O presidente nacional do PT, Rui Falcão, criticou, nesta segunda-feira (14), a pressão da oposição para que a presidente Dilma Rousseff (PT) renuncie ou seja deposta. Falcão intitulou as atitudes da bancada como “chantagem descarada” e disse que eles estão promovendo uma “agenda do retrocesso” no país.
“[A oposição] Exige cortes nos programas sociais, revogação de direitos, revisão [para pior] da lei do salário mínimo, sanção do projeto de reforma política que autoriza o financiamento empresarial – enfim uma pauta inaceitável, que só agravaria os problemas que o país vem enfrentando”, argumentou o dirigente no editorial divulgado pela Agência de Notícias do PT.
##RECOMENDA##Sob a análise do petista, a ofensiva da oposição foi a queda no ranking da Standard & Poors quanto a confiabilidade do país para o pagamento de dívidas. Mas otimista com uma possível ampliação da arrecadação, apesar dos cortes da União, Rui mencionou a elevação da CIDE sugerida por empresários e defendeu a volta da CPMF.
“É necessário acabar com a dedutibilidade dos juros sobre capital próprio, tributar lucros e dividendos, recriar a CPMF compartilhada com os Estados, numa alíquota menor que 0,38%, taxar grandes fortunas e grandes heranças”, sugeriu.
“Outras receitas já vêm sendo buscadas através de projetos em tramitação (como o que pretende a repatriação de recursos depositados irregularmente no exterior), nenhum deles a dispensar uma ampla reforma tributária, ancorada num princípio de justiça fiscal: quem tem mais, paga mais: quem tem menos, paga menos”, acrescentou.
Para “barrar as manobras golpistas e viabilizar uma agenda de reformas”, o presidente afirmou ser “indispensável uma mobilização e pressão social”. “De nossa parte, todo apoio ao mandato legítimo da presidenta. Nesta terça-feira, inclusive, partidos da base e lideranças de movimentos estaremos no Congresso, manifestando solidariedade e denunciando os conspiradores antidemocráticos”, informou.
Além disso, ele também orientou os militantes a participarem de um ato no dia 26 em São Paulo e outro no dia 3 de outubro em comemoração ao aniversário da Petrobras.