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Na sexta-feira (27), a ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney (MDB), numa rápida entrevista a uma rádio de São Luís, disse que é pré-candidata, sim, ao quinto mandato no Palácio dos Leões. "Sou pré-candidata, claro. Se estou dando entrevista em rádio, andando pelo interior, abrindo minha casa para políticos é porque sou pré-candidata. Se não fosse não estaria fazendo nada disso", afirmou.

O motivo da declaração é a onda de boatos que tem circulado nas redes sociais sobre a possibilidade de Roseana desistir da disputa. Na semana passada os rumores chegaram à primeira página dos jornais locais que associaram a possibilidade de a ex-governadora ir a Nova York para acompanhar a cirurgia no joelho da mãe, dona Marly, com uma suposta pausa - e consequente desinteresse - na pré-campanha. "Estou aqui em São Luís, viu?", disse ela na rádio.

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A possibilidade de Roseana não ser candidata é o maior fantasma dos aliados do clã Sarney. A ex-governadora tem um longo histórico de cirurgias e problemas de saúde e chegou a se afastar inteiramente da política durante um ano, depois da eleição de Flávio Dino (PCdoB).

Unidade. De acordo com aliados, ela tem imposto condições para concorrer ao quinto mandato. Uma delas é a unidade do MDB local em torno de seu nome. Em mensagem ao povo do Amapá e entrevistas, o próprio ex-presidente José Sarney deixou claro qual o papel que espera da filha. Sarney tem dito que transferiu o domicílio eleitoral de volta para o Maranhão porque quer votar em Roseana e, em uma entrevista recente, declarou: "o poder, aqui, está em mãos de Roseana". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro Luis Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), decidiu nesta quinta-feira, 5, enviar o caso de Roseana Sarney (PMDB-MA), ex-governadora do Maranhão, à Justiça Estadual do Maranhão. Em agosto foi aberta uma sindicância no STJ contra a ex-governadora para apurar o envolvimento dela com o caso da Operação Lava Jato.

Em agosto do ano passado, a contadora Meire Poza, que trabalhava para o doleiro Alberto Youssef, ligou o ex-chefe ao governo do Maranhão. Segundo ela, Youssef negociou diretamente, a mando das construtoras UTC e Constran, o pagamento de R$ 6 milhões em propinas para que o governo maranhense antecipasse o pagamento de um precatório de R$ 120 milhões que beneficiava as empresas.

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A decisão de Salomão foi comemorada pelo advogado de Roseana, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, acredita que é uma vitória para a Justiça. Segundo ele, o juiz Sérgio Moro, da 13a vara da Justiça Federal do Paraná, insistia em manter o caso com ele.

A ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney (PMDB), que renunciou ao mandato há 10 dias, receberá uma aposentadoria vitalícia de R$ 25 mil por mês. Ela somará esse valor aos R$ 23,8 mil que já recebe por ser aposentada do Senado desde 2013. A ex-governadora também terá à sua disposição de forma vitalícia cinco funcionários e um carro, bancados com recursos estaduais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um grupo de oito advogados de direitos humanos deve apresentar, nesta terça-feira (14), ao presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, Arnaldo Melo (PMDB), um pedido de impeachment da governadora Roseana Sarney (PMDB) por causa das violações e dos crimes cometidos no Complexo Penitenciário Pedrinhas, em São Luís, que registrou 62 homicídios desde 2013.

A denúncia se baseia no artigo 75 da Lei 1.079/50 para responsabilizar Roseana pela superlotação das celas e pela suposta omissão do governo nas disputas de faccções dentro dos presídios. A Assembleia terá 15 dias para analisar o pedido e instaurar uma comissão especial para apurar o caso, mesmo prazo dado à defesa da governadora, que tem maioria entre os 45 deputados estaduais.

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"Muita gente tem falado que a crise no sistema penitenciário é geral, e de fato é. Mas o que aconteceu em Pedrinhas é um ponto fora da curva. A quantidade de mortos e o nível de violência, com decapitações, não podem ser tratados como algo inerente aos presídios", disse advogada Eloísa Machado de Almeida, professora da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP) e uma das autoras da ação.

Segundo ela, este é o primeiro pedido de impeachment que se fundamenta em direitos humanos. "A Lei do Impeachment prevê a hipótese de perda do cargo quando o chefe do executivo, no caso de violação flagrante dos direitos fundamentais, deixa de responsabilizar o subordinado vinculado ao fato. E foi o que ocorreu. A governadora, como chefe do Executivo, não pode sair isenta dessas violações graves" afirmou Eloísa.

Caso a comissão especial da Assembleia do Maranhão acolha os argumentos da denúncia e casse o mandato de Roseana, a governadora fica suspensa do cargo por 180 dias até o julgamento do caso pelo Tribunal de Justiça do Estado. Além do impeachment, os advogados pedem a perda dos direitos políticos de Roseana, que ficaria impedida, por exemplo, de disputar uma vaga no Senado, já que ela não pode mais tentar a reeleição.

A despeito da barbárie na segurança pública estadual, com assassinatos e decapitação de presos e ataques a ônibus ordenados por condenados nas ruas de São Luís, o governo do Maranhão está preocupado em garantir os festejos do fim do ano de 2014. O Estado planeja comprar 300 unidades de panetones para abastecer as despensas das residências oficiais da governadora Roseana Sarney (PMDB). A previsão é gastar R$ 4.425 com as caixas de panetone.

