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Nos últimos oito anos, 40 milhões de brasileiros ingressaram na classe C. A informação foi dita pelo diretor técnico do Sebrae em Pernambuco, Aloísio Ferraz, durante a abertura da palestra “A relação da nova classe média com as MPEs”, com o publicitário Roberto Meirelles, realizada na última quinta-feira (5), no auditório do Sebrae, no Recife. 

Tendo conduzido mais de 200 estudos sobre o comportamento do consumidor de baixa renda no Brasil, Meirelles apresentou o tema a uma plateia de micro e pequenos empreendedores atenta e interessada em conhecer melhor essa camada da população que vem transformando a forma de consumo no País.

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De acordo com ele, seis de cada dez pessoas com acesso à internet pertencem a essa nova configuração da classe C, que tem maior grau de instrução que seus pais, é mais otimista que os componentes das demais classes socioeconômicas e vem crescendo em maior proporção no interior dos estados do que nas regiões metropolitanas.

Segundo Renato Meirelles, a massa populacional que compõe a nova classe média foi a responsável por movimentar mais de um trilhão de reais em consumo no ano de 2011, o que serve para abrir os olhos dos empresários para a importância de uma atuação voltada para esse público, que também pode consumir produtos do tipo premium. Em termos comparativos, esse grupo responde por R$ 44 de cada R$ 100, mais que a soma das classes A e B juntas, que também têm envelhecido a uma velocidade maior que a classe C.

Gratuito, o evento fez parte das estratégias do Programa Sebrae Mais e abordou temas como consumo, comportamento, valores e comunicação dos diferentes tipos de consumidores brasileiros e a relação da nova classe média com o microempreendedorismo. “Nenhuma empresa cresce hoje no Brasil sem conhecer o coração, a mente e o bolso dessa nova classe média”, determinou Renato Meirelles.

Pesquisa inédita realizada pela Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (ACREFI), em conjunto com o Instituto Data Popular, revela que os três produtos mais desejados pelos brasileiros em 2012 são o smartphone (37 milhões de pessoas), notebook (32,4 milhões) e tablet (25,6 milhões).

A pesquisa, intitulada "Desejos de Consumo do Brasileiro em 2012", foi realizada entre dezembro de 2011 e janeiro de 2012, com 1.019 entrevistados de todo o País. Ela mostra ainda que a demanda de Crédito de Consumo continua alta no Brasil - cerca de 61% dos brasileiros desejam comprar a prazo em 2012, enquanto 39% declararam preferir fazer compras à vista.

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Em relação às intenções de pagamento à vista versus parcelamento, há diferenças entre as classes emergentes (C, D e E) e as classes altas (A e B): enquanto o pagamento a prazo por itens como notebooks, tablets e celulares respondem, respectivamente, por 51,%, 50% e 41,3% das pretensões de compra das classes C, D e E; o indicador de compras a prazo vai, respectivamente, para 59%, 68,9% e 51,3% dos mesmos produtos.

"As classes A e B também pretendem comprar a maioria dos bens a prazo em 2012. Independente da compra ser feita para uso individual ou familiar. Apenas para os casos de fogão e jogo de quarto, o pagamento à vista é o preferido", afirma o diretor do Instituto Data Popular, Renato Meirelles.

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