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Um sobrado desabou em Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, na tarde deste sábado, 16, deixando um morto e quatro feridos. Casas vizinhas ao imóvel foram danificadas, entre as ruas Itajubaquara e Hebert Spencer, e há moradores desabrigados.

A vítima tinha 55 anos e havia ficado presa nos escombros do sobrado, em um local de difícil resgate. Bombeiros informaram que, durante a operação de resgate, chegaram a ouvir o telefone do homem tocar. Pelo Twitter, a corporação pediu a moradores que fizessem silêncio e que helicópteros parassem de sobrevoar a região, para facilitar as buscas. O corpo, no entanto, só foi encontrado perto das 21 horas.

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Dois dos feridos foram socorridos pelos próprios moradores, antes da chegada do resgate. E outros dois homens, de 48 e 49 anos, sofreram fraturas e contusões nos membros inferiores e foram levados para o Hospital Campo Limpo, segundo o Corpo de Bombeiros.

Cinquenta e quatro bombeiros participaram da operação de resgate, com ajuda de um cão farejador.

"Catorze casas foram atingidas pelo desabamento", diz o presidente da Rua, Israel Joaquim dos Santos, de 30 anos. "Agora, temos dez pessoas desabrigadas e estamos conseguindo doações para ajudar todos que precisam."

Considerada uma das maiores escritoras da literatura brasileira, Clarice Lispector completaria 100 anos em 2020. Nascida na Ucrânia, no dia 10 de dezembro de 1920, a autora passou sua infância, entre 1925 e 1934, no Recife, após sua família deixar o país europeu devido à perseguição antissemita. Recife está presente em muitos textos da escritora. Entretanto, a oportunidade única da capital pernambucana servir de moradia para tão cultuada figura parece não ser muito valorizada. O imóvel em que a escritora viveu é hoje um retrato do abandono e do descaso.

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A edificação de três pavimentos está localizada na esquina da Travessa do Veras com a Rua do Aragão, em frente à Praça Maciel Pinheiro, no bairro da Boa Vista, centro do Recife. Com traços coloniais, o prédio tem idade estipulada em 150 a 180 anos. Em ruínas, o imóvel está vandalizado, com buracos no telhado e portas vedadas com gesso. O piso superior não existe mais e a calçada serve de depósito de garrafões de água.

Duas placas turísticas desgastadas lembram que ali viveu a escritora. Uma intervenção artística colou uma imagem da ucraniana na parede lateral. São os poucos vestígios que associam o endereço a Clarice. 

O sobrado é propriedade da Santa Casa de Misericórdia do Recife, que busca transformar o local em um ponto de atividades culturais, mas diz não ter dinheiro para a reforma. A organização civil contratou uma arquiteta para desenvolver um projeto e, a partir daí, conseguir linhas de crédito para fazer a obra. O contrato é de risco, ou seja, a arquiteta só receberá pelo serviço caso haja o financiamento. 

“O projeto se preocupa com o restauro e a reforma da edificação para que possa ser ocupada e usada”, resume Lia Rafael dos Santos, arquiteta contratada pela Santa Casa. Para definir o uso do prédio seria necessário um projeto cultural específico. A arquiteta imagina a operação de uma livraria no térreo e a realização de atividades culturais literárias, como oficinas, nos dois pisos superiores. O objetivo é que o sobrado tenha as mesmas características de quando Clarice Lispector viveu no Recife. Não há intenção de transformar a construção em museu.

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Lia conta que o sobrado já havia sofrido várias alterações quando Clarice foi morar no local. “Pelo que a gente levantou da história, antes era um sobrado unifamiliar e a parte de baixo era comercial. Os dois pavimentos superiores eram moradia de uma família. Ele passou a ser alugado para mais de uma família e foi subdividido para morar várias pessoas”, explica. O térreo do casarão era ocupado como um ponto comercial até 2008. Em 2013, há registro de invasão, ocasião em que foram furtados vários elementos do local.

O valor da reforma está orçado em cerca de R$ 2 milhões. Após aprovação na Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), a Santa Casa tentará inseri-lo em editais, como o da Lei Rouanet. O imóvel também não é tombado. O processo de tombamento se arrasta desde 2017 e está em fase de análise física. A Fundarpe prevê que todo o processo seja concluído até o final do primeiro semestre deste ano.

