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Amigos e familiares do jornalista Ruy Mesquita, diretor de Opinião do Estado, compareceram na manhã desta segunda-feira à Missa de 7º Dia, realizada na paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no bairro dos Jardins, zona oeste da capital paulista.

Além dos quatro filhos, Ruy, Fernão, Rodrigo e João, e dos netos, também compareceram à cerimônia o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso; o presidente do Grupo Bandeirantes, João Carlos Saad; o diretor de jornalismo da emissora, Fernando Mitre; o maestro João Carlos Martins; o escritor Ignácio de Loyola Brandão e o presidente da associação comercial de São Paulo, Rogério Amato.

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A missa foi celebrada pelo padre Antonio Aparecido Pereira, vigário da Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de São Paulo. "Dr. Ruy viveu uma vida muito rica, de muito trabalho e coerência. Trabalhou muito pelo País e deixou marcas ainda mais bonitas no coração de filhos, netos e da família que construiu", disse o padre.

Ruy Mesquita morreu na terça-feira, 21, aos 88 anos. Ele havia sido internado no dia 25 de abril no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Um câncer na base da língua havia sido diagnosticado no mesmo mês.

O corpo do jornalista Ruy Mesquita, diretor do jornal O Estado de S. Paulo, foi sepultado às 15h25 desta quarta-feira, 22, no Cemitério da Consolação, no centro de São Paulo. "Dr. Ruy", como era conhecido na redação, morreu nessa terça-feira, 21, às 20h40, aos 88 anos. Ele foi internado no dia 25 de abril no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Um câncer na base da língua havia sido diagnosticado no mesmo mês. A cerimônia de sepultamento terminou às 15h45, com uma salva de palmas.

Autoridades, políticos, economistas, empresários, jornalistas e amigos prestaram as últimas homenagens durante o velório, realizado na casa da família, no bairro do Pacaembu. Um cortejo, acompanhado por ao menos 20 carros, deixou a residência às 14h50, após uma missa.

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Ruy Mesquita foi lembrado como um homem firme a seus ideais e que lutou pela liberdade do País e como um jornalista que não admitia erros de informação e acreditava na função política do jornal. Ele foi celebrado pelos seus editoriais, que foram "um norte para a economia e a política do País", nas palavras do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

O Senado aprovou nesta quarta-feira, em votação simbólica, um requerimento de voto de pesar pela morte do jornalista Ruy Mesquita, diretor do jornal O Estado de S. Paulo. O pedido foi apresentado pelo senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), mas foi subscrito pelos senadores presentes em plenário. O corpo de Doutor Ruy, como era conhecido, foi sepultado nesta quarta no Cemitério da Consolação, no centro de São Paulo. Ele faleceu na noite desta terça-feira, aos 88 anos.

"O Dr. Ruy marcou a história da imprensa brasileira com o seu espírito de inovador, sua correção, sua coragem e sua firmeza de convicções, seja no comando da redação, na reportagem, na edição ou mesmo na produção de jornais", disse Ferraço.

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Durante os discursos, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) elogiou a forma sempre respeitosa e carinhosa com que foi tratado por Ruy Mesquita. "O Dr. Ruy Mesquita foi um exemplo de lutador pela liberdade de imprensa em nosso País, incansável, com exemplos notáveis que contribuíram muito para a democratização do Brasil", afirmou.

O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), também registrou o pesar da bancada do partido. O tucano destacou a atuação dele em defesa da liberdade de imprensa durante a ditadura militar e seu trabalho como diretor de Opinião do jornal. "A qualidade dos seus editoriais é sempre reverenciada por todos, não só pelo apuro literário, mas também pela contundência dos seus textos e pelas posições claras que assumia", ressaltou.

Autoridades, empresários, jornalistas e publicitários prestaram homenagem, desde o início da manhã, ao jornalista Ruy Mesquita, diretor do jornal O Estado de S. Paulo - que morreu nesta terça-feira, 21, à noite, vítima de câncer -, e levaram sua solidariedade à família em sua casa, no bairro do Pacaembu, onde o corpo foi velado. Às 14h50, pouco depois das visitas do governador Geraldo Alckmin e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o corpo foi levado em cortejo para o Cemitério da Consolação, no centro de São Paulo, onde será o sepultamento. O cortejo foi acompanhado por familiares, amigos, empresários, jornalistas e autoridades.

Fernando Henrique lembrou a tristeza por perder um conhecido de mais de 40 anos. "Era um homem que dizia o que pensava. Fará falta como pessoa e jornalista sério", disse. "Seus editoriais eram um norte para a política e a economia", afirmou Alckmin. O prefeito Fernando Haddad declarou que o Brasil perde um "trabalhador da notícia, sempre aberto a ouvir as opiniões e o debate na sociedade."

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Enquanto passavam pelo velório personalidades como o vice-presidente editorial das Organizações Globo, João Roberto Marinho, e o presidente do Conselho de Administração do Bradesco, Lázaro Brandão, e o presidente do Grupo Abril, Fábio Barbosa, a notícia repercutia, dentro e fora do País.

A Associação Mundial de Jornais expressou sua "grande tristeza" pela perda de "um gigante do jornalismo brasileiro". O diário espanhol ABC lembra o jornalista como inovador ao criar o Jornal da Tarde e rememora sua histórica cobertura, ainda nos anos 60, dos primeiros meses da revolução cubana e do governo de Fidel Castro. Em Lisboa, o Jornal de Notícias destacou sua morte com comentários da presidente Dilma Rousseff e o canal TVI mencionou o Estado como "o jornal mais antigo da cidade e um dos maiores do Brasil".

