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A Honda anunciou que vai construir uma fábrica de sistemas de transmissão no México, o que elevará a capacidade de produção da companhia na América do Norte em cerca de 50%, informou nesta sexta-feira, 3, a agência Nikkei. A montadora pretende gastar cerca de US$ 470 milhões, ou 46 bilhões de ienes, na construção da fábrica, que vai produzir sistemas de transmissão para o Honda Fit a partir da segunda metade de 2015.

A capacidade inicial de produção será de 350 mil unidades por ano, o que será dobrado para 700 mil unidades na segunda metade de 2016. A produção total de sistemas de transmissão da Honda é atualmente de 1,37 milhão de unidades. A América do Norte corresponde a cerca de 40% das vendas mundiais da Honda, mais do que em qualquer outra região. As informações são da Dow Jones.

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A falta de conexão com o sistema de transmissão impedirá que 1,3 mil megawatts de usinas eólicas entrem em operação em 2013, disse a presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Melo. De acordo com a apuração da entidade com base em informações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e nas interações com os associados, a fonte deverá fechar 2013 com uma capacidade instalada de 5,9 mil MW, dos quais 4,6 mil MW serão capazes de efetivamente disponibilizar as suas ofertas ao sistema.

Se confirmado, esse número significa um crescimento do volume de energia eólica concluído, mas que não pode ser escoado para os mercados consumidores. Segundo Elbia, usinas eólicas somando 622 MW estavam prontas ao final de 2012 nessa situação, uma vez que as obras de transmissão previstas para realizar a conexão com o sistema estão atrasadas - vale lembrar que a agência reguladora reconheceu o direito dos donos dessas usinas receberem a remuneração pelos ativos, ainda que a energia não estivesse chegando para os consumidores. A receita anual desses projetos "parados" foi estimada pela Aneel em R$ 300 milhões.

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Segundo a executiva, o parque gerador eólico encerrou o ano de 2012 com 2,5 mil MW de capacidade instalada, dos quais 1,9 mil MW estavam gerando energia. Dos 2,5 mil MW, 1,3 mil MW são oriundos dos projetos contratados no Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia (Proinfa) e os outros 1,2 mil MW são relativos aos empreendimentos contratados nos leilões de energia nova. Elbia destacou que o fator de capacidade dos projetos eólicos em operação, ou seja, a relação entre a capacidade instalada e aquilo que foi gerado efetivamente, foi de 33% em 2012, sendo que as usinas que comercializaram suas ofertas no leilão tiveram um fator de 54%.

"Existia um mito no setor de que a energia eólica não era uma fonte confiável. Os dados mostram que a energia eólica é confiável e contribuiu para o sistema em 2012, quando os reservatórios foram afetados pelo atraso das chuvas", disse Elbia. O presidente do conselho de administração da entidade, Otávio Silveira, afirmou que o fator de capacidade de 54% dos projetos contratados no leilão superou a média da geração de energia esperada para os empreendimentos. "Os ventos de 2012 foram muito bons", disse o executivo, que também citou que a competição dos leilões obrigou os investidores a construírem os projetos que otimizaram ao máximo a produção de eletricidade.

Redução dos encargos

O atraso na entrada em operação dos projetos eólicos significa que os consumidores pagarão uma conta mais alta do Encargo de Serviço do Sistema (ESS), usado para cobrir os custos do despacho termelétrico fora da ordem de mérito. Nos cálculos da associação, a geração eólica em 2012, que alcançou o volume recorde de 771 MW médios em outubro, evitou o pagamento de R$ 1,6 bilhão de ESS, dos quais R$ 500 milhões apenas em dezembro. Se os 622 MW parados tivessem gerado energia, a economia teria sido maior, de R$ 500 milhões, elevando a redução do ESS para R$ 2,1 bilhões.

Embora com efeito reduzido, a executiva disse que a geração eólica contribuiu para economizar um pouco de água nos reservatórios das hidrelétricas. No subsistema Sudeste/Centro-Oeste, o maior do País, a fonte contribuiu com 0,35 ponto porcentual para o nível dos reservatórios no fim de dezembro de 2012. Ou seja, sem as usinas eólicas, os reservatórios nas duas regiões fechariam o ano em 28,51%. Com as usinas eólicas, as hidrelétricas fecharam em 28,86% de capacidade total.

No Nordeste, aonde boa parte das usinas eólicas estão localizadas, o impacto verificado foi maior. Se os projetos eólicos não existissem, o nível dos reservatórios das hidrelétricas da região fecharia em 27,64%. Porém, o porcentual verificado ao final do ano passado foi de 28,86%, o que indica que a contribuição das eólicas para a região foi de um aumento dos reservatórios em 1,22 pontos porcentual. "Isso ocorreu porque a fonte tem uma pequena participação na matriz, mas já é uma sinalização do que pode ocorrer quando atingirmos uma capacidade instalada de 8,83 mil MW em 2017", argumentou Elbia.

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