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O setor de eventos movimenta, por ano, no Brasil, R$ 334 bilhões, o que representa cerca de 4,5% do PIB. E os últimos meses do calendário ajudam a aquecer esses números. Este ano, além das tradicionais confraternizações, a Copa do Mundo e o retorno sem restrições a cerimônias presenciais também trazem aumento na realização de acontecimentos sociais e empresariais.

No Centro de Eventos Recife, que abriu as portas em setembro de 2021 como um novo espaço para feiras, convenções e eventos, foi registrado um aumento de cerca de 25% de movimentação para os dois últimos meses de 2022, em relação a setembro e outubro do mesmo ano. 

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“Entre novembro e dezembro, estão programados mais de 25 eventos. E ainda somos um local novo, com pouco mais de um ano de operação, mas já bastante procurados pela carência de espaços maiores para eventos empresariais na Zona Sul”, conta o coordenador geral do Centro de Eventos Recife, Antônio Amorim. 

O local oferece um amplo foyer, com espaço para feiras e exposições, é próximo da rede hoteleira e fica a 1,5 km do Aeroporto Internacional dos Guararapes Gilberto Freyre, além de disponibilizar salas de convenção moduladas, estacionamento e um grande auditório para 540 pessoas.

Segundo ele, se considerar o segundo semestre, de julho a dezembro, o espaço sediou e está programado para receber mais de 52 eventos, entre congressos, conferências, palestras, inaugurações, espetáculos, seminários, eventos educacionais, simpósios, entre outros. Durante esta semana, o Centro de Eventos Recife receberá o 24º Congresso Nacional de Engenharia de Segurança do Trabalho (CONEST) e a XII Conferência de Gestão, Projetos e Liderança.

Centro de Eventos

Localizado na Avenida Mascarenhas de Moraes, 4831, na Imbiribeira, o Centro de Eventos Recife tem capacidade para 540 pessoas dentro do auditório Fernando Figueira. 

O local dispõe de acessibilidade com 10 espaços para cadeirantes e mais quatro cadeiras para pessoas obesas, dispõe de palco, infraestrutura integrada de iluminação e som. Foyer com espaço para feiras, exposições, congressos, quatro mini auditórios e um espaço de apoio para Empresas de buffet. Além de gerador, internet e estacionamento.

Da assessoria

​Em sessão nesta quinta-feira (17), o Congresso Nacional derrubou o veto parcial (VET 19/2021) ao Projeto de Lei (PL) 5.638/2020, que relacionou uma série de medidas para compensar perdas do setor de eventos com a pandemia de covid-19.

A proposta teve 26 dispositivos vetados pelo presidente Jair Bolsonaro, sob o argumento de "contrariedade ao interesse público e inconstitucionalidade”. Na Câmara dos Deputados, foram 356 votos pela derrubada do veto e 23 pela manutenção. No Senado, o placar apontou 57 a zero pela derrubada. 

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A matéria foi aprovada no Senado em abril de 2021, sob relatoria da senadora Daniella Ribeiro (PP-PB). O projeto foi apresentado na Câmara dos Deputados com o objetivo de estabelecer ações emergenciais e temporárias para amenizar os prejuízos sofridos pelo setor de eventos com a atual crise sanitária. A estratégia de socorro foi estruturada em duas frentes: o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) e o Programa de Garantia aos Setores Críticos (PGSC). 

Um dos conjuntos de dispositivos vetados previa redução a 0%, pelo prazo de 60 meses, das alíquotas da contribuição para o PIS/Pasep, Cofins, CSLL e Imposto de Renda incidentes sobre as receitas geradas pela atividade. Apesar de reconhecer o mérito da iniciativa, o Ministério da Economia recomendou sua rejeição por três motivos principais: o benefício geraria renúncia de receita sem estipular o cancelamento de alguma despesa obrigatória do governo para compensar essa perda; foi previsto sem estar acompanhado de estimativa de impacto orçamentário e financeiro; instituiria tratamento desigual entre contribuintes, afrontando, assim, a isonomia tributária. Com a derrubada do veto, as previsões do projeto voltam a valer. 

