Membros da bancada de oposição a presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara dos Deputados afirmaram, nesta terça-feira (13), que vão analisar juridicamente os efeitos da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspende o rito de tramitação do impeachment definido pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com base no regimento interno. A medida impede que bancada leve a questão ao plenário, caso Cunha rejeitasse o pedido.
“Evidente, que a posição dos partidos é no sentido de que o próprio presidente da Câmara defira o pedido de impeachment, ainda mais que estamos adicionando ilegalidades praticadas durante o exercício de 2015, com extensão das ilegalidades que reforçam o impedimento da presidenta Dilma”, afirmou o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho.
##RECOMENDA##Para o líder da oposição na Câmara, o deputado Bruno Araújo (PSDB), a liminar deferida pelo ministro do STF dá poderes exclusivos ao presidente Cunha e tira a prerrogativa do plenário em dar a palavra finall sobre o impeachment. "Toda essa concentração de poder está agora nas mãos de Eduardo Cunha", cravou.
Nas redes sociais, o senador Ronaldo Caiado (DEM) negou a existência de alguma manobra da oposição e reforçou a necessidade do país “limpar essa bandalheira”. “Se o STF determina levar em consideração lei de 1950 que diz caber ao presidente da Câmara a abertura de impeachment, que seja assim. Está nas mãos da presidência da Casa. Brasil quer e deseja o impeachment. Só assim vamos limpar essa bandalheira e fazer o País crescer”, observou.
A liminar do STF atende um mandado de segurança feito pelo deputado Wadih Damous (PT-RJ).