Clarice no Recife

Foi no Recife, quando vivia no sobrado, que Clarice Lispector aprendeu a ler. No Grupo Escolar João Barbalho, no bairro da Boa Vista, a autora tinha entre seus amigos de sala de aula Leopoldo Nachbin, que viria a se tornar um relevante matemático brasileiro e é citado na crônica “As grandes punições”, escrita por ela na década de 60. 

No texto “banhos de mar”, ela relata o prazer que tinha em tomar banho nas águas de Olinda, Região Metropolitana do Recife (RMR). A família saía de casa de madrugada, em jejum, e pegava o bonde ainda com o céu escuro. 

Ela costumava roubar rosas e pitangas, como narra em “Cem Anos de Perdão”. E apreciava o Carnaval da escada do sobrado. Foi na rua, diante do sobrado onde morava, que Clarice esqueceu um pouco da crítica saúde da mãe, que sofria de paralisia progressiva, enquanto um garoto enchia seus cabelos de confete e sorria para ela, como narra em “Restos de Carnaval”.

A criança estudou no tradicional Ginásio Pernambucano e teve aula com famosos professores, como Agamenon Magalhães, de geografia, e Olívio Montenegro, de história. Clarice se mudou do Recife para o Rio de Janeiro aos 12 anos. 

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O sobrado que sofreu um desabamento na manhã desta terça-feira, no centro do Rio, não apresenta mais riscos e não será demolido, segundo a Defesa Civil Municipal. Uma equipe de engenheiros da Defesa Civil realizou a inspeção no local. Segundo o órgão, apenas os escombros do segundo andar da casa serão retirados.

Segundo agentes que estão no local na tarde de hoje, os escombros começaram a ser retirados assim que a perícia foi concluída e não há previsão para o término dos serviços. A Defesa Civil informa também que há interdição apenas na rua em frente ao sobrado e de parte da calçada.

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O segundo andar do imóvel, localizado no número 90 da Rua Lavradio, no bairro da Lapa, região central da cidade, cedeu no início da manhã desta terça-feira. Segundo sub-secretário da Defesa Civil do Estado, coronel Márcio Motta, a queda aconteceu porque a estrutura da casa é antiga e a construção estaria abandonada pelos proprietários.

O prédio pertence ao bloco carnavalesco Cordão Bola Preta e estava desativado. Segundo a assessoria do Bola Preta, o imóvel iria entrar em obras orçadas em mais de R$ 2 milhões e aguardava a licitação da Prefeitura do Rio. O sub-secretário da Defesa Civil informou que o casarão foi interditado pelo órgão no início deste ano. Como muitos prédios antigos no Rio, o sobrado estava sem manutenção, afirmou Motta.

Em entrevista à Rádio Estadão ESPN, o sub-secretário da Defesa Civil do Rio de Janeiro, coronel Márcio Motta, falou sobre o desabamento de parte de um sobrado situado na Rua do Lavradio, no bairro da Lapa, região central da cidade, na manhã desta terça-feira. Segundo Motta, o segundo andar do imóvel cedeu porque a estrutura da casa é antiga e porque teria sido abandonado pelos proprietários.

Motta contou que o imóvel havia sido interditado no início deste ano pela própria Defesa Civil do Estado. À época a interdição foi feita após a Defesa civil concluir que o imóvel oferecia risco na medida em que partes da estrutura chegaram a cair, colocando os pedestres em perigo.

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A Defesa Civil não descarta a possibilidade de demolir o que sobrou do casarão e com isso eliminar o risco que a construção ainda oferece a quem circula a pé pela área. No desabamento desta terça-feira, algumas pessoas que estavam na rua próxima ao imóvel ficaram feridas após serem atingidas por pedaços de tijolos e concreto.

Parte de um sobrado de dois andares desabou, na manhã desta terça-feira (15), na esquina da Rua do Lavradio com a Avenida Chile, no centro do Rio de Janeiro. De acordo com o Corpo de Bombeiros, não há informações de mortos e feridos.Equipes de resgate já estão no local.

Apenas o segundo pavimento do imóvel desabou. O sobrado fica próximo à sede do Cordão do Bola Preta, tradicional bloco de Carnaval da cidade, e do prédio da Chefia de Polícia Civil. O trânsito está sendo desviado para outras vias do centro.

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