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Moradores de Igarassu e de Paulista, ambas na Região Metropolitana do Recife (RMR), criaram um movimento para fiscalizar os poderes legislativo e executivo municipal, o “Somos Mais”. Os grupos, que começaram a atuar desde o ano passado, fazem vistorias nas cidades e protocolam pedidos de informações tanto as prefeituras, quanto as casas legislativas. 

De acordo com o presidente dos movimentos, Paulo Fernandes, a ideia é expandir a iniciativa para todos os municípios e fazer com que a população fiscalize ativamente os serviços públicos. “O movimento nasceu com a ideia de criar em cada cidade de Pernambuco um ‘Somos Mais’. Criamos primeiro em Paulista, agora em Igarassu. Os grupos são compostos por pessoas que gostam de debater, fazendo fiscalizações e ouvindo os moradores”, explicou Fernandes.  

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As últimas solicitações ocorreram na semana passada. Em Igarassu, o grupo requereu para que a o prefeito Mário Ricardo (PTB), esclareça a falta de informações no Portal da Transparência, demanda exigida pela Lei Geral de Acesso a Informações Públicas. Segundo o presidente do movimento, o Portal já existe, no entanto não é alimentado. 

“A população quer mais transparência da atual gestão, que infelizmente não vem agindo dentro das normatividades exigidas pela lei. Igarassu é uma cidade que nos últimos meses vem sendo destaque na mídia local, mas não por notícias positivas, e sim por fraudes em licitações que estão sendo investigadas, falta de remédios nos postos de saúdes e enquanto no mesmo tempo se paga milhões com festa”, cravou o dirigente. 

Já em Paulista, administrada pelo prefeito Júnior Matuto (PSB), a questão é quanto aos gastos nas obras de contenção do mar. A solicitação foi feita, pela primeira vez, há cinco meses, mas até agora não houve respostas. “Decidimos reiterar o mesmo documento dando o prazo de 20 dias para as respostas, se caso não tivermos êxito, vamos ao Ministério Publico entrar com uma ação de improbidade administrativa contra a gestão por sonegar informações públicas”, pontuou Fernandes.

Indagado se os movimentos faziam parte do grupo de oposição ao governo, Paulo Fernandes negou qualquer envolvimento partidário. “Não é um movimento de oposição é fiscalizador, não temos nenhum partido, nem vereador. Pode até ser que alguém tenha filiação política, mas o que exercemos é a cidadania”, afirmou.  

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