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A sonda europeia Rosetta cortou nesta quarta-feira (26) a comunicação com o robô espacial Philae, pousado no cometa 67P/Churiumov-Guerasimenko, anunciou a Agência Espacial Europeia (ESA). "Hoje, a comunicação com o Philae foi cortada", declarou à AFP Andreas Schuetz, porta-voz da Agência Espacial Alemã (DLR). "É o fim de uma missão fascinante e bem sucedida", acrescentou.

"Mantínhamos esta escuta de maneira um pouco simbólica", explicou à AFP, por sua parte, Philippe Gaudon, da agência espacial francesa CNES. Mas a sonda Rosetta, que escolta o cometa 67P/Churiumov-Guerasimenko (conhecido como "Churi"), se afasta cada vez mais do sol e seus painéis recebem cada vez menos luz.

É preciso poupar energia para que a Rosetta possa continuar fazendo funcionar dez instrumentos, explicou o especialista. Depois de dez anos de viagem como passageiro da sonda Rosetta, Philae conseguiu um marco histórico ao pousar no cometa "Churi". Depois de várias cambalhotas, se estabilizou em uma zona de sombra.

Equipado com 10 instrumentos, o robozinho trabalhou durante 60 horas e depois dormiu por falta de energia. Em junho de 2015, despertou de novo inesperadamente e manteve vários contatos com a Terra, mas não voltou a dar sinais de vida desde 9 de julho do ano passado.

Em fevereiro, as equipes responsáveis pelo robô decidiram não enviar mais ordens, mas continuavam na escuta por precaução.

A sonda europeia Rosetta voou este sábado (14) muito perto do cometa Churyumov-Gerasimenko, cuja atividade cresce ao se aproximar do sol. A própria Rosetta informou sobre o ocorrido em sua conta no Twitter, gerenciada pela Agência Espacial Europeia (ESA). Informou que enviaria os dados de seu voo "o quanto antes" e que as primeiras imagens da câmera de navegação NAVCAM estariam disponíveis na segunda-feira (16).

"Agora estou me afastando do cometa. Na terça-feira estarei a 253 quilômetros dele!", disse Rosetta. A sonda ficou a seis quilômetros da superfície deste cometa, que libera cada vez mais gás e poeira a medida que esquenta.

O objetivo deste voo a pouca distância era permitir que os instrumentos de Rosetta fizessem fotos e realizassem um espectro da superfície com uma resolução jamais conseguida até o momento, segundo a ESA. Também deveria permitir coletar amostras da "cabeleira" (nuvem de poeira e gás) do cometa Churyumov-Gerasimenko para entender como é formada.

A sonda Rosetta viajou durante 10 anos até se encontrar com o cometa e soltar o robô Philae sobre sua superfície, em meados de novembro. Após este "encontro de Dia dos Namorados", Rosetta seguirá realizando uma série de voos nos arredores do cometa, a uma distância que será determinada por sua atividade.

A atividade deve aumentar durante os próximos meses enquanto o cometa se aproxima de seu periélio, o ponto em que se encontra mais próximo do sol. Churyumov-Gerasimenko deve alcançá-lo em 13 de agosto, quando estará a 186 milhões de quilômetros do astro.

Enquanto isso, Philae está "hibernando" sobre o cometa. O robô reiniciou duas vezes após sua aterrissagem e caiu numa zona com pronunciado relevo que lhe faz sombra. Não recebe, portanto, luz suficiente para recarregar suas baterias solares e voltar a funcionar. Os instrumentos de Rosetta não conseguiram localizá-lo com precisão, mas os especialistas esperam que ele acorde no mês de março.

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