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A diretoria do Santa Cruz Futebol Clube se manifestou através de nota, nesta quarta-feira (2), sobre as declarações  do zagueiro Ítalo Mello, de 23 anos, jogador das categorias de base. Ítalo foi acusado de xenofobia. No texto, a gestão do time afirma que não admite “qualquer tipo de preconceito em seus quadros funcionais”.

Ítalo Mello foi acusado de xenofobia depois de criticar os nordestinos pelo resultado das eleições presidenciais. Na publicação, apagada pelo jogador, ele dizia “nordestino tinha que se fu…”. Alguns torcedores pediram a sua demissão por justa causa. 

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“Informamos que, tão logo tomamos conhecimento do fato ocorrido com um de nossos atletas, a diretoria executiva do Santa Cruz dirigiu-se ao departamento de futebol e determinou aos seus gestores para, de imediato, repreender ao atleta, atualmente emprestado a uma outra agremiação, pela sua absurda e infeliz expressão de opinião e, também, para adotar as medidas cabíveis”, diz o texto.

A nota salienta também que o jogador reconheceu o erro, antes mesmo do contato do time, e pediu desculpas à torcida do Santa Cruz e reconheceu o resultado das urnas que, no domingo (30), elegeu como presidente do país Luiz Inácio Lula da Silva (PT), derrotando o atual mandatário nacional, Jair Bolsonaro (PL). A nota deu a entender que o time não vai punir o atleta.

"Nosso jovem atleta certamente foi influenciado pelo calor do embate eleitoral. Percebeu, em tempo, que contraditório faz parte do cotidiano de uma sociedade organizada. A opção soberana de cada cidadão traduz a vontade da maioria. De forma rápida e sábia, com a humildade de quem demonstra a capacidade de enxergar seus equívocos, retratou-se de forma madura e nos permitiu a possibilidade de termos a reflexão como um bom legado deste acontecimento. Todos devemos estar atentos à ação e reação deste jovem jogador. Seu pedido de perdão é ato de cidadania eficaz e exemplar", afirma a nota.

Veja a nota na íntegra:

A diretoria do Santa Cruz não admite qualquer tipo de preconceito, de qualquer tipo, em seus quadros funcionais.

O Clube tem por tradição a inclusão, foi criado pelos fundadores com esta finalidade. Por isto é o Clube das multidões. É uma potência sócio-desportiva e patrimonial exatamente por representar a admissão pioneira em Pernambuco da pluralidade étnica.

Informamos que, tão logo tomamos conhecimento do fato ocorrido com um de nossos atletas, a diretoria executiva do Santa Cruz dirigiu-se departamento de futebol e determinou aos seus gestores para, de imediato, repreender ao atleta, atualmente emprestado a uma outra agremiação, pela sua absurda e infeliz expressão de opinião e, também, para adotar as medidas cabíveis.

No entanto, mesmo antes de ocorrer o contato, o jogador, em espontânea reação, postou outra publicação, onde manifestou um pedido de desculpas à torcida do Santa Cruz, bem como declarou o seu reconhecimento democrático ao resultado das eleições, informando o seu desejo de que o próximo presidente faça o melhor pelo nosso país.

Por esta razão, compreendemos ser uma obrigação pedagógica e cívica dos mais experientes e/ou preparados para o exercício do contraditório em sociedade, acatar e entender o arrependimento com o reconhecimento de um erro de exaltação indevida, externado por um jovem, que certamente não recebeu os melhores exemplos de comportamento democrático e de urbanidade da política partidária nacional nos últimos anos.

Entendemos que a conciliação deve ser a palavra de ordem do Brasil, devendo este episódio, igualmente, ser exemplo para todos, de todas as idades, de todos os pensamentos e correntes ideológicas.

Não devemos dar vez ao radicalismo e fundamentalismo na política brasileira.

Somos um só povo.

Devemos nos respeitar e amar à pátria, na busca permanente da igualdade e da justiça social. Todos podemos e devemos contribuir.

Este é o país das oportunidade. A alternativa de poder é um fato natural na democracia. A cada eleição o bastão do comando é entregue ao vencedor pela decisão da maioria. Feliz do povo que escolhe o seu próprio destino e tem o poder de mudar em razão do regime do voto livre e independente.

Somos uma nação plural. Constituída pela miscigenação de muitos povos, de todas as origens.

Nosso jovem atleta certamente foi influenciado pelo calor do embate eleitoral. Percebeu, em tempo, que contraditório faz parte do cotidiano de uma sociedade organizada. A opção soberana de cada cidadão traduz a vontade da maioria. De forma rápida e sábia, com a humildade de quem demonstra a capacidade de enxergar seus equívocos, retratou-se de forma madura e nos permitiu a possibilidade de termos a reflexão como um bom legado deste acontecimento. Todos devemos estar atentos à ação e reação deste jovem jogador.

Seu pedido de perdão é ato de cidadania eficaz e exemplar.

A muitos servirá como espelho.

Sejamos conciliadores.

Sejamos unidos pela brasilidade.

Viva cada região do Brasil!

Viva cada etnia componente da nacionalidade!

Viva as diferenças de opiniões e comportamentos. Nelas e com elas haveremos de continuar construindo um Estado Democrático de direito, sob a égide da Constituição Federal, permitindo a cada filho desta nação a permissão da existência com dignidade.

O Departamento Médico do Santa Cruz criticou a postura da arbitragem durante o jogo desta segunda-feira (30), com o Volta Redonda, no lance faltoso que o juiz não marcou em cima do volante Tarcisio. Além disso, o médico Wilton Bezerra falou do fato da equipe médica ter sido proibida de entrar em campo para atendimento do atleta.

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Clube publicou registro da lesão. Foto: Santa Cruz

O Santa venceu a partida apesar de tudo, mas, fez questão de mostrar o dano causado no pé de Tarcísio e todo o desconforto com a atitude da arbitragem comandada por Paulo Henrique Vollpkof. Na foto divulgada no site oficial do clube, é possível ver o pé do jogador sangrando. O lance aconteceu no segundo tempo em uma solada que sequer foi marcada falta. 

“O Tarcísio levou um trauma muito forte no dorso do pé, que chegou a fazer uma ferida grande e houve a necessidade de sutura. O árbitro sequer permitiu que o médico entrasse em campo, o que é lamentável colocar o atleta na maca sem a presença de um médico. Solicitamos o exame de imagem, porque o atleta ainda sente muita dor, e vamos aguardar o resultado”, disse Wilton Bezerra.

O profissional ainda comenta a situação de Lelê que, segundo ele, está evoluindo e pode ser liberado para a transição nos próximos dias. Ele também sobre Elias que em um jogo treino contra o Centro Limoeirense, nesta terça-feira (31), acabou sofrendo uma entorse e vai ser avaliado.

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