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A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (28) que vai adotar um novo modelo de gestão e governança. Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa informou que o modelo foi aprovado pelo Conselho de Administração.

O presidente da estatal, Aldemir Bendine, que participa de entrevista para explicar as alterações, disse que o novo modelo faz parte de "um plano muito bem estruturado", envolvendo mudanças na governança da companhia que "vão ser aprofundadas ao longo do tempo". Segundo ele, a indicação política para cargos não faz mais parte do modelo da empresa. "É uma grande blindagem que se faz", afirmou.

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Bendine defendeu que o novo modelo, para ter sucesso, precisa ter o engajamento de toda a empresa. "Vai ser um processo de construção coletiva", acrescentou.

Na primeira fase da reestruturação haverá redução de 14 funções na alta administração e nas diretorias, que passarão de sete para seis com a junção das áreas de Abastecimento e Gás e Energia. As funções gerenciais ligadas diretamente ao Conselho de Administração, ao presidente e aos diretores cairão de 54 para 41.

As demais funções do corpo gerencial serão avaliadas na segunda etapa, prevista para fevereiro. Segundo a empresa, as nomeações e a alocação de equipes ocorrerão a partir de março.

A nova Diretoria de Desenvolvimento da Produção & Tecnologia (DP&T) centralizará a execução dos projetos de investimento. “Essa nova estrutura concentrará a gestão e as competências técnicas de implantação de empreendimentos”, explicou a Petrobras.

A empresa informou que a mudança é decorrente “da necessidade de alinhamento da organização à nova realidade do setor de óleo e gás e da prioridade da rentabilidade e disciplina de capital, além de fortalecer a governança da companhia por meio de maior controle e conformidade nos processos e da ampliação dos níveis de responsabilização dos executivos”.

Com as alterações houve fusão de áreas e centralização de atividades. Haverá ainda novos critérios para a indicação de gerentes executivos e responsabilização formal de gestores por resultados e decisões.

A Petrobras estima que vai economizar R$ 1,8 bilhão por ano com as mudanças e prevê uma redução de pelo menos 30% no número de funções gerenciais em áreas não operacionais. Conforme a companhia, existem cerca de 7,5 mil funções gerenciais aprovadas, 5,3 mil em áreas não operacionais.

A empresa anunciou também que serão criados seis comitês técnicos estatutários, compostos por gerentes executivos. Após análise prévia, eles terão a função de emitir recomendações sobre os temas que serão deliberados pelos diretores, que serão corresponsáveis nos processos decisórios.

A partir de agora, a escolha dos gerentes executivos, passará por novos critérios de análise de capacitação técnica e de gestão. As nomeações e o desligamento dessas funções terão que ser aprovadas pelo Conselho de Administração.

“Ao reforçar o compromisso com a conformidade, nossa reestruturação prevê mudanças nos controles internos de contratação e investimentos. As atividades de contratação de bens e serviços serão concentradas na nova Diretoria de Recursos Humanos, SMS e Serviços”, indicou a Petrobras.

A companhia informou ainda que as mudanças resultantes das alterações no Estatuto Social da Petrobras serão submetidas à aprovação da Assembleia Geral de Acionistas, a ser convocada oportunamente.

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