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O Diário Oficial da União (DOU), desta terça-feira (14), traz a nomeação do ex-superintendente da Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro, Ricardo Saadi, para o posto de diretor da PF de Investigação e Combate ao Crime Organizado e à Corrupção.

A portaria foi assinada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, nesta segunda-feira (13). Saadi era o responsável pela PR no Rio quando foi exonerado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em agosto de 2019, por “falta de produtividade”.

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Apesar disso, o então ministro da Justiça e hoje senado, Sérgio Moro, acusou Bolsonaro de ter feito pressão para a saída de Saadi. Um inquérito investiga a possível interferência política do ex-presidente.

 

O diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, e o ex-superintendente da Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro Ricardo Saadi prestam depoimento nesta segunda (11), na sede da PF em Brasília. Eles depõem no inquérito que apura a suposta tentativa de interferência do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na corporação. 

O inquérito foi aberto pela Procuradoria-Geral da República (PGR), com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), depois que o ex-ministro da Justiça Sergio Moro pediu demissão do cargo, no fim de abril alegando ter sido pressionado por Bolsonaro a fazer mudanças na cúpula da Polícia Federal. O ex-ministro foi o primeiro a ser ouvido na apuração e em seu depoimento citou os nomes de Ramagen e Saadi. Outro citado por Moro na ocasião foi  o ex-diretor-geral da PF Maurício Valeixo, que também será ouvido nesta segunda (11), porém, na sede da corporação em Curitiba. 

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Ao todo, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello autorizou a tomada de 10 depoimentos no inquérito – todos, marcados para esta semana e relacionados às afirmações do ex-ministro Sergio Moro. 

Ex-superintendente da Polícia Federal (PF) do Rio de Janeiro, o delegado Ricardo Saadi assumirá a chefia do Serviço de Repressão a Crimes Financeiros, do Ministério da Justiça. Assinada pelo diretor-executivo da PF, Disney Rosseti, a portaria com a nomeação de Saadi para o cargo foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (8).

O cargo que o delegado ocupará está vinculado à Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado. Segundo o regimento interno da PF, compete à diretoria “dirigir, planejar, coordenar, controlar e avaliar a atividade de investigação criminal relativa a infrações penais de atribuição da Polícia Federal” e “propor ao diretor-geral [do órgão] a aprovação de normas e o estabelecimento de parcerias com outras instituições”.

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Nomeado superintendente regional da PF no Rio de Janeiro em fevereiro de 2018, Saadi deixou o comando da superintendência em agosto deste ano, sendo substituído por Tácio Muzzi. Doutor em Direito Político e Econômico, Saadi já dirigiu o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça.

O delegado Ricardo Saadi, que caiu da Superintendência Regional da Polícia Federal no Rio por pressão e ordem do presidente Jair Bolsonaro, disse que está "feliz com as homenagens" que tem recebido desde que deixou o cargo. Em uma rede social, ele postou "agradecimento especial a todos os colegas" da Superintendência do Rio. Mas manteve o silêncio e não fez comentários sobre sua queda, nem os motivos que levaram Bolsonaro a exigir sua cabeça, abrindo uma crise na cúpula da corporação.

"Feliz com as homenagens recebidas ao deixar a Polícia Federal no Estado do Rio de Janeiro. Agradecimento especial a todos os colegas da SR/PF/RJ", escreveu o delegado em sua página no Linkedin.

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Saadi foi exonerado no dia 30 de agosto, segundo publicação no Diário Oficial da União em portaria assinada pelo secretário-executivo do Ministério da Justiça Luiz Pontel.

Saadi detém ampla experiência em investigações sobre crimes financeiros e lavagem de dinheiro. Ele comandou o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), vinculado ao Ministério da Justiça.

A queda de Saadi foi antecipada por Bolsonaro no dia 15 de agosto, em entrevista na porta do Palácio do Planalto. Na ocasião, o presidente alegou "questão de produtividade" e surpreendeu a cúpula da PF que, em nota, contradisse o presidente ao afirmar que a substituição já estava planejada e não tinha "qualquer relação com desempenho".

A PF informou que o delegado Carlos Henrique Oliveira Sousa, da PF em Pernambuco, seria indicado para o lugar de Saadi, mas até agora o comando do Rio está vago.

A crise se alastrou na instituição e pode culminar na demissão do diretor-geral, delegado Maurício Valeixo.

Ricardo Saadi, que, em princípio, só sairia da Superintendência do Rio no início de 2020, está cotado para assumir o cargo de representante do Brasil na polícia da União Europeia, a Europol, sediada na Holanda, mas isso depende de uma série de articulações.

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