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A cidade de Caieiras (Grande São Paulo) inaugurou hoje a maior termelétrica sustentável do Brasil. Movida a gás metano produzido por um aterro sanitário, a Termoverde Caieiras gera 29,5 megawatts (MW), o que é suficiente para abastecer cidades como Guarujá, Taubaté ou Limeira. Com a geração a partir de metano, a empresa evita a liberação de gás de efeito estufa para a atmosfera, processo que antes era executado pelo processo de flare, que é a queima controlada que transforma metano em gás carbônico e diminui o impacto no meio ambiente e, principalmente na camada de ozônio.

A professora Suani Teixeira Coelho, coordenadora do Grupo de Pesquisa em Bioenergia (Gbio), do Instituto de Energia e Ambiente (IEE-USP), destacou a importância de se descentralizar o fornecimento de energia elétrica. “Se olharmos só para esse número - 30 megawatts -, as pessoas podem achar pequeno, porque têm Itaipu, que gera 11 mil MW, mas é justamente a nova proposta energética, em termos até mundiais, da chamada geração descentralizada, quer dizer, são feitas pequenas gerações em vários produtores, que têm uma logística muito mais fácil”, explicou.

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Além da diminuição dos custos com transmissão, o benefício de geração de energia a partir de fontes renováveis pode acabar com a dependência de combustíveis fósseis e terá um grande impacto no longo prazo. Além do metano gerado pelos aterros sanitários, resíduos de cana-de-açúcar, bagaços de frutas, esterco e demais resíduos agrícolas orgânicos também podem ser utilizados nesse processo, ajudando a solucionar problemas de armazenamento de lixo recorrentes em grandes áreas urbanas e rurais.

O esforço de gerar energia a partir de matriz renovável é recompensado através de créditos fornecidos por certificações de redução ou não-emissão de carbono na atmosfera estipuladas pelo tratado de Kyoto. Esses créditos são negociados com países que não conseguem ou não tem intenção de diminuir suas emissões.

Portaria do Ministério de Minas e Energia, publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira, 24, reconhece a necessidade emergencial de geração de energia elétrica, no montante de 10 MW, de forma excepcional e temporária, no município de Santarém (PA). Para a geração da energia, a Usina Termelétrica Santarém (UTE Santarém) será acionada a partir de 1º de janeiro até que entre em operação a "solução estruturante para suprimento às cargas do Tramo Oeste".

Ainda de acordo com a portaria, os custos fixos e variáveis associados à geração de energia elétrica pela UTE deverão ser aprovados e autorizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e serão cobertos por meio do encargo destinado à cobertura dos Custos do Serviço do Sistema.

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Em reunião realizada em novembro deste ano, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apresentou nota técnica referente à região oeste do Pará, denominada Tramo Oeste, relatando que o sistema de transmissão, de grande extensão, vinha apresentando "elevado carregamento e, em consequência, desligamentos de colapso de tensão". Em razão disso, uma das ações de curto prazo e emergencial destacada é exatamente a instalação de um montante de 10 MW de geração térmica em Santarém.

Com a assinatura do protocolo de intenções nesta terça-feira (13) para a instalação de uma planta de energia termelétrica com capacidade de gerar 1.452 Megawatts por hora, a unidade instalada no Complexo de Suape será maior a maior do mundo. O projeto está avaliado no valor de R$2 bilhões. Na negociação entre o governo de Pernambuco e a empresa Star Energy Participações, do Grupo Bertin, o governo está concedendo incentivo fiscal com a isenção de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços).

“Escolhemos Pernambuco para fazer o nosso maior empreendimento de energia e maior térmica do mundo. São 1.452 MW, o suficiente para produzir energia para toda a Grande Recife num eventual colapso”, disse Fernando Antônio Bertin, diretor do grupo.

O empreendimento prevê ainda a instalação de um Terminal de Armazenagem de Granéis Líquidos para armazenar o combustível que será utilizado na usina. A expectativa é de que 2.500 empregos, entre diretos e indiretos, sejam gerados quando a unidade entrar em operação, e outros quatro mil sejam abertos durantes as obras.

Após dois anos de construção civil, a termelétrica será a terceira a funcionar em Pernambuco. Sua capacidade supera a soma das outras duas. “Para vocês terem uma ideia, a Suape Energy, outra planta térmica em implantação lá em Suape, tem 380 megawatts e a Termopernambuco tem 530”, comparou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Júlio.

Para o governador Eduardo Campos, o aumento na geração de energia no estado garante o crescimento sustentável do ciclo virtuoso da economia pernambucana. “Na verdade, estamos desafiados a construir uma termelétrica que é a metade da produção de energia da Usina de Xingó, a última hidrelétrica construída ao longo do São Francisco pela Chesf”. A Usina de Xingó possui 3.162 MW de potência instalada.

Fernando Antônio Bertin fez questão de destacar também o apoio recebido do governo do Estado, que concedeu incentivos de ICMS e 94 hectares para a implantação das plantas (80 hectares no Cabo de Santo Agostinho e 14 na Zona Industrial de Ipojuca). A primeira área vai abrigar a termelétrica e a segunda será destinada à implantação do Terminal de Armazenagem de Graneis Líquidos. “Foi fundamental a recepção que a gente teve do governo. Isso foi determinante para que a gente viesse para Pernambuco”, ressaltou Bertin.

O projeto do Terminal de Armazenagem de Granéis Líquidos está diretamente relacionado ao da Termelétrica, que utilizará óleo combustível, mas permitirá também a movimentação de outros insumos, ampliando a capacidade de armazenagem do Polo de Graneis Líquidos em Suape. “Esse vai operar cerca de 6 mil toneladas/mês de óleo combustível, ou seja, uma movimentação importante para o Porto de Suape”, afirmou Geraldo Júlio, lembrando que o porto pernambucano bateu recordes de movimentação de cargas no mês passado, com mais de um milhão de toneladas transportadas.

O GRUPO - Fundado há mais de 30 anos na cidade de Lins, interior do Estado de São Paulo, o Grupo Bertin iniciou suas atividades no segmento de agroindústria. A partir de 2003, expandiu suas operações para os setores de infraestrutura e energia.

Hoje, conta com milhares de colaboradores e atua nos segmentos de: Energia - Renovável, Fóssil, Açúcar e Álcool; Infraestrutura - Construção Civil, Concessões de Rodovias e Saneamento Básico; Equipamentos de Proteção Individual; Agronegócio - Confinamento e Reflorestamento; Higienização Industrial e Hotelaria.

Será assinado, nesta terça-feira (13) pelo governador Eduardo Campos, o protocolo de intenções com a Star Energy Participações, do Grupo Betin, para a instalação da Unidade de Geração de Energia Termelétrica e Terminal de Armazenagem de Granéis Líquidos, no Porto de Suape. A assinatura do documento será no Palácio do Campo das Princesas, no bairro de Santo Antônio, área central do Recife, às 16h.  O empreendimento contará com investimentos de R$ 2 bilhões e gerará 500 empregos diretos e dois mil indiretos, além de quatro mil na construção civil, para execução da obra.

A Unidade Termelétrica será a terceira usina instalada em Suape e a maior do Estado, com capacidade de gerar 1.452 MW (megawatts). O projeto do Terminal de Armazenagem de Granéis Líquidos está diretamente relacionado ao da Termelétrica, que utilizará óleo combustível, mas permitirá a movimentação de outros insumos, ampliando a capacidade de armazenagem do Polo de Granéis Líquidos em Suape.

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