Roseana também deve dispor de 50 potes de foie gras de pato, uma iguaria da culinária francesa feita à base do fígado da ave. Cada unidade de 115 gramas deve custar R$ 28,13, ou cerca de R$ 1.400 todo o lote. O pregão para escolher a empresa que vai fornecer produtos para as residências oficiais e a Casa Civil do Maranhão está agendado para sexta-feira, 10. Estima-se que o gasto será de cerca de R$ 504 mil.

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Nessa licitação e em outra concorrência pública que também vai abastecer as residências oficiais, marcada para esta quinta-feira, 09, o governo estima gastar cerca de R$ 1,1 milhão. Essa verba corresponde a 3.113 vezes a renda per capita média de quem mora no Maranhão, Estado brasileiro com o pior indicador. Segundo dados do Atlas do Desenvolvimento Humano de 2013 divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), os maranhenses têm renda de R$ 360,34, menos da metade da média nacional, que é de R$ 793,87. Esse valor é obtido pela soma dos salários da população dividido pelo número de habitantes.

Primeira qualidade

O edital contém uma lista 151 itens para a compra, cuja exigência é que devem ser de "primeira qualidade e de marca conhecida nacionalmente". Estão previstos gastos de R$ 930 com 30 potes de geleias de pimenta e outros 60 de geleias "francesas" nos sabores cassis, morango e pêssego. A licitação também listou comprar 30 quilos de castanha portuguesa, ao custo total de R$ 2,3 mil, outros 100 quilos de castanha de caju "natural torrada e selecionada", por R$ 5,2 mil, e ainda 50 quilos de castanha do Pará "sem casca", por R$ 2,9 mil.

Até mesmo em itens mais de uso cotidiano, as quantidades e gastos chamam atenção. O governo pretende comprar 1,4 tonelada de três variedades de feijão: mulata gorda, preto e sempre verde. Só com esses grãos, o custo estimado é de quase R$ 10 mil. No edital, consta uma defesa protocolar da compra. "A contratação de empresa especializada no fornecimento de gêneros alimentícios perecíveis para as Residências Oficiais do Governo do Estado tem por finalidade atender a demanda de alimentação da governadora, e seus familiares e da Casa Civil por um período de um ano", justifica o órgão responsável pela compra.

 

Pressionado pelo PMDB, o Palácio do Planalto costurou nesta segunda-feira, 14, uma solução de redução de danos às suas relações com o principal aliado e formulou uma solução alternativa na montagem do palanque no Maranhão. A presidente Dilma Rousseff comunicou ao senador José Sarney (PMDB-AP) de que, apesar do seu apoio à candidatura a governador de Flávio Dino (PC do B), rival do senador, apoiará ao Senado a governadora Roseana Sarney (PMDB-MA). O clã defendia o apoio palaciano ao secretário de infraestrutura do Estado, Luis Fernando Silva.

A tentativa de minimizar os dados foi necessária depois da publicação de matéria pelo jornal O Estado de S. Paulo de que a família Sarney, depois de 50 anos, perderá o comando do Maranhão. O PC do B, aliado tradicional do Planalto, cobra do governo apoio ao seu candidato que está à frente das pesquisas. Dilma já havia confidenciado a integrantes do partido que ele terá o apoio do governo. Mas a costura que está sendo feita é para que ele não se alie ao PSB de Eduardo Campos e que apoie ao Senado um candidato mais fraco, para que aumente as chances de Roseana voltar para o Senado. Em troca, ele teria apoio do governo. O problema é que, no momento, o nome mais forte para o Senado no Estado é o do vice-prefeito de São Luiz, Roberto Rocha, que é do PSB, que está liderando as pesquisas e não o de Roseana.

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Para o PT, é importante aliar-se a Dino no Estado como uma demonstração de que o partido ainda tem a seu lado aliados históricos, mesmo com a saída do PSB da provável coalizão da reeleição de Dilma. "O Maranhão já pagou um preço alto por essa aliança. Agora, devemos apoiar Flávio Dino, candidato do PC do B, com o compromisso dele de apoiar a reeleição da presidente Dilma", declarou o deputado petista Paulo Teixeira (SP), que esteve no Maranhão, na semana passada, participando de diversas reuniões.

"Acho que o PT deveria procurar construir uma frente de esquerda para o próximo período capaz de mudar o Maranhão e Flávio Dino é a melhor candidatura de governo", emendou. O próprio PC do B quer garantia de que o único estado em que tem reais chances de ganhar receberá aval do Planalto. "O mínimo que esperamos do PT é o apoio ao PC do B, um aliado histórico, para a eleição de Flávio Dino", disse o ex-ministro de Lula, Orlando Silva, um dos dirigentes do partido.

A pressão do PMDB sobre o governo foi tão forte que o porta-voz do Planalto, Thomas Traumann, informou que "é especulação" a conclusão da reportagem 'Lula e Dilma se afastam de Sarney no Maranhão'. A presidente Dilma também se viu obrigada a ligar para Sarney para assegurar que continuam como aliados.

A divulgação do problema acabou precipitando discussão sobre o tema e a necessidade de apressar as costuras locais, com o anuncio de que o governo apoiará a candidatura de Roseana ao Senado. Sarney quer uma saída honrosa para sua filha no Estado e tem reiterado que não será candidato à reeleição a uma cadeira no Senado pelo Amapá, rejeitando a engenharia que se estava sendo desenhada.

Para atender e brecar qualquer possibilidade de rebelião dos peemedebistas, o porta-voz do Planalto informou ainda que a reunião da semana passada "não tratou de preferências sobre a sucessão eleitoral no Maranhão". O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse que não houve qualquer definição em relação ao Maranhão, mas reconheceu que há estados que será preciso analisar a situação com cuidado. Ele lembrou que esta foi uma reunião inicial e que ainda há muitas conversas com direção de partidos a serem realizadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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