Em nota de pesar, a Associação Nacional de Jornais define Ruy Mesquita como "um entusiasta do jornalismo mas, acima de tudo, um lutador incansável pela liberdade". A ANJ diz ainda que "seus 88 anos dedicados ao Grupo Estado e às causas que assumiu são um exemplo para os publishers brasileiros".

Na casa do Dr. Ruy, como era conhecido o diretor do Estado, o movimento desde as 8 horas foi intenso. Entre outras figuras de destaque que passaram pela casa estavam o ex-ministro Andrea Matarazzo; o ex-governador paulista Laudo Natel; o porta-voz da Presidência da República, Thomas Traumann; o diretor de jornalismo da TV Globo, Ali Kamel; o presidente do Conar, Gilberto Leifert; o publicitário Luiz Lara e o ex-chanceler Celso Lafer, além do ex-ministro do Desenvolvimento Miguel Jorge, que foi diretor de Redação do Estado

Ao longo do dia, notas e comunicados continuaram sendo enviados. A família recebeu mais de 50 coroas de flores em homenagem a Dr. Ruy. Entre os remetentes, a presidente Dilma Rousseff, o governador do Rio, Sérgio Cabral, o ex-ministro Maílson da Nóbrega, os publicitários Nizan Guanaes e Washington Olivetto, o quadrinista Mauricio de Sousa, o apresentador de TV Luciano Huck e empresas como o grupo Telefônica, o grupo Abril e o SBT.

O presidente das Organizações Globo, Roberto Irineu Marinho, afirmou nesta quarta-feira que "o Brasil perde com a morte de Ruy Mesquita (diretor do jornal 'O Estado de S.Paulo') um jornalista plenamente consciente de sua missão, que seguiu com brilhantismo: informar, separando a notícia da opinião, mas oferecendo ao público diferentes pontos de vista, entre eles o seu, que revelava com sincera combatividade". De acordo com Marinho, o legado de Mesquita, que morreu nesta terça-feira, 21, influenciou "a todos nós, jornalistas, e, certamente, continuará a influenciar as gerações futuras". "À família, nossa solidariedade nesse momento triste", afirmou.

Especialista

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Mesquita revolucionou a imprensa brasileira na década de 1960 com a criação do "Jornal da Tarde", afirmou o professor Ângelo Sottovia Aranha, especialista em Jornalismo Impresso da Universidade Estadual Paulista (Unesp). "A geração que estava na adolescência e não lia jornal passou a ler por conta do 'Jornal da Tarde', que era um jornal muito moderno para a época", disse.

O "JT" foi criado em 1966, sob a responsabilidade de Mesquita, lembra. "Ele deu a abertura para criar um projeto fenomenal, com um conteúdo de vanguarda. A juventude que não lia jornais como o 'Estadão', com textos grandes, passou a ler o 'Jornal da Tarde', que tinha também um enfoque cultural bem forte e estimulante para a leitura dos jovens." Aranha disse que Mesquita fez do "JT" um novo modelo de jornal. "Foi um jornal que revolucionou a década de 60, estimulou e envolveu as pessoas nas discussões da sociedade e, também, da política."

O falecimento do jornalista Ruy Mesquita, diretor de O Estado de S. Paulo, na noite de terça-feira (21), repercute na imprensa de Portugal e da Espanha. Em Lisboa, a emissora de televisão "TVI" informou sobre a morte do jornalista que comandava "o mais antigo jornal da cidade de São Paulo e um dos maiores do Brasil". Também em Portugal, o Jornal de Notícias publicou reportagem em que cita a reação das autoridades brasileiras, como a presidente Dilma Rousseff.

Na Espanha, o jornal ABC publicou reportagem em que lembra que o jornalista liderou a criação do inovador Jornal da Tarde e que, como repórter, Ruy Mesquita foi o responsável pela histórica cobertura dos primeiros meses do governo de Fidel Castro.

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O jornalista Ruy Mesquita, diretor de 'O Estado de S. Paulo', morreu nesta terça-feira, às 20h40. "Dr. Ruy", como era conhecido na redação, foi internado no dia 25 no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Um câncer de base de língua havia sido diagnosticado em abril.

Seguindo a tradição da família, Ruy Mesquita foi um defensor da liberdade, da democracia e da livre-iniciativa, princípios que sempre nortearam a linha editorial do 'Estado'. Ao longo de seus 88 anos, teve participação ativa em momentos importantes da história do Brasil e da América Latina. Presenciou o início da revolução em Cuba, nos anos 50, e foi homenageado pelos irmãos Castro, de cujo regime se tornou depois crítico contumaz.

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Reuniu-se com militares antes do golpe de 1964, que apoiou, em nome da defesa da democracia, mas, assim como seu pai e seu irmão, também passou a criticar a ditadura, uma vez instalada. Os três lideraram uma das mais emblemáticas resistências à censura prévia, substituindo as reportagens cortadas por poemas e receitas.

Aos 88 anos, Ruy manteve sua rotina de trabalho até a véspera da internação. Responsável pela opinião do 'Estado' desde a morte de seu irmão Julio de Mesquita Neto, em 1996, ele se reunia diariamente com os editorialistas para definir as tradicionais "Notas & Informações" da página 3.

De hábitos reclusos, dividia seu tempo entre o jornal e a casa, onde se dedicava a leituras. Deixa a mulher, Laura Maria Sampaio Lara Mesquita, os filhos Ruy, Fernão, Rodrigo e João, 12 netos e um bisneto.

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