a culpa pelo rebaixamento rubro-negro em um ou dois jogadores, mas vamos combibar que o Sport contratou uns ‘goleadores’ que não fizeram nada. O futebol de Thiago Neves, que tinha ficado do elenco de 2020, sumiu esse ano, quando só marcou dois gols.
André, ídolo em 2015 e 2017, voltou marcando na estreia, contra o Internacional, em Porto Alegre. Depois, ficou 10 jogos sem fazer gol e só veio balançar as redes na derrota para o Fluminense, na Ilha do Retiro. Foi embora sem deixar saudades, em outubro.
Quem ficou para resolver foram os meninos da base. Mikael e Gustavo foram as boas surpresas do ano, mas quando eles não estão em campo, o banco não ajuda. Paulinho Moccelin só tem 3 gols na Série A e Tréllez fez apenas 1. Não à toa, é o pior ataque da competição até aqui.