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O esporte amador, de maneira geral, tem dificuldades por falta de patrocínio e de materiais apropriados, além de local para treinamentos impróprio e pequena visibilidade. É o caso dos esportes paralímpicos no Brasil. Atletas têm que lidar com o preconceito social e por vezes precisam buscar trabalho para complementar a renda, pois nem sempre é possível viver apenas do esporte.
##RECOMENDA##Visando amenizar questões como essas, a Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel) apoiou a compra de cadeiras de rodas para dez atletas paralímpicos de basquete, que servirão também para treinamentos dirigidos à participação nos campeonatos oficiais da Confederação Brasileira de Basquete em Cadeiras de Rodas (CBBC).
Erivelto Pastana, diretor de Esporte e Lazer da Seel, salienta a relevância não só para os treinos desses atletas, mas também para que eles possam representar o Estado em várias competições e para que consigam trazer melhores resultados.
Segundo a Seel, os beneficiados pela ação do Estado são Alexandre Vieira, Azenilton dos Santos, Breno do Carmo, Carlos da Silva, Edleno Borges, Eduardo Guimarães, Erivaldo Penha, José Ricardo, Lucicléia da Costa e Maykon da Silva.
Um dos mais experientes do grupo, José Ricardo Leal da Silva, com passagens por clubes de outros Estados, participações em campeonatos sul-americanos e até a disputa das Paraolimpíadas de Pequim 2008, defendendo a Seleção Brasileira, destaca a importância da aquisição das cadeiras de rodas. “Agora vamos ficar de cadeiras novas como as outras equipes do Brasil”, ressalta.
As dificuldades são muitas, segundo Ricardo dos Abutres, como é conhecido na ADFPa - Associação dos Deficientes Físicos do Pará. “Falta patrocínio. As cadeiras de basquete são muito caras, além de participarmos das competições que geralmente são na região sudeste do país. As passagens de avião são muito caras”, observa.
Outro atleta que está na lista dos contemplados é Maykon Douglas da Silva, que conheceu o esporte paralímpico aos 13 anos de idade. Hoje, aos 26, comenta sobre o apoio do governo para a compra da nova cadeira. “Não temos condições de fazer a compra, o preço de um material de qualidade é muito alto, e isso influencia diretamente nos resultados. Vivemos dias difíceis falando diretamente do esporte e receber esse material do Estado tira um fardo das costas, nos dá um gás e a esperança de que dias melhores estão por vir”, declara.
“O basquete representa tudo na minha vida, foi através dele que eu vivi os momentos mais maravilhosos”, finaliza.
Por Dinei Souza.
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