Genialidade criativa

Vários senadores se manifestaram pela derrubada do veto. Daniella Ribeiro disse que o projeto é essencial para a retomada do setor de eventos, que “foi o primeiro a parar e o último a voltar”, em decorrência da pandemia de covid-19. Nelsinho Trad (PSD-MS) disse que a derrubada do veto é um ato a favor da cultura do país e de Mato Grosso do Sul. Segundo o senador Carlos Portinhos (PL-RJ), a queda do veto resgata um importante projeto de apoio para a classe artística.

  O senador Eduardo Gomes (MDB-TO), líder do governo no Congresso, disse que o setor que mais sofreu com a pandemia do coronavírus foi o de eventos. Segundo o senador, profissionais como músicos, cantores e compositores sofreram com o fechamento de locais próprios para a atividade artística. Ele também elogiou a atuação de deputados e senadores na busca de um acordo sobre a derrubada do veto. O senador ainda registrou que o projeto pode ajudar a fortalecer a cultura do país e destacou a genialidade criativa do povo brasileiro. 

"Pela primeira vez, nós vimos os cancioneiros de todos os ritmos tendo acesso absolutamente democrático aos recursos públicos do país", afirmou o senador. 

*Da Agência Senado

Parecia até prévia carnavalesca, mas era uma manifestação de profissionais da área de eventos de Pernambuco. Na manhã desta quinta (13), produtores, seguranças, técnicos, músicos e artistas, entre outros trabalhadores do entretenimento, reuniram-se na Praça do Marco Zero, área central do Recife, para um ato em que pediam pela continuidade de festas e shows no Estado sem restrições. Com orquestra de frevo, bonecos gigantes e trios elétricos, eles seguiram em cortejo até o Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual, para levarem suas reivindicações. 

O setor de eventos, um dos primeiros a pararem suas atividades no início da pandemia, em 2020, reivindica a realização de trabalhos sem restrição quantitativa de público, e sim, com a apresentação do passaporte de vacinação completo e teste negativo de Covid, sendo com 24 horas de antecedência para exames de antígeno e de 48h para exames de RT-PCR. 

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Alegando ser viável a realização de eventos seguros, os profissionais caminharam pelo Bairro do Recife empunhando cartazes e vestidos de preto. Para o segurança Pierre Farias, que trabalha na área há 20 anos, é importante manter o setor em atividade não só para os profissionais como para o próprio Estado. “A gente se adequa às necessidades impostas pelo governo. A gente faz o teste do PCR, a gente toma as vacinas e usa as máscaras no evento, então nada impede que a gente exerça nossa função. A maioria de nós está desempregada. Se essa área parar, como é que eu vou pagar meu aluguel, pagar minha feira? Peço às autoridades que reconheçam nosso trabalho que traz muito turista pra cá, se isso parar, para Pernambuco”. 

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A partir desta sexta (14) um novo decreto passa a vigorar em Pernambuco, limitando a realização de eventos para públicos de até três mil pessoas, ou 50% da capacidade do ambiente, exclusivamente para vacinados com a segunda dose, ou dose única, e com apresentação de testes negativos para Covid-19. As novas restrições foram colocadas em função das altas de contaminação, por conta da nova cepa Ômicron, além do surto de Influenza que vem sobrecarregando o sistema de saúde local. 

Contrários às novas restrições, que comprometem a viabilidade de alguns eventos, a classe se reuniu para chamar a atenção do governo. Segundo o empresário do setor, Kênio Lapenda, o maior apelo da categoria é ser ouvida pelas autoridades a fim de juntos chegarem à solução que atenda todas as partes. “Nós estamos pedindo o direito de trabalhar. Nosso segmento foi o primeiro a parar e o último a voltar. Voltamos a trabalhar em outubro, com suas restrições, mas atendendo a todos os protocolos, mostramos que podemos fazer eventos com segurança. Não há uma restrição lógica a essa restrição que tanto faz nosso segmento sofrer. Não falo apenas pelos produtores e empresários, mas principalmente pela cadeia produtiva que depende única e exclusivamente de eu trabalho para sobreviver. A gente quer é ser ouvido, o que não pode é haver uma decisão monocrática ser tomada e várias vidas serem prejudicadas”.

A manifestação contou, também, com a participação de alguns artistas locais como as cantoras Nena Queiroga e Bia Villa-Chan e o músico Rominho, da banda Som da Terra. Após chegarem em frente ao Palácio do Campo das Princesas, sede do governo do Estado, três representantes da classe foram recebidos para uma reunião.   

 

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