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Uma mobilização de agentes penitenciários e concursados levou às ruas do centro do Recife cerca de 100 representantes da categoria que reivindicam condições de trabalho. Com faixas estendidas e panfletos que estavam sendo entregues à população, o objetivo da manifestação era mostrar a realidade de dentro dos presídios, segundo o Sindicato dos Agentes e Servidores no Sistema Penitenciário do Estado de Pernambuco (Sindasp-PE). 

De acordo com o presidente do sindicato, Nivaldo de Oliveira, se os concursados que foram aprovados no certame em 2009 fossem chamados, haveria uma melhoria no quadro atual dentro dos presídios. “Pelo menos novecentos já foram aprovados na primeira etapa, nós temos uma defasagem de cinco mil agentes. Isso é uma vergonha. Nós queremos que o Estado se dignifique e coloque agente penitenciário para fazer o trabalho. A gente está sujeito a viver aquela mesma situação que foi vista no Complexo do Curado”, relatou. 

Segundo presidente, no motim em janeiro deste ano, mais de 80 homens fugiram, diferente do que foi divulgado pela Secretaria de Ressocialização (Seres). “Tem muita gente na rua ainda”, completou referindo-se à captura dos presos.

Durante a mobilização, Oliveira ainda confirmou que há presos que fazem o papel de agentes por falta de efetivo nas unidades prisionais. “Ainda existem chaveiros. O Estado nega, mas o que acontece é que os presos acabam ‘tapando um buraco’, por que não tem agente”, completou. 

O Mistério Público de Pernambuco (MPPE) realizou, na tarde desta terça-feira (4), uma reunião para acompanhar o andamento das ações de melhoria que estão sendo implantadas no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC). A promotora do caso, Helena Capela, junto com a também promotora Luciana Dantas, e alguns representantes das instituições envolvidas se reuniram na sede da promotora de saúde do Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

De acordo com Helena Capela, a reunião tem o objetivo de acompanhar as melhorias que estão aplicadas aos poucos e que já haviam sido acertadas, entre o governo e o hospital. “Algumas ações já foram implementadas, dentre elas a volta dos plantões, que haviam sidos suspensos, oferecendo melhoria no atendimento aos pacientes”, disse.

Uma vistoria técnica realizada em agosto deste ano, pelo Grupo Interinstitucional de Fiscalização de Saúde em Pernambuco no HUOC constatou diversas irregularidades, como problemas nas instalações físicas que colocam em risco a segurança de pacientes e profissionais, além de quadro de funcionários insuficiente. O relatório foi apresentado à Superintendência Regional do Ministério do Trabalho, à direção do hospital, à secretaria estadual de Ciência e Tecnologia e à reitoria da Universidade de Pernambuco (UPE). Juntos, os órgãos envolvidos tiveram que analisar as críticas e buscar soluções integradas para os problemas relatados.

"Além de resolver problemas nas instalações elétricas e nos equipamentos médicos, é preciso reformular o quadro de funcionários. Como não há profissionais suficientes, muitos pacientes não estão sendo atendidos", explicou a representante do Conselho Regional de Fonoaudiologia, Rita de Cássia.

Uma assembleia foi realizada no último dia 30, na sede do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe). Entre os pontos discutidos pela comunidade da UPE estavam: garantir a autonomia universitária, financiamento sustentável, concurso público para todos os servidores do Cisam, HUOC e Procape, assim como para docentes, reivindicações que se estendem aos campi universitários de Garanhuns e Petrolina.