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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou, nesta quinta-feira (6), que "toda aglomeração" deve ser evitada, independente de quem promova. A postura do ministro foi exposta quando ele foi questionado sobre as aglomerações provocadas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). 

Queiroga está sendo ouvido na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia no Senado, que investiga eventuais omissões do governo federal no combate ao novo coronavírus. A indagação foi feita pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE): “A pergunta que eu faço: as aglomerações que o presidente Bolsonaro faz, sistematicamente, ajudam a proliferar o vírus?”

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Primeiro o ministro afirmou apenas que já havia se manifestado sobre o assunto, mas Carvalho insistiu: “Estou perguntando de novo”. O auxiliar do presidente Jair Bolsonaro, então, respondeu: “Toda aglomeração deve ser dissuadida, independente de quem a faça.”

O presidente costuma não usar máscaras e provocar aglomerações durante as agendas que cumpre pelo país.

O grupo Unidos pela Saúde contra o Colapso produziu e enviou um vídeo de pouco mais de três minutos para milhares de contatos no exterior, solicitando ajuda internacional para garantir vacinas contra Covid-19 para o Brasil. Embora conte com a participação de empresários, jornalistas, militares e até do vice-presidente da República, Hamilton Mourão, a articulação é majoritariamente composta por profissionais de saúde (90% da composição) de todas as regiões do País.

Participam da gravação o epidemiologista e coordenador do estudo sobre coronavírus Epicovid-19, Pedro Hallal, a geneticista e pesquisadora Mayana Zatz, o coronel do exército Moysés Benito Crespo, a jornalista e apresentadora da TV Cultura Joyce Ribeiro, bem como o epidemiologista Pedro Hallal. “O Brasil sabe fazer uma campanha de vacinação, mas precisamos que as vacinas sejam enviadas conforme o combinado”, diz Benito Crespo, em aspa que consta no vídeo.

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O Unidos pelo Colapso está recolhendo assinaturas para um manifesto online que cobra a expansão da vacinação. "As notícias convencionais e as redes sociais não conseguem mostrar o que está acontecendo de fato nas UTIs, Emergências e em todos os estabelecimentos de saúde espalhados pelo RS. Por isso criamos esse grupo para mobilizar, apresentar a realidade como ela é, levar a você informação verdadeira, com credibilidade, e tocar cada um dos brasileiros para que ajude a evitar uma tragédia ainda maior tomando as medidas de proteção, evitando aglomerações e protegendo a si e a quem se ama”, diz o texto.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou nesta segunda-feira, 30, que não acredita na ideia de quarentena e isolamento absoluto. Segundo ele, o Brasil precisa encontrar a sua própria dinâmica social.

"Não acredito nem em quarentena, isolamento vertical ou horizontal, nada disso. Não tem fórmula pronta, vamos criar a nossa dinâmica social todos juntos. Eu preciso que o pacto político ocorra", disse. Mandetta pediu a colaboração de governadores, secretários de Saúde, prefeitos, imprensa, Justiça e o governo federal.

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"É preciso todo mundo entender que vamos ter código de comportamento de distanciamento entre pessoas, de respeito, de não aglomeração", declarou. Ele disse que é preciso evitar a "paralisia" da sociedade, mas também evitar que haja um "frenesi".

Epidemia

Para Mandetta, o governo não espera um surto de contaminação simultânea no País, mas vê como os maiores riscos os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará, que até o momento são os mais afetados pela doença. "Não esperamos ter uma epidemia ao mesmo tempo em todos os Estados da federação", comentou.

Ele destacou ainda o Distrito Federal, que é uma localidade "ímpar", por ser um ponto de escalas e de trânsito de pessoas de todo o país e do exterior. "Em Brasília os casos ainda não chegaram no entorno, nas cidades-satélites. A grande maioria dos casos está no Plano Piloto e Lago Sul", declarou.

Ontem, algumas cidades-satélites do Distrito Federal receberam a visita do presidente Jair Bolsonaro. Em coletiva com demais ministros nesta tarde, Mandetta foi questionado sobre o passeio do presidente e as orientações de evitar aglomerações. Mandetta, contudo, não respondeu a pergunta e a coletiva foi encerrada.

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