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Expressões surgidas no período da escravidão no Brasil são ainda utilizadas atualmente, seja por costume ou falta de conhecimento do significado. Naturalizar esses termos é perpetuar o racismo estrutural no ambiente de trabalho e em outras esferas sociais. Ao LeiaJá, o professor de linguagens e redação, Diogo Xavier, lista algumas expressões de cunho racista que você deve eliminar no trabalho. Confira:

Da cor do pecado: "Possivelmente remete ao fato de que mulheres escravizadas eram alvo do desejo dos escravistas, que as assediavam ou estupravam, traindo suas esposas. A expressão coloca nas próprias vítimas a culpa de fazerem os homens caírem em 'tentação'". 

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Nhaca: "Usada para falar de mau cheiro, vem do nome de uma ilha, em Moçambique. Assim como “catinga” (referência à caatinga) associa aos nordestinos mau odor, “nhaca” lança esse estereótipo a pessoas pretas". 

Feito nas coxas: "Como as telhas de argila eram moldadas nas pernas de pessoas escravizadas, fazendo com que seus formatos fossem irregulares. A expressão é usada para se referir a um trabalho feito de qualquer jeito, mal feito".

Macumbeiro, “chuta, que é macumba”: "Macumba trata-se de um instrumento usado em cultos candomblecistas. Quando usado para se referir a rituais satanistas ou com intenções ruins, reforça um estereótipo que demoniza as crenças de origem africana".

À reportagem, o docente salienta que "nem todas as expressões ditas racistas de fato o sejam em seu surgimento". No entanto, ele observa sobre a possibilidade de substituí-las e, assim, "evitando perpetuar discriminações que remetem a uma longa história de exploração e sofrimento, é válida a remodelagem de nosso vocabulário". 

 

Com bordões divertidos e jeito nonsense, Félix Khoury (Mateus Solano) vem caindo no gosto dos brasileiros. O personagem rouba a cena cada vez que aparece na novela global Amor à Vida e conquista a atenção dos telespectadores, se tornando o mais novo queridinho das redes sociais. Mas não é só por conta de seu jeito divertido que o vilão vem caindo no gosto dos brasileiros, seu estilo moderno e descolado promete invadir as ruas e tomar conta dos guarda-roupas masculinos durante os próximos meses.

Pensado minuciosamente, o visual do mau-caráter é um show à parte. Sempre impecável, ele destila seu veneno usando belas peças de alfaiataria que caem como uma luva em seu corpo. Em uma matéria para o site da novela, a figurinista Labibe Simão contou que definiu dois estilos diferentes para a personagem: um em 2001 e outro para a segunda fase, em 2013. Durante o primeiro momento, ele usa roupas dentro do estilo navy, com tons claros, vermelhos e azuis.

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O estilo navy é ótimo para homens jovens que pretendem passar a imagem de descolados. Clássico, o visual com inspiração nos modelos usados na marinha são ótimos para dias de sol, mas não perdem sua sofisticação à noite. Perfeito para quem espera se sentir confortável e estiloso durante todo o dia. Já na fase 2013, o irmão de Paloma (Paolla Oliveira) aparece com looks mais voltados para o ambiente de trabalho, executivos, porém sem perder seu toque pessoal.

Ternos slim - mais ajustados - foram eleitos para compor o figurino do administrador. As camisas sempre com toques de cor recebem o auxílio de gravatas finas, coroando o look moderno e único. Perfeitas para pessoas mais altas, ou que queiram alongar seu corpo, as gravatas usadas por ele são um charme à parte e ajudam até mesmo aqueles que não são tão magrinhos como o ator a passar uma impressão visual mais ajustada.

A roupa mais famosa do guarda-roupa masculino tem, cada vez mais, etiqueta asiática no Brasil. Com presença crescente nas vitrines brasileiras, o terno importado da China dobrou em volume de 2007 a 2011, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). Somente no ano passado, a compra de modelos deste tipo de roupa chineses totalizou US$ 36,8 milhões. O Instituto de Estudos e Marketing Industrial (Iemi) aponta que, em 2011, foram vendidos 8,2 milhões de ternos no País, entre nacionais e importados. A entidade não tem um número exato para cada procedência.

Custo e qualidade polarizam as discussões sobre os motivos que sustentam o aumento da participação das importações. Fabricante de Osasco, a Raphy Indústria Têxtil consolidou-se há cinco décadas na produção de camisas, mas decidiu importar ternos para venda há dois anos. Até o fim do ano passado, mais de 20 mil peças confeccionadas com tecido de poliéster com viscose chegaram ao Brasil pela empresa. Todas provenientes da China.

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A diretora de produto da Raphy, Magda Gamberini, explica que a fabricação própria nem sequer foi cogitada. Segundo ela, os custos da produção nacional e a falta de mão de obra qualificada inviabilizam a atividade no País. "Mesmo com o dólar em alta, é mais compensador importar", assegura.

O presidente da Abit, Aguinaldo Diniz Filho, critica o que classifica de "invasão chinesa". Para ele, as peças têm qualidade inferior e são forjadas em condições não competitivas - subsídios governamentais e a mão de obra barata, principalmente. "Eu gostaria de ver uma fábrica chinesa produzindo terno no Brasil. Não falta eficiência ou inteligência nos produtos brasileiros", diz. Segundo ele, os números mostram a convergência das exportações para o Brasil no período de retração dos mercados europeu e norte-americano. O presidente da Abit entende que o País se tornou um mercado atrativo diante da crise global.

Com tecido poliéster, o quilo do terno (uma peça tem, em média, 1,1 kg) fabricado na China custa cerca de US$ 15 (o equivalente a pouco mais de R$ 30), de acordo com a Abit. O mesmo produto vindo de Portugal, ainda segundo a Abit, custa em torno de US$ 140 (quase R$ 290). Pelos cálculos da Raphy, o custo de uma peça equivalente, mas fabricada com tecido e mão de obra brasileira sai por R$ 80,